Olhares e Silêncios

997 Words

Dias depois... A chuva tinha dado trégua, mas o céu ainda estava cinza, meio preguiçoso. Eu fiquei um bom tempo dentro do carro, parado na rua da casa da Clara, observando de longe. Queria ter certeza de que o Daniel não estava lá antes de fazer qualquer besteira. O portão da mansão continuava igual — imponente, fechado, silencioso. O tipo de silêncio que parecia esconder alguma coisa. Por alguns minutos, fiquei só olhando. As cortinas do andar de cima estavam abertas, e, por uma fresta, consegui ver movimento. O cabelo loiro da Clara se destacava mesmo de longe. Ela cruzava o cômodo apressada, parecia ocupada com algo, mas sorria. Sorria. Era estranho — um alívio e, ao mesmo tempo, uma pontada no peito. Talvez o Theo tivesse exagerado, pensei. Talvez a coisa toda não fosse tão séria

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