Narrado por Sofia Marco guiou o carro por uma estradinha de terra cercada por árvores até chegarmos a um pier de madeira escondido atrás de um bosque de pinheiros. Eu nunca tinha visto aquele lugar. Era como se tivesse sido retirado de um cartão-postal: o lago largo, sereno, refletindo o céu azul sem nenhuma nuvem, as margens forradas por flores silvestres e a brisa leve passando entre os galhos. E lá estava ele. O barco. Branco, pequeno, elegante. Tinha toldo de tecido, almofadas claras e uma mesa de madeira onde já haviam frutas frescas, água aromatizada e uma garrafa térmica que provavelmente guardava café. Tudo com aquele cuidado de Marco, que fazia o simples parecer mágico. — Marco… — sussurrei, segurando Luiza no colo. — Isso aqui é surreal. — Ainda não. Surreal vai ser quando

