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Fingindo não te Amar

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intro-logo
Blurb

Olivia Philips se casou com Richard Evans por uma contrato, apesar disso, ela sempre foi completamente apaixonada por ele.

Após três anos de um casamento de aparências, Olívia decide pedir o divórcio e tentar uma nova vida, longe de Richard e do sofrimento de ter seu amor não correspondido.

Mas quando Olívia está tentando reconstruir sua vida, fingindo que não o ama mais, Richard surge, com o desejo de recuperar o tempo perdido e ter de volta a sua esposa.

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O divórcio
Olhei para o closet repleto com roupas caras, todas das grifes mais famosas, apenas o melhor que o dinheiro pode comprar, mas nada daquilo eu levaria comigo. Coloquei na mala apenas as coisas que eu trouxe para aquela casa, três anos atrás, e escolhi para usar naquele momento, o mesmo vestido com o qual cheguei a elegante mansão dos Evans. Mas diferente daquele dia, onde cheguei com o coração repleto de amor e esperança, eu agora tinha apenas amargura e dor dentro do meu peito, a desesperança tinha tomado conta de todo o meu ser, e agora eu iria partir daquela casa, a qual nunca foi realmente o meu lar. Mas a partir de hoje, Richard não mais faria parte da minha vida, nem eu da dele e cada um seguiria o seu próprio caminho, e foi pensando nisso, que dispensei todos os funcionários da mansão naquela tarde de primavera, e esperei pela chegada do meu marido sozinha, ansiando pelo momento em que o veria pela última vez como meu. Olhei em torno da sala espaçosa, ricamente mobiliada, o lustre principal uma verdadeira obra prima da arte, com seus cristais ofuscando a visão daqueles que inocentemente se atreviam a olhar para o seu esplendor. Assim era também Richard Evans, o meu marido, o homem mais rico e bonito de toda a Gra Bretanha, mas que ofuscava qualquer um desavisado que se atrevesse a se colocar em seu caminho. Lembrei da nossa rápida conversa ao telefone, ainda naquela tarde, quando eu supliquei para que ele chegasse mais cedo, e ouvi a sua promessa de que assim o faria. Mas Richard já havia me feito aquela mesma promessa antes, sem a cumprir, assim como estava acontecendo hoje. Quantas noites eu já não havia esperado pela chegada do meu marido, desejando que tivéssemos uma relação normal, como qualquer casal, onde ele fizesse o possível para estar comigo, mas isso nunca aconteceu durante aqueles três anos. Servi-me de uma dose do seu whisky preferido, tomando coragem para fazer aquilo que decidi, pois tinha certeza de que sem aquele estímulo líquido, eu não seria capaz de ir tão longe. Busquei todas as recordações dos nossos momentos juntos, estas eram poucas, afinal, ele sempre me evitava, usando as mais variadas desculpas para estar fora de casa o maior tempo possível, mas me serviam como um lembrete de como eu não era amada pelo Richard. Foram tantas as vezes em que o Richard chegou tarde em casa, alegando sempre compromissos profissionais, e a mim restava apenas aceitar que o meu próprio marido não sentia a minha falta, tampouco queria estar em minha companhia. Tomei um último gole da bebida, justamente no momento em que ouvi o ronco silencioso do seu carro estacionando na frente da nossa casa, mas hoje o motorista não iria levar a Mercedez preferida do patrão para a garagem. Vejo ele entrar, e saio das sombras, acedendo o abajur na mesa de apoio ao lado da poltrona e depois me levantando, com o único intuito de o enfrentar de igual para igual, por mais que o meu um metro e setenta não chegasse nem mesmo perto dos seus um metro de noventa de altura. — Oh! — ele exclama, surpreso com a minha presença na sala escura, sentada em seu lugar de direito. — O que faz aqui? Eu poderia ter respondido tantas coisas, entre elas o fato de que morava naquela casa, e tinha todo o direito de estar sentada na sala, aguardando pela chegada do meu marido. Não o fiz, contudo. — Estava o esperando. — informo, tentando manter a voz isenta de toda a tristeza que carregava comigo. — Precisamos conversar. — Hoje não é um bom momento para isso. — ele descarta a minha presença, algo que já se tornou rotina. — Amanhã você pode dizer o que deseja, pois hoje estou cansado. Ele não espera para ouvir a minha resposta, já se encaminhando para o primeiro degrau da escada em espiral, com corrimão entalhado em um intrigado arranjo artesanal, disposto a subir para o seu quarto, do qual eu nunca tive o privilégio de compartilhar. — Eu preciso falar agora! Não posso mais esperar. — digo, alto o suficiente para me fazer ouvir. Ele para, parece pensar sobre a situação, e acaba retornando ao centro do cômodo, um suspiro de resignação escapando audivelmente de seus lábios convidativos, mais os quais só tocaram os meus apenas uma vez. Richard nunca desejou consumar o nosso casamento, sempre me tratando com cordialidade, ele é um homem extremamente gentil… mas frio. — Diga-me. — ele aceita me ouvir. — O que você tem de tão importante para me falar? — Eu quero o divórcio. — proponho, me sentindo quebrar em mil pedaços. Eu sempre fui completamente apaixonada pelo Richard, pois as nossas famílias sempre foram amigas, e o meu pai era o melhor amigo do seu. As lembranças mais uma vez me assolam, e os últimos anos passam por minha mente, desde o dia em que o meu pai pediu-me para fazer o que ele considerou como um pequeno sacrifício em nome de algo que ele amava como a um filho, a sua empresa. O senhor David Evans e o meu pai, George Phillips, eram grandes amigos de infância, e juntos construíram um grande patrimônio, onde um sempre ajudou o outro, de várias formas. E por esse motivo, quando o pai do Richard morreu, ele ainda é muito jovem para assumir tamanha responsabilidade e o meu pai fica à frente da empresa dos Evans e consegue com que esta cresça e aumente ainda mais o seu patrimônio líquido. Enquanto o meu pai cuidava da empresa da sua família, Richard foi para a França, terminar os seus estudos e quando o meu pai ficou doente, o chamou de volta a Londres, para que ele pudesse assumir o seu lugar de direito à frente dos negócios. Mas papai estava sofrendo de uma doença terminal, onde o diagnóstico havia sido revelado neste momento e ele, temendo que sua empresa fosse a falência, pois além de não conseguir manter o seu controle de modo satisfatório, eu era a sua única filha e não me sentia nenhum pouco preparada para tomar as rédeas da situação. E George Philips aproveita o retorno do filho do seu melhor amigo para fazer uma proposta, que ele aceite dirigir seus negócios, e case-se comigo, pois somente assim ele poderia assumir a empresa. Eu amava o Richard e não seria sacrifício algum me casar com ele, e fiquei extremamente feliz de saber que ele estava de volta a Londres e eu poderia enfim reencontrar o meu grande amor. Richard, no entanto, estava em um relacionamento sério com uma francesa, Louise Dubois, a quem ele amava verdadeiramente, mas ainda assim, aceita a proposta feita pelo melhor amigo do seu pai, a quem deve muito respeito e gratidão, por ter ajudado seu pai a construir o patrimônio que hoje era seu por direito e também por ter cuidado do mesmo, quando ele ainda não se sentia preparado para tal encargo. Mas ele nunca se conformou realmente por ter que se separar da mulher que amava, e eu sentia que esse era o motivo pelo qual ele sempre me desprezou, não fazendo nada para que nós dois fôssemos de fato uma família. Mas Richard se tornou ainda mais frio e indiferente comigo, depois de ter recebido o convite de casamento da sua amada, que decidiu que não poderia esperar para que as coisas na empresa do meu pai ficassem mais tranquilas e encontrou outro homem para amar, e com o qual se casou. E eu não podia mais conviver com a sua indiferença, e as suas desculpas para nunca estar em casa, sempre trabalhando até tarde e me evitando de modo ferrenho quando estava em casa. Com as mãos trêmulas pela emoção trazida pelas lembranças, seguro entre os dedos a aliança que mantive em minha mão até agora, e a entrego para o Richard, como uma forma de dar um ponto final em nossa história. — O que pretende com isso? — ele questiona. Ele se sente, mas não parece triste, tão pouco preocupado com o meu pedido, e ao perceber o copo usado ao lado da garrafa de sua bebida preferida, me encara com desconfiança, mas nem ao menos questiona se bebi. — Pretendo deixar o seu caminho livre, para que você possa finalmente encontrar a sua felicidade. — declaro, tentando conter o choro. — Estou saindo dessa casa, Richard. — E para onde você vai? — Apesar da pergunta, ele não parece realmente preocupado com o meu destino. — Essa é uma pergunta que não pretendo responder. — digo, já sentindo o primeiro pingo em meu rosto. — Estou saindo da sua vida e dessa casa, e isso é tudo o que importa. Coloco a aliança no aparador e espero que ele me peça para não partir, diga que me ama e que vai mudar, vai tentar fazer com que o nosso casamento possa enfim ser algo real, mas nenhuma palavra sai de sua boca. — Essa é uma decisão muito séria, Olivia. — Richard afirma, seu tom gentil. — Deve pensar muito bem antes de tomar uma decisão como essa, para não se arrepender depois. Se eu não estivesse sofrendo tanto, eu teria rido de seu aviso gentil. — Eu pensei muito bem sobre isso, Richard. Eu pensei por três anos. Três longos anos! Tento não alterar o tom de voz, mas é tão difícil ser fria, quando tudo por dentro está prestes a explodir. — Vejo então que tem certeza do que está fazendo. — ele fala com tranquilidade. — O nosso advogado preparou toda a papelada do divórcio e eu já assinei tudo. — informo. — Ele enviará a documentação para o seu escritório, você só precisa assinar também e estaremos oficialmente separados. Você estará livre de mim. — É isso mesmo que deseja? — ele pergunta. — Sei que diz que está certa sobre a sua decisão, mas eu preciso ter certeza. Tenho uma dívida de honra com os nossos pais e a sua história, e não quero que sofra. — Sim, eu tenho convicção do que estou fazendo. — confirmo, mesmo que o coração grite que não! — Eu não quero me separar de você, Richard! Mas eu preciso fazer isso. Eu preciso recomeçar longe de você, e esquecer o grande amor que sinto em meu peito. — Entendo a sua angústia, Olivia. — ele tem o desplante de dizer, mas o seu rosto era uma máscara de frieza e educação. — Eu ainda te amo, Richard. — eu precisava tentar amolecer aquele coração duro. — Eu sempre te amei. A resposta a minha declaração apaixonada foi apenas um esgar de lábios, uma tentativa de sorriso, mas que estava claro que era apenas uma maneira de demonstrar compaixão pelo meu sentimento, uma vez que ele mesmo não sentia nada. — Espero que fique bem. — É tudo o que recebo em resposta, mas não há surpresa em mim. — Espero que possa encontrar aquilo que procura, Olívia. — Adeus, Richard. — falo, o coração sangrando. — Espero que também encontre aquilo que procura. Saio da mansão luxuosa, e caminho para a escadaria de pedra, chegando ao pátio central, onde um carro me espera, conforme a minha orientação ao motorista. A minha única mala já está acomodada dentro do veículo e entro no banco traseiro, contendo bravamente o pranto e tentando a todo custo não desabar. Mas o meu coração está dolorido, o pranto rola do meu rosto e eu preciso de muita força de vontade para não desabar completamente, quando estou sofrendo tanto com a separação. Como poderei viver sem o grande amor de toda uma vida?

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