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Sob Ameaça - O Contrato

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Blurb

Maggie é uma garota que sofre bullying juntamente com a sua melhor amiga Louise. Maggie tenta passar despercebida, mas acaba por chamar a atenção dos garotos mais populares da escola. Ethan e Ryan são irmãos, mas são completamente diferentes um do outro. Ryan é egocêntrico e c***l, pensa que o mundo gira à sua volta. Ethan é um bom coração, paciente e muito amigo. E é no meio destes dois, que a Maggie se vai ver envolvida. Mas Ryan faz o impensável e mesmo sem saber, acaba por afastar a Maggie de tudo e de todos, fazendo ela fugir dele, fugir da cidade onde mora, por causa do m*l que ele lhe fez, mas ele sendo tão egoísta não vê isso e acha que ela é sim uma mimada. Maggie se afasta de todos, incluído o Ethan que é apaixonado por ela.Ele não entende porque ela fugiu e quer encontrá-la de novo. Acaba por a encontrar anos mais tarde. Mas juntamente com a chegada do Ethan vem também, todos os traumas do passado, toda a dor que a Maggie tenta esquecer, todo o m*l que o irmão dele, o Ryan, lhe causou. Ryan aparece também, mas a Maggie já não é a menina estranha e carente que era antes, e sim uma poderosa mulher de negócios, implacável e destemida. Mas uma grande e enorme reviravolta vai acontecer na vida da Maggie, do Ethan e do Ryan. Um contrato de casamento, onde a Maggie se vê envolvida numa história mirabolante de poder, sedução e paixão. Venham descobrir esta linda história de amor, dor, medo, mentiras e muitas descobertas. O passado, o presente e o futuro, vão andar de mãos dadas, mas… de costas voltadas.

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Maggie Campbell
Aos 15 anos, temos uma ideia muito distorcida da realidade, pensamos que tudo é um mar de rosas e que tudo corre bem e que todos gostam de nós. Mas isso não é minimamente verdade, pelo menos para mim nunca foi. O meu nome é Maggie Campbell e esta é a minha história. Não é uma história bonita, não é uma história feia, é apenas a minha história. Tu nunca sabes que resultados virão da tua ação. Mas se não fizeres nada, não existirão resultados. # PARTE 1 # Santa Mónica, Los Angeles, Ano de 2000 Daisy Narrado por Maggie "Nunca será tarde enquanto houver vontade" — Anda Maggie, a aula já começou. — Calma Lou, estou a ir. Dou uma corrida, mas sou obrigada a cair no chão. Daisy acaba de colocar o seu pé na minha frente, me fazendo cair… mais uma vez. — Que desastrada que tu és Maggie, não vês por onde andas, anta marreca? Nem com esses óculos enormes tu consegues ver merda nenhuma? — Daisy fala com raiva. Não sei o que eu fiz a ela, para me odiar tanto assim. Mas ela odeia, há três anos que ela me faz isto diversas vezes, isto e muito mais. — Mas tu não te cansas de fazer estas coisas? Maluca! — Louise me ajuda a levantar. — Olha aqui sua protetora das m*l vestidas e horríveis e gordas e sebosas, a ver se falas comigo direitinho ouviste? — ela fala apontando o dedo na cara da Louise. Lou dá um estalo na sua mão e a avisa. — Se me voltares a apontar o dedo eu o parto. — ela diz ameaçadoramente. — Gostava de te ver a fazer isso, sua louca. Acaba por virar as costas e vai embora pelo corredor se balançando toda. — Maggie tu não podes permitir que ela te continue a fazer estas merdas, ela faz isto há três anos e tu nunca te defendes amiga! Ajeito os óculos na minha cara. — Não gosto de problemas, tu sabes isso. — falo, tentando não demonstrar que me dói o joelho. — Mas a maluca da Daisy, já é um problema e dos grandes, enormes. Louca da merda. Lou continua a barafustar irritada enquanto nos dirigimos para a nossa aula. Como era de esperar, chegámos tarde à aula o que causa burburinho entre os outros alunos e o professor é obrigado a dar um berro. — TODOS CALADOS, MAS ESTAMOS NUMA AULA OU NA FEIRA? Todos se calam de imediato. — Maggie e Louise, isto são horas de chegar? Já passa dez minutos da hora — ele fala a olhar para o relógio. Pedimos desculpa e prometemos que não volta a acontecer. A aula prossegue mais calma agora. Sinto-me aliviada por acabar. Ao sair da sala de aula, eu e a Lou vamos para o refeitório. Ao entrar no refeitório, vejo que está cheio e paro abruptamente, fazendo com que a Lou que vinha atrás de mim bater nas minhas costas. — Caramba, Mag, porque paraste de repente? — ela pergunta curiosa, mas percebe m*l olha lá para dentro. — Já percebi. — ela coloca-se na minha frente. Eu não gosto de frequentar locais que tem muita gente, normalmente não entro, tenho sempre a sensação que todos olham para mim e reparam o quanto eu sou esquisita. — Mag, eu estou a morrer de fome, por favor, vamos comer! — ela implora. Faço uma careta. — Ok, vamos lá. Entramos no refeitório e vamos buscar o nosso comer e vamos nos sentar na relva lá fora, porque aqui está muito cheio mesmo. Dou graças a Deus por virmos cá para fora comer. Estamos a comer descansadas e a divertir-nos sentadas na relva, quando o nosso sossego acaba. — Ora, ora, ora! — Daisy fala com cara de nojo. — Se não é a sebosa da Maggie e a sua amiga peçonhenta! As duas parvas que vêm com ela riem à gargalhada, como se ela tivesse dito a melhor piada do mundo. Ela faz sinal com a mão e elas se calam imediatamente. Lou não perde a oportunidade e diz. — Ora, ora, ora, tão amestradas que as tuas cachorrinhas estão. Sarah vai ao seu encontro mas é parada pela Daisy. — Sua estúpida! — Sarah rosna para a Lou. — Sua cachorra obediente. Daria para rir destas duas, se a situação não fosse esta. Jennifer, a outra amiga, decide falar também. — Daisy!! — ela chama toda ofendida. — Não podemos deixar que ela nos fale assim. — Claro que não, nós somos a parte rica da cidade, vamos lá deixar estas duas pobretonas falar assim connosco! Elas sorriem e pegam em dois sacos e os despejam em cima de nós. Lixo, era o que os sacos traziam. Lou se levanta para bater em alguém mas elas já vão longe a rir na nossa cara. — Coloque o lixo no lixo! — Daisy grita lá de longe a rir. — Tu vais me pagar, Daisy maluca.— responde super irritada a Lou Eu tento tirar o lixo de cima de mim, mas decididamente vou precisar de um banho. Olho para a Lou, somos duas a precisar de um banho. Lou chega perto de mim a barafustar. — Não sei como tu consegues ficar aí, como se nada tivesse acontecido, Mag! Encolho os ombros. — Que queres que faça, eu não me vou rebaixar ao nível delas. Ouvimos risos e piadas atrás de nós, para não variar. Lou espreita por cima do meu ombro com cara de que vai matar alguém. — O que foi? Nunca viram? — Lixo a andar não. Riem todos, feitos parvos. — Que engraçadinho, vê se não te cai um dente com a gracinha de merda. Eles ainda riem mais. Eu nem olho para trás. —Hein, Maggie, ficas bem com o lixo em cima de ti, assim não se percebe o quanto tu és esquisita. E ri e eu só me apetecia ter um buraco para me esconder. — Vocês importam-te de parar com essa estupidez, vamos embora, temos mais o que fazer. — ouço a voz do Ryan, mas nem me atrevo a olhar para eles. Eles desaparecem atrás dele. — Todos uns insuportáveis nesta escola, que merda — Lou fala pegando no tabuleiro. — Vou levar isto ao refeitório e vou para casa. Eu suspiro chateada. — Eu também! — acabo por dizer.

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