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1017 Words
VIOLETTA Vi minha vida virar um verdadeiro inferno há cinco anos, quando minha mãe, minha própria mãe acreditou no dissimulado do infeliz do meu padrasto. Me vi perdendo tudo, inclusive as minhas próprias roupas e o cumprimento dos meu cabelos. Minha mãe me deixou pelada na rua, depois de ter cortado os meus cabelos que eram tão grandes e bonitos. Era dia de sábado, ela sabia que se me chamasse para ir a feira consigo comprar frutas, eu iria de coração aberto, mas m*l sabia eu que minha mãe se aproveitaria da minha falta de entendimento para me envergonhar diante daquelas tantas pessoas. Naquele maldito dia, ela gritou inverdades implantadas por aquele traste e mostrou está do lado dele quando me expulsou de casa. — Violetta? Está aí? _ A voz do meu superior me trouxe ao presente momento. — Sim... Oi? _Pisquei, desentendida. — Você está longe. _Adoçou o café. — O que foi? — Estava aqui lembrando de um acontecimento do passado e que eu queria tanto esquecer, mas não consigo. _Revelo triste, encostando as costas no encosto da cadeira e trazendo a xícara com café pelando para soprar. — Enquanto você insistir em lembrar, esse acontecimento irá te assombrar para sempre. Eu já disse, esqueça seu passado. Ele não existe mais... Como bem disse Machado de Assis, "Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito." _Recitou e bebeu um gole do café. — Tem avançado na sua missão? — Sim. _Concordo, bebericando o café e pousando a xícara no pires sobre a mesa. — Eu sei onde mora. Até que horas ele trabalha e também já ouvi da boca dele que a mãe dele morreu. Claro que isso você já sabe, porém, eu tenho que bancar a confusa para tudo. _Reviro os olhos. — Em poucos dias tenho uma amizade concreta com o desabado e saberei se ele realmente reconhece suas origens, isso se a defunta confessou antes de partir dessa para melhor. _Fiz o nome do pai e olhei para o céu. Vai que ela manda um raio no meio do meu boga e eu não tenha tempo de dar para seu filho... Nunca se sabe. — Descobriu se ele tem alguém em quem confia? _Quis saber. Fico pensativa e explano algo que ocorreu. — Ainda não posso afirmar isso, no entanto, tem uma vizinha dele que é muito amável. Ontem eu fui o levar em casa por conta de uma chuva forte e ela apareceu correndo com um guarda-chuva, o acompanhou até a porta para que ele não se molhasse. Sabe, coisa que só mãe faz? _Franzio o cenho, estranhando. — Quando ela voltou para fazer o mesmo comigo, eu senti uma energia forte. Você sabe como eu sou, eu absorvo muito essas coisas nas pessoas. — Suspeita que ela possa saber de algo? _Desconfiou. Eu concordo. — Ela é uma senhora, deve ter visto o Jason nascer. Certamente teve uma amizade com a mãe dele e não duvido que ela realmente saiba de quem ele é filho. — Se ela souber, teremos que apagá-la. Eu n**o. — Eu nunca matei ninguém. _O lembro. — Eu sei. Mas você sabe muito bem induzir alguém a morrer. _Ele riu. Me remexo, incomodada. — Por favor, não entre mais nesse assunto. _Peço, olhando para a direita. Eu não obriguei ele a se m***r. Ele fez porque gritou me amar. E fez-se provar isso. — Não está mais aqui quem falou. Levanto-me abruptamente, pegando meu blazer da cadeira. — Qualquer novidade, eu entro em contato. _Falei, o dando as costas e sai da cafeteria. *** Tem pessoas que não se importa com ninguém e aquelas que não enxerga um palmo abaixo do nariz. Eu estou no meio termo, não me importo muito com as pessoas porque no fundo reconheço que elas tendem a nos decepcionar, já fizeram isso comigo e de tanto apanhar, aprendi a colocar em prática. É bom não deixar brecha para que não nos façam sofrer. E só enxergo abaixo do meu nariz quando estou cavalgando em um roludo gostoso. Eu gosto de abaixar a cabeça somente nesse momento para vê-los com expressões de desespero. No fundo, nunca entendi porque eles não gritam ou gemem como eu. Homem hetero é cheio de frescura. Afss. Dá um ódio precisar deles para t*****r porque a m***a do vibrador não dá uns tapas na nossa b***a e nem arranca uns tufos dos nossos cabelos. — Violetta? Reconhecendo a voz grossa, suspiro e então, viro o rosto, o olhando. — Jason. _Arrasto o olhar por ele até onde a janela do carro me permite vislumbrar e choro. Sim eu choro com o que vejo. Não é possível que esse patuá seja tudo rola. Desço meramente a cabeça entre um lado e outro, visualizando o negócio. Bom, às bolas deve ser mais para baixo... É rola sim. A mamãe aqui ia agasalhar tão bem o seu palhaço. — Você está bem? _Chegou mais perto da janela. Eu fito seu rosto, percebendo que o homem é mesmo gostoso. Eu sentava até na cara dele. — Não estou bem não. _Balanço a cabeça, jogando-a para encostar no estofado do banco. — Quer almoçar comigo? _Foi gentil e eu me surpreendo. — Isso é sério? _Questiono, impactada. — O que tem demais, não é mesmo? Você parece triste e é meu horário de almoço. _Explicou. — Posso entrar no seu carro? — Você pode entrar onde você quiser. Está tudo abertinho para você. _Limpo meus olhos, esfregando-os pelo choque que é visualizar a beleza desse homão da p***a. Ele faz uma careta engraçada e por fim, dá a volta, entrando no meu carro e batendo a porta. Eu tremo. Ele deve bater bem bom. Ui. — Pode estacionar onde você quiser. _Ele disse e eu só entendi quando ele tirou da mochila uma Marmitex e abriu o isopor, comendo a comida pronta com um garfinho de plástico. Seria muito dizer que imaginei que iríamos para um restaurante? O homem não tem modos. Ave Maria!
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