EDUARDO BEIJA CANORA

1234 Words
Estávamos indo para o culto quando papai disse que daria carona para Eduardo ir conosco. Imediatamente comecei a tremer, ansiosa, com vergonha e com medo. Após alguns minutos, avistamos Eduardo parado na calçada da rua a nossa espera. Papai parou para dar carona a ele, que entrou sentando-se ao meu lado no banco de trás do carro. Nesse dia meus irmãos não estavam juntos. Papai foi conversando com ele durante todo o caminho. Ao chegarmos na igreja, entramos e nos sentamos todos no mesmo banco, porém Eduardo sentou-se ao meu lado. Eu continuava sem graça e muda como uma rocha. Apenas abri minha boca para cantar os louvores. Quando o culto finalizou eu pedi dinheiro ao meu pai para comprar bala tic-tac. Eduardo ficou com meus pais enquanto eu ia comprar a bala. Voltei e fomos para casa. Eduardo voltou de carona conosco. Eu ofereci bala ao Eduardo umas duas vezes e ele aceitou. Quando estávamos passando pelo asfalto, tudo escuro, eu inocentemente abri minha caixinha de tic-tac para pegar mais uma bala quando derrepente Eduardo pegou em minha mão me fazendo derramar minhas balas em meu colo. Olhei assustada para ele e depois para nossas mãos dadas, sorri de cabeça baixa e assim ficamos até que chegamos em nosso bairro onde as ruas eram iluminadas e ele olhou pra mim, deu um sorriso lindo e soltou minha mão com medo de meu pai ver. Deixamos Eduardo perto de sua casa e seguimos todos calados para nossa casa. Cheguei, fui ao banheiro fazer minha higiene e segui para meu quarto para colocar um pijama e me deitar. Me deitei em minha cama, sorrindo como uma boba e orei agradecendo a Deus por tudo estar indo de forma tranquila. Como Deus era maravilhoso comigo. No domingo levantei cedo, fiz café e levei na cama para meus pais. Fiz o almoço de domingo caprichando em tudo. Cozinhei frango ensopado com batatas, salada de maionese, arroz, macarrão, feijão, farofa de calabresa e salada de alface. Por volta de 17 horas tomei meu banho e fui me arrumar para sairmos as 18:30 para o culto. Eduardo iria pegar carona conosco novamente. Eu estava muito feliz. Coloquei um vestido preto junto, de manga longa ombro a ombro e uma f***a na coxa esquerda. Calcei minha bota de cano longo preta, arrumei meus cabelos deixando-os soltos e com uma onda jogada para o lado esquerdo. Finalizei minha maquiagem passando rímel e um batom pink. Passei um perfume com aroma de rosas, dei uma ultima conferida no espelho gostando de minha imagem e segui feliz e ansiosa por encontra-lo novamente. Será que ele pegaria em minha mão novamente? Avistamos Eduardo na calçada e papai parou dando carona para ele novamente. Ele sentou-se ao meu lado e nos cumprimentou desejando boa noite. Dessa vez eu consegu8i responder. Quando pegamos o asfalto ele pegou em minha mão novamente. Foi uma alegria muito grande para mim. Quando chegamos no bairro onde era a igreja ele soltou minha mão delicadamente, antes fazendo um carinho com o dedão. Seguimos para o culto e depois seguimos para casa. No caminho de volta ele mais uma vez pegou em minha mão e quando chegamos no meu bairro onde era mais claro ele soltou fazendo um carinho e me olhando nos olhos. Quase me perdi naqueles olhos verdes lindos. Eu me sentia vivendo uma linda história como nos livros que eu lia. Deixamos Eduardo em frente a sua casa, nos despedimos dele com um boa noite e seguimos mudos para nossa casa. Como no dia anterior fui ao banheiro fazer minha higiene e seguir para meu quarto para dormir. Dei um beijo de boa noite em meus pais como sempre eu fazia e antes de me deitar me coloquei de joelhos para orar e agradecer a Deus por toda essa felicidade. Na segunda feira, na escola, enquanto subíamos as escadas para ir sala de aula contei a Talita que eu iria namorar. Contem a ela que Eduardo havia pedido ao meu pai para namorar comigo e que papai havia deixado. Antes de eu contar tudo que aconteceu no fim de semana, ela me cortou dizendo que eu não deveria namorar com ele. Eu não entendia porquê. Ela apenas disse que eu não devia namorar com ele pois ela não gostava dele. - Você já ficou com ele? – Perguntei apavorada. - Nunca e nem ficaria. Apenas não vou com a cara dele e pronto. – Ela se justificou. - Eu estou gostando dele e vou namorar Talita. Sinto muito que você não tenha ficado feliz por mim. Seguimos para a sala de aula e Talita não conversou mais nada comigo. Ela ficou séria comigo. Passou-se a semana toda e ela não conversa comigo como antes. Ela veio uma vez dizendo que Wallace queria ficar comigo e eu disse que não faria isso pois eu não gostava dele e estava gostando de Eduardo. - Você não desistiu desse menino? – Ela perguntou. - Claro que não Talita. Achei que você ficaria feliz por mim. Conversando com minhas amigas regina e Andreia na hora do recreio sobre Eduardo e a reação de Talita quando soube elas me disseram que não passava de inveja dela e que eu deveria abrir o olho com ela. Lembrei que ela não conversava comigo nos outros anos que estudamos juntas e que a poucos meses ela se aproximou de mim. - Ela já não tinha mais amigas e por isso se aproximou de você. Agora ela não quer que você se aproxime de ninguém. Cuidado com esse tipo de pessoa. Pensei bem e decidi me afastar dela aos poucos. Sem virar a cara, mas deixar de frequentar a casa dela e cair nos joguinhos dela. Sábado finalmente chegou. Eu estava muito feliz. Me arrumei, colocando uma saia cinza, bota preta, uma camiseta branca e uma jaqueta de courino preta. Passei um batom vermelho, finalizando a maquiagem e fomos para o culto. Meus irmãos foram dormir na casa de minha vó e estava novamente, sentada sozinha no banco de trás. Papai deu carona para Eduardo novamente. Como nos outros dias, ele aproveitou o escuro do asfalta para pegar em minha mão fazendo carinho com o dedão. Assistimos ao culto normalmente. Quando saímos da igreja meus pais queriam dar uma volta na praça perto da igreja pois tinha um evento e então eu pedi dinheiro ao meu pai para mim comprar tic-tac novamente. Eduardo se prontificou a ir junto. - Estamos indo para a pracinha. Vocês nos encontram por lá. Ok? - Pode deixar. – Eduardo respondeu. Ele se ofereceu para pagar abala pra mim e falou para passarmos pela rua de tras pois ele queria me perguntar uma coisa. Seguimos uns minutos calados e então ele parou, pegando em minha mão e olhando para chão e as vezes para meus olhos, então ele perguntou se eu queria namorar com ele. - Sim. Se você quiser. – Eu respondi. Eduardo se aproximou de mim e me deu um beijo maravilhoso. Fiquei de pernas bambas. Foi um beijo apaixonado e demorado. Eu estava muito feliz. Meu coração agradecia a Deus por toda a felicidade que eu sentia. Então, eu ainda sem graça, disse que deveríamos ir pois meu pai poderia ficar bravo. Então Eduardo pegou em minha mão e quando íamos seguir para o evento que estava a poucos metros de nós, ouvi meu pai me chamar extremamente bravo.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD