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667 Words
México Cidade do México VIOLETTA Estou irritada por demais. Nesse inferno de cidade, eu já rodei as avenidas todas atrás desse infeliz e nada da sua presença. E isso faz duas semanas. Meu carro está implorando por gasolina e olha a hora, sete da noite. Que c*****o! O farol fecha e eu afundo o pé no freio, de repente, estou trocando a estação da rádio quando me assusto ao baterem no vidro do meu carro. Em alerta, mediatamente, levo a mão até o cós da minha cintura e olho para o lado. Não creio. É ele. O tal Jason. Até que enfim, o "desocupado" saiu da toca. Meu coração acelera e eu sorrio sem jeito, imaginando mil formas de gastar a grana preta com essa encomenda. Soltando minha arma discretamente, desço o vidro. — Boa noite, gostaria de um brigadeiro? _Ele oferece. — Não. _Sou seca. — Esses te levam para o céu. _Insistiu. — Você quer ir para lá? O homem pisca os olhos escuros e olha para os lados. — Quem não quer ir para o céu, senhorita? _Devolveu uma pergunta. Fecho a expressão, o observando com mais atenção. Uau! Ave Maria! Pela foto o cara parece um dragão, e pessoalmente é até apresentável. — Eu não quero. Gosto da quentura descomunal que o inferno pode nos proporcionar. Posso afirmar que ele se constrangeu. — Tenho brigadeiro de pimenta-malagueta. Não quer provar? _Me mostrou a caixa com um monte de doces enfeitados. Caprichado ele. — Quem faz isso aí? — Eu mesmo, senhorita. Faço tudo, preparo, embalo e coloco meu contato para encomendas. Mas gente! O sinal abre e ouço os carros atrás buzinando desesperadamente. — Eu não como doces, minha glicose não permite. _Falo. — Irá se arrepender, não é porque sou eu que faço, mas todo mundo que prova uma vez quer sempre. _Se afastou do carro. O olhei de cima a baixo. — Vagabundo. _Xinguei. Por pura estratégia. — Como? — Boas vendas. _Arranquei com o carro, gargalhando. — Meio caminho andado. Violetta, você é um máximo. _Aumentei o volume do som e comecei a cantar feito louca. — Víveme sin miedo ahora Que sea una vida o sea una hora No me dejes libre aquí desnudo Mi nuevo espacio que ahora es tuyo, te ruego. *** — Você é s***o? — Não. — E então? O que quer aqui na mesa onde eu estou jantando? _Deixei meu garfo cair no prato e encarei o homem que se aproximou com um sorriso amarelo. — Eu te achei linda. — E? _Limpo minha boca com o guardanapo. — Estou elogiando você, rapariga. Me engasgo com o desplante do homem. Em portugal pode até ser aceitável chamar uma jovem de rapariga, mas no México? Inaceitável e injustificável. — Rapariga? _Grudo as costas na cadeira. — Desculpe-me, não sou daqui. _ase explicou, ameaçando puxar a cadeira para sentar. Rapidamente, com o pé a puxei, o impedindo. Ele me olhou. — Eu não disse que podia sentar. _Foi grosseira. — Você está sozinha, não quer companhia? — Quero a minha própria companhia. A sua, não. — Tem namorado? — O que te faz pensar que o fato de eu ter ou não, é o motivo para te ignorar? _Com o próprio pé, empurrei a cadeira para longe, levando quase a sua mão junto. — Qual o seu problema? _Se estressou. — Homem hétero e e******o. _Fico de pé, sentindo que terei uma maldita indigestão por culpa desse traste. — Não pode falar assim comigo. _Ele pegou meu braço e eu habilmente, o fiz deitar na mesa. — Saí, demônio. _Falei raivosa. O homem me olhava com horror e eu me afastei, limpando minhas mãos e observando em volta. O problema era não ser explosiva e não atrair atenção. Eu era exatamente assim. Ô 25 anos que está me dando trabalho. — O cavaleiro aqui, vai pagar minha conta. _Toquei meu peito e me curvei, dando as costas a todos e indo para o meu hotel descansar.
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