Entre risos e controles

923 Words

O canto de videogame de Theo parecia um território particular, quase sagrado. Era metade bagunça de criança, metade altar para jogos e colecionáveis. Havia pôsteres de super-heróis nas paredes, bonecos de ação espalhados pelas prateleiras e uma pilha de jogos empilhada perto da TV enorme. Eu nunca tinha visto um quarto de criança tão bem equipado, parecia mais uma sala gamer profissional. Theo se ajeitou na beira da cama com o controle na mão, vibrando pela vitória anterior. Eu ainda estava com o controle solto entre os dedos, tentando esconder o sorriso de satisfação por ter deixado ele ganhar de propósito. Não era sobre vencer, era sobre ele sentir que tinha conquistado alguma coisa. — Vai de novo ou vai fugir? — ele me desafiou, arqueando uma sobrancelha igualzinho a Clara. — Fugir?

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