Narrado por Sofia Eu nunca pensei que pisaria no prédio luxuoso onde Matteo morava. Já havia passado da fase da raiva silenciosa. Já tinha superado o medo, o trauma, a vergonha. Mas hoje? Hoje eu só carregava uma fúria pulsante que queimava nos ossos. Marco estava ao meu lado no elevador, os punhos cerrados, o maxilar travado. Ele tentou me convencer a deixar os advogados cuidarem, a esperar a polícia, a confiar no sistema. Mas nem mesmo Marco, com toda a sua frieza estratégica, conseguiu me deter quando viu o exame médico da Luiza nas minhas mãos. — Vai falar o que tiver que falar, Sofia — ele murmurou, enquanto subíamos. — Mas eu tô aqui. Se ele encostar um dedo em você, eu juro... — Ele não vai encostar. Porque hoje… eu vim terminar o que ele começou. A porta do elevador se abriu n

