P.o.v Stephany
Caminhamos até a minha casa e quando tava quase chegando sinto cheiro do meu companheiro um pouco longe, se não me engano o nome dele é John, oculto meu cheiro e o da Melody e acelero o passo até minha casa. Não quero que eles saibam que vou me mudar, se não eles não deixaram eu ir com a mel. Quando toco na maçaneta da porta, tocaram no meu braço e me viro.
— o que você quer?_ revirei os olhos assim que vejo ser mesmo o John.
— nossa, é assim que você trata seu companheiro?_ falou arqueando as sobrancelhas. Surpreso com minha reação e sorriu galanteador.
"Que sorriso jesus amado!_ pensei segurando um suspiro"
— entra mel, eu já vou_ falei para mel que só tava observando nos dois com os braços cruzados.
— ok, vê se não demora!_ falou entrando.
— tá_ falei revirando os olhos.
— agora que estamos sozinhos posso fazer isso!_ fico confusa por um instante.
Entendo quando sinto seus lábios tocarem os meus, seus braços fortes rodearam a minha cintura, me deixando mais perto dele. Seu toque fez eu me arrepiar. Uma das suas mãos deslizam pelas minhas costas até o pescoço para aprofundar o beijo, sua língua traçou um rastro firme sobre meu lábio inferior, instintivamente concedi para que explorasse cada canto de minha boca.
Permanecemos assim, em sincronia, até que os meus pulmões aclamaram por ar, sua testa aquecia a minha a espera de mias um beijo.
" — morde ele_ minha vampira fala.
— está doida Liz? Não farei isso_ a respondo por pensamento.
— então deixa que eu faço._ sinto um tom de maldade na Liz"
Separo-me imediatamente dele, o deixando confuso. Ela tenta tomar controle, mas não deixo, fechei os olhos mantendo minha vampira presa, mas sei que minhas pressas surgiram e bufei com isso, isso indica claramente que estou em conflito com minha vampira, ela desiste de tomar controle e respiro aliviada.
— você tá bem?_ ele me perguntou com certa preocupação.
— sim_ lancei um sorriso falso e ele me olhou desconfiado.
Olhei em volta para ver se ninguém me viu com pressas e a rua esta vazia, fico aliviada com isso e olho novamente para o John.
— tenho que entrar._ sinto minhas bochechas esquentarem, e abaixo meu olhar para não encarar seus olhos.
— não tem não_ desvio dele quando percebo que ele ia me prender em seus braços novamente e sorrio por ser mais rápida.
— tchau_ entrei rapidamente na minha casa.
Fechei a porta e olhei para a Melody que está com os braços cruzados me olhando.
— Esta fugindo dele é?_ falou com um tom de graça.
— não_ falei prestando atenção no cheiro do meu companheiro que já esta distante_ só não quero que ele descubra que vou me mudar com você
— hum! Sei_ falou desconfiada_ mais enfim vamos arrumar tuas coisas logo.
Fomos até meu quarto, peguei minha mala de viajem e comecei por roupas nela, assim que encheu, peguei outra e guardei perfumes, maquiagens e assessórios. Pego mais uma e começo a colocar alguns tênis, saltos e um chinelo.
Quebra de tempo
Depois que peguei tudo que preciso.
— acho melhor nos se teletransportar para não encontrarmos ninguém na rua._ sugeri vendo algumas pessoas na rua pela janela.
— acho melhor mesmo, você não vai querer um daqueles gatos no teu pé neh?_ falou com tom de graça.
— ha ha engraçadinha, me dá a mão e segura uma das malas._ revirei os olhos a apressando.
Ela me deu a mão e segurou uma das malas, peguei as outras duas e nos teletransportei para o quarto dela.
— hum, já são 19:23_ falou com o celular na mão.
— até que demoramos._ suspirei, cansada.
— vai me explica!_ falou me puxando para cama e sentamos.
— explicar o quê?_ franzi a testa, confusa.
— o que são companheiros e tal?_ explicou como se fosse óbvio.
— bom, companheirismo é quando você está ligado a pessoa por um fio invisível, a Deusa da Lua que cria esse fio ou laço se preferir, quando ela faz isso ela escolhe aquela pessoa que te completa, sua alma gêmea vamos se dizer, tipo sou companheira do Arthur e do John, eu não tenho a menor ideia porque a louca da Deusa da Lua resolveu me dar dois companheiros_ falei revirando os olhos_, mas enfim, quando a pessoa é rejeitada esse laço se rompe e causa dor tanto na rejeitada como na que rejeitou, pode ter certeza que aquele i****a sofreu também, ele não sabe a mulher maravilhosa que esta perdendo_ expliquei e a abraço forte quando vejo os olhos dela lacrimejar.
— fico sem entender porque ele não quis nem me conhecer, apenas me rejeitou e pronto_ falou soluçando com algumas lágrimas molhando minha camiseta.
— vamos dar uma volta?_ falei tentando desviar desse assusto e nos separando a olhando nos olhos.
— vamos_ falou dando um sorriso tristonho e com a voz um pouco fraca.
— vem._ peguei no braço dela, a puxando.
A levei para fora da casa e respiro fundo com a ideia que tive. A levo até o campo de flores que tem um pouco longe da casa.
— olha, vou fazer algo que nunca fiz, se der certo nos daremos uma volta no céu _ vi ela dar um sorriso, ficando mais animada e isso já me animou.
"Vamos lá, eu consigo!_ pensei confiante"
Transformo-me na minha loba que agora tá com os pelos pretos — de dia é branco e de noite é preto — tento libertar minhas asas de anjos ainda em forma de loba e sinto uma dor forte e resmungo, mas vejo que as asas surgiram.
— que top, uma loba alada, suas asas são muito lindas miga_ falou dando risada baixa.
Apenas a encaro e faço um sinal para ela subir, ela sobe nas minhas costas com cuidado e se segura. Começo a bater as asas e tomo cuidado para não derrubar a Mel, em poucos minutos estávamos perto das nuvens, voei mais rápido dando a sensação de liberdade com o vento no rosto, sinto a Mel soltar e sei que ela esticou os braços. Fazendo eu ter mais cuidado para ela não cair.
— ISSO É MUITO BOM!_ ela soltou um grito que até me assustei, mas fiquei feliz por ver melhor.
Ficamos voando por um bom tempo, quando estamos voltando demos de cara com o Arthur voando também, porém uma das asas é branca e a outra preta.
— Melody não é?_ perguntou para confirmar e meio desconfiado.
— isso!_ concordou com curiosidade na voz, mas não falou nada.
— quem é essa que tá com você?_ ele olhou para mim com curiosidade, pois escondi nossos cheiros assim que saímos de casa.
Volto ao normal — só com asas de anjo — com muito cuidado para não deixar a Melody cair, seguro ela no colo e olho para o Arthur com um sorriso sarcástico.
— co... como?_ perguntou gaguejando surpreso_ sua loba é branca não é ou é eu que tô louco?_ franziu a testa confuso.
— sim, ela é branca, mas apenas de dia, de noite ela é preta como a escuridão._ expliquei da maneira mais fácil.
— nunca vi isso._ exclamou.
— eu não quero ficar de vela, só avisando_ Melody se manifesta no meu colo e a olho, pensando numa solução.
Lanço o feitiço: Dabo tibi par mediocris alas. Que dá, um par de asas de fada por uns de trinta minutos.
— eu não sei voar doida_ ela se agarrou ao meu pescoço olhando para baixo.
— é só pensar no que você quer que ela faz._ expliquei como funciona e ela apenas me encarou.
— tá, vou tentar_ falou se soltando de mim e eu olho para o Arthur que só tá nos observando. A observo para ter certeza que ela consegue voar sozinha.
Em poucos minutos ela já sabia voar muito bem. Fico impressionada com a rapidez de aprendizado dela.
— isso é muito legal, agora deixarei vocês sozinhos_ ela me olhou dando um sorriso malicioso e eu apenas reviro os olhos.
Assim que a Melody se afastou o Arthur se aproximou de mim. E o olhei curiosa.
— porque suas asas são de cores diferentes?_ perguntei curiosa e com muita vontade de tocar.
— porque sou anjo e anjo da morte, assim equilibra os dois, você quer tocar não é?_ explicou e deu um sorriso convencido e cruzou os braços.
— é... _ admiti com vergonha, e sinto minhas bochechas esquentarem e desviei meus olhos do dele.
Vejo ele sorrir com minha reação, mas não fala nada.
— deixo você tocar, mas tem que ser quando tivermos no chão, porque voando é difícil._ Explicou sorrindo e abro um sorriso.
Olhei em volta, procurando um lugar que nos dois possa ficar em cima sem problemas. Vi uma árvore bem alta, não muito longe e sorri, peguei na mão dele, sinto uma corrente elétrica passar por todo meu corpo e pela reação do Arthur ele também sentiu.
— é... vamos!_ pisquei algumas vezes e o puxei ele em direção a árvore, pousamos em um galho que suporte nosso peso, olhei para nossas mãos e soltei quase de imediato, sorri meio tímida.
— pode tocar, mas tome cuidado que elas são sensíveis_ concordei com a cabeça e ele virou de costa para mim.
Me aproximei mais das asas dele. Encosto as pontas dos dedos apenas com muito cuidado, vi o Arthur se arrepiar e solto uma risadinha baixa. Elas são muito macias e brilhosas, fiquei fascinada com a cor diferente das asas e como elas são macias, guardo as minhas para não ter perigo de eu bater e derrubar nos dois de cima da árvore, me afasto um pouco dele e ele se vira para mim.
— o que achou?_ perguntou curioso.
— são muito bonitas e macias, mas as minhas são mais_ sorri convencida e ele ergueu uma das sobrancelhas como se duvidasse_ quer ver?
— sim, quero ver se é verdade_ concordou com um sorriso convencido.
Abri minhas asas e deixei que ele visse, minhas asas são extremamente brancas, mais branca do que neve do inverno mais rigoroso, quando me viro de costa para ele ver melhor acabo batendo nele e o derrubando da árvore.
"Droga_pensei"
Faço ele flutuar antes que bata num galho e se machuque, trago ele para o galho novamente e um pedaço quebra, fazendo nos ficar, mas perto e quando ia guardar minhas asas, sou impedida.
— não guarda, eu ainda não toquei_ disse ficando perto do meu rosto e me olhando nos olhos.
Fico sem graça, fazendo eu desviar meu olhar do dele. Estico uma das asas para que ele possa tocar, assim que ele toca. Sinto uma corrente elétrica passar por todo meu corpo me fazendo arrepiar e o Arthur sorriu com isso, meu sexto sentido fez eu abraçar o Arthur com minhas asas e sinto um tiro atingir minha asa esquerda.
"Caçadores!_ pensei quando sinto prata no meu sangue!"
Minha asa começa a doer, mas com isso veio uma dose de adrenalina, abraço o Arthur — o surpreendendo — concentro toda minha força nas asas e pego um impulso grande, logo estávamos acima das nuvens e suspiro aliviada.
— o que foi isso?_ ele perguntou e nisso percebi que ainda estou o segurando, ignoro minha vergonha nesse momento.
— vou te soltar_ falei o soltando, ele abre as asas ficando do meu lado_ eram caçadores, iriam acertar você e então tive que agir rápido._ Expliquei o ocorrido.
Sinto que minha protegida precisa de ajuda, voou mais rápido que posso e vi que ela está sendo cercada pelos caçadores, como estou numa altura bem alta, eles não me perceberam. Tive uma ideia para não acabar com minha reputação...
Continua