Capítulo 7

752 Words
Depois de ter ido busca minha irmã no hospital, eu coloquei ela no banho, dormi com ela no quarto dela, dei todo o apoio que ela precisava, e quando foi no dia seguinte saí pra rua fuma um e o Natan veio fala comigo e antes que ele falasse eu já logo escalei ele - Mano é o seguinte, te tenho como irmão tá ligado ! Mas é f**a tiú, ou. Olha minha irmã, o tanto de mau que você tá causando pra ela, ela não merece isso não. Nem queria me intrometer nisso certo ? Mas você já tá passando dos limites tiú. O bagulho é o seguinte, na minha casa você entra como meu aliado e jamais como meu cunhado certo ? - ele ficou quieto e me ouviu. Eu já tava no ódio, subi o morro pra ver como tava a loja, e recebi uma ligação do sargento - ae pae. - fala mesmo ? - óh seguinte, o morro vai ser invadido hoje às meia noite certo ? Já tô passando a visão pra vocês se preparar. Eu desliguei o telefone e passei o rádio pra geral dos meus soldados do morro encosta no barraco das ideia pra eu passa a caminhada. Foram horas de ideia, falando todo o planejamento, já mandei os vapor avisa a comunidade pra todo mundo fica esperto. Favela é assim, vira e mexe tem tiroteio, tava na paz, mas esses cuzão quer dinheiro e mais dinheiro, e nem sempre a situação tá boa pra eu da de 500 mil e eles não aceitam, e sempre acontece invasão. Deu 23h, todos já estava preparados. Bati na mão do Natan que sempre estava do meu lado e disse: - irmão se eu desce o morro tá com você, só vou pedi pra você cuida da minha irmã por mim v***o. - ele falou pra mim que não ia ser dele o morro e que não ia cuidar da minha irmã porque quem ia chorar era o pessoal do lado de lá. Levantei o fuzil pro alto e dei uma rajada de tiro pro alto e começou o tiroteio... Morreu muito muleque bom, e pai de família que tava no crime. Mas graças a Deus o pessoal da comunidade não sofreu um arranhão... O tiroteio durou mais de 2h. Tinha muitos feridos, muito soldado meu morreu no campo de guerra. Foi a invasão mais sangrenta que eu vi desde quando tinha assumido a liderança. Os cara não tava pra brincadeira. Eles levantaram a bandeira branca e vazaram. Eu levei dois tiros de raspão e quando olhei pro lado meu irmão estava todo ensanguentado. -Ae Natan. - larguei o fuzil no chão e comecei sacudir ele - acabo irmão, eles vazou, fala comigo mano !!! - fala pra Gabi que eu amo ela mano, eu nunca disse isso pra ela ... A Gabriela era louca, toda vez que acabava os tiroteios ela subia até o topo do morro pra ver se eu estava bem. Mas dessa vez ela subiu e viu o amor da vida dela todo ensanguentado no chão. - não !!! - ela começou gritar, ajoelhou do lado dele - fala comigo por favor Natan ... fala ela implorou pra ele fala com ela, mas nada ... ele estava inconsciente, tivemos que levar ele pro hospital, e lá tinha médicos que era meus conhecidos e ajudaram nós para que os policiais não soubessem de nada. E ele foi atendido. Levou dois tiros, um no braço e o outro no peito, três tiros de raspão, um na cabeça e dois perto da costela. Ele tava muito ferido e os médicos já até desanimou nós dizendo que estava complicado. Eu abracei minha baixinha e falei pra ela que as últimas palavras dele foi dizendo que amava ela... Tivemos que ir embora, pois ele estava na UTI e nós não tinha oq fazer. Ficamos apenas esperando por resposta. Enquanto estávamos no hospital cuidando dele, o pessoal tava limpando a favela, tirando os corpos e lavando tudo. Depois tive que ir em casa, tomei um banho e deitei um pouco. No dia seguinte, subi na loja pra ver como que tava. Tudo em ordem. Um menor veio até mim e disse: tiú, queria tanto comer, nem tenho nada pra comer sabia ? Eu saquei duas notas de 200 e chamei um dos vapor pra ir compra uns bagulho no mercado. Sempre fiz o que meu pai fazia. Não dava pra ajudar todo mundo, mas ajudava o quanto eu podia. Na favela tem gente passando fome, gente sem o que vesti, sem o que calçar. E fazemos o que podemos pra ajudar tá ligado.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD