Capítulo 09 Jaqueline

1297 Words
Jaqueline Narrando A pergunta saiu dos meus lábios num sopro, enquanto ele ainda pairava sobre mim, o calor do corpo dele e o cheiro de poder e desejo me envolvendo como um cobertor pesado. — V-vai ser aqui… no carro mesmo? Meus olhos correram para as janelas escuras, para o concreto bruto do estacionamento subterrâneo. A racionalidade tentava voltar, fraca, dizendo que isso era insano, que estávamos em público, que eu ia chegar em casa com meu vestido rasgado e o cheiro dele na pele. Felipe deu um sorriso lento, perigoso, que apagou qualquer sombra de dúvida. Seus olhos, na penumbra, brilhavam como os de um predador que finalmente cercou sua presa. — Não só vai ser aqui — ele disse, a voz um rosnado de pura posse — como vai ser agora. Já esperei nove anos. Não vou esperar nem mais nove segundos. Antes que eu pudesse processar, suas mãos foram às alças do meu vestido. Com um movimento firme e decisivo, ele puxou o tecido para baixo, prendendo meus braços momentaneamente. O ar frio do ar-condicionado bateu nos meus s***s, fazendo os m*****s já endurecidos ficarem ainda mais sensíveis. Um gemido de vergonha e excitação escapou da minha garganta. — Meu Deus… — sussurrei, tentando cobrir-me, mas meus braços estavam presos pelo vestido na altura dos cotovelos. — Não — ele ordenou, sua voz deixando claro que não era um pedido. — Deixa eu ver. Eu mereço. Eu paguei por essa vista com nove anos de tortura. Ele se ajeitou no banco do motorista, ainda inclinado sobre mim. Com uma mão, ele continuou a acariciar minha b****a, seus dedos encontrando facilmente o c******s novamente, já inchado e super sensibilizado. Com a outra, ele desabotoou sua calça. O som do zíper descendo foi obsceno. E então ele o tirou para fora. Eu tinha visto homens nus antes. Mas nada, absolutamente nada, me preparou para ele. Era grande, grosso, imponente. Veias salientes percorriam seu comprimento, que pulsava visivelmente no ar abafado do carro. Era a materialização do poder, do desejo, da transgressão absoluta. Ele começou a se mastürbar, sua mão grande e calejada subindo e descendo no próprio comprimento com uma familiaridade que me deixou ainda mais molhada. Seus olhos estavam fixos nos meus s***s, depois no meu rosto, bebendo cada reação. — Coloca a mão aqui — ele ordenou, sua voz tensa. Hesitei por um segundo. Ele pegou minha mão — a mão que assinou relatórios que ele aprovou, que digitou e-mails para ele — e a envolveu em volta dele. A pele era quente, aveludada e incrivelmente tensa. Ele fechou sua mão por cima da minha e começou a mover nossas mãos juntas, me ensinando o ritmo, a pressão. — Assim… — ele sussurrou, ofegante. — Você sente? Sente o quanto eu te quero? O quanto eu vou te f***r até você não conseguir andar amanhã? Eu sentia. Sentia na palma da minha mão, no tremor dos meus dedos, no fogo que ele acendia no meu centro. Mordi meu lábio inferior, tentando conter os gemidos. Ele parou o movimento, mas não soltou minha mão. — Quer colocar a boca antes que eu perca o controle e acabe com você aqui mesmo? — a pergunta foi um desafio, um convite ao abismo. Olhei para o paü dele, tão perto do meu rosto. Para seus olhos, cheios de fogo n***o. Para a minha mão, ainda envolvendo ele. A Jaqueline responsável, a profissional, a filha que ia para a ceia de Natal, gritava para eu parar. Mas outra Jaqueline, mais profunda, mais selvagem, uma que ficou adormecida por nove anos vendo esse homem passar pelo corredor, já estava inclinando o corpo no banco reclinado. Tirei minha mão da dele. Com um movimento que parecia pertencer a outra pessoa, levei a mão livre dele — que ainda estava entre minhas pernas — e a afastei suavemente. Ele soltou um som rouco de aprovação. Eu me aproximei. A primeira coisa que senti foi o cheiro dele, puro, masculino, intoxicante. Passei a língua na ponta, provando um sabor salgado e único. Ele gemeu profundamente, uma mão se enterrando no meu cabelo, não forçando, apenas segurando. — Isso… minha boa menina… — ele sussurrou. Encoragei-me. Abri a boca e levei a cabecinha para dentro, sentindo a textura suave e a pulsação forte. Fui devagar, aprendendo o formato dele com a língua. Lembrei de coisas que li, de coisas que ouvi. Comecei a usar a mão na base, criando um movimento de parafuso com a boca e a mão juntas, subindo e descendo com uma pressão crescente. Os sons que saíam dele eram animais. Rugidos baixos, gemidos profundos, palavrões soltos no ar. — Pørra, Jaqueline… essa boca… c*****o… você nasceu pra isso… pra me chupar até o talo… Sua mão no meu cabelo apertou, guiando levemente o ritmo. Eu me entreguei totalmente à sensação, ao poder absurdo de ter um homem como Felipe, tão controlado, tão poderoso, totalmente à minha mercê, tremendo e gemendo por causa da minha boca. A vergonha desapareceu. Só existia o sabor dele, a textura, os sons, e o fogo insano que queimava entre minhas próprias pernas. Eu o sentia ficando mais rígido, os músculos da coxa dele tensos. Ele estava perto. — Vou gøzar na sua boquinha linda — ele rosnou, os quadris começando a se moverem involuntariamente. Foi aí que eu parei. Recuei, deixando ele escapar dos meus lábios com um som úmido. Ele abriu os olhos, uma mistura de fúria, confusão e necessidade extrema no rosto. — O que foi? Por que parou? Respirei fundo. Meu coração batia como um tambor. Ainda deitada no banco, com os s***s expostos e a sensação do gosto dele na minha língua, eu disse, com uma voz que não reconheci, cheia de uma coragem recém-descoberta: — Já que eu tô aqui… e esse é o meu presente… Puxei o vestido para cobrir um pouco os braços, mas não os s***s. Me movi, empurrando seu corpo gentilmente para que ele ficasse melhor acomodado no banco do motorista. Ele me observou, perplexo, seu p*u ainda pulsando no ar. — …vou sentar no seu paü. A declaração pairou no carro. E então, sem esperar por uma resposta ou permissão — porque naquele momento, a hierarquia tinha virado de cabeça para baixo — eu me ajoelhei no banco do passageiro, virei de costas para ele e, com as pernas abertas e apoiando uma mão no teto do carro, comecei a descer. Ele entendeu. Suas mãos voaram para meus quadris, guiando-me, ajudando. A ponta dele, enorme e quente, encontrou minha entrada, ainda aberta e escorrendo dos dedos dele e da minha própria excitação. Olhei para trás, sobre o ombro, e encontrei seus olhos, escuros e possessivos, fixos no ponto onde nossos corpos estavam prestes a se unir. — Devagar, princesa — ele disse, a voz carregada de tensão. — Você é apertada. Vai doer se for rápido. Mas eu não queria devagar. Eu queria o castigo, a posse, a marca. Queria sentir o preço de nove anos de desejo reprimido. Inspirei fundo e desci. A dor foi aguda, cortante, uma queimadura de ser aberta por algo maior do que eu estava preparada. Um grito sufocado saiu dos meus lábios. Ele gemeu, suas unhas se enterrando nos meus quadris através do vestido. — Pørra… você é louca… — ele sussurrou, mas não tentou me parar. Continuei descendo, centímetro após centímetro agonizante e glorioso, até que meus quadris repousaram sobre os dele e eu o senti, inteiro, me preenchendo de um jeito que fez o mundo girar. Estava cheia. Totalmente possuída. Imóvel, ofegante, tentando me acostumar com a sensação avassaladora. Ele puxou meu cabelo para trás, expondo meu pescoço. Sua boca se aproximou do meu ouvido. — Feliz Natal, Jaqueline — ele rosnou. — Agora… senta. Continua...
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