Capítulo 04

3700 Words
— Me passa a chave! — Jaesper disse parando ao meu lado, pegando um dos capacetes que estavam no retrovisor. — Pra que? — Indaguei tentando pegar o capacete de suas mãos, vendo-o recuar um pouco para trás, arqueando uma das suas sobrancelhas para mim. — Não sei você, mas eu não quero ficar nesse lugar mais nenhum segundo! — Ele disse seco deixando-me calada e sem qualquer ação, afinal, eu também não queria ouvir mais nenhuma baboseira do meu pai sobre minha atitude.  Soltei um suspiro, pegando o outro capacete que estava no retrovisor da moto. Coloquei em minha cabeça, sentindo meu coração à mil. — Onde você pensa que vai?! — Meu pai apareceu atrás de mim falando com um tom de raiva. Olhei de lado para ele, ignorando totalmente a sua presença. Assim que o Jaesper montou na moto e eu subi em seguida, arrumando o decote do vestido em minha coxa, na tentativa de escondê-la. — Não ouse ir Sonji Lincy! — Meu pai disse aumentando o tom de sua voz, mostrando que a sua raiva estava aumentando. — Acelera logo! — Sussurrei para o Jaesper que não esperou muito, acelerou o moto saindo da porta da minha casa, enquanto eu escutava meu pai gritando por mim. Não sabia para onde ele estava indo, mas com certeza era melhor do que ficar em casa olhando para a cara dos meus pais. Jaesper parou no sinaleiro e logo ouvimos assovios. Abaixei meu olhar olhando minha perna quase toda do lado de fora, tentei tampá-la, mas falhou. Todo sinaleiro que a gente parava ouvíamos assovios e elogios, e Jaesper parecia estressado com isso, pois ele tirou a seu blazer jogando em cima da minha perna tampando o decote. Ouvimos vários barulhos de reprovação, ele apenas mostrou o dedo acelerando, por sorte o sinal abriu na hora.  Olhei para o lado tentando conhecer onde iramos, até que ele parou em frente à escola. Desci da moto segurando seu blazer em minhas mãos, lembrando do tal baile que estava acontecendo. Tirei o capacete e lhe entreguei o seu blazer. — Obrigada! — Exclamei vendo-o pegar o capacete das minhas mãos e entregando-as junto com a chave para o manobrista. — Na próxima vez que for sair comigo não use decotes tão grande assim. — Ele disse direcionado seu olhar para minhas pernas, e em seguida, olhando em meus olhos. Pelo o que deu a entender, iriamos sair mais vezes. Adentramos a escola indo em direção ao salão de festas, coisa que eu nem sabia que existia lá. Chegando perto já ouvíamos músicas lentas. Jaesper abriu a porta principal e a maioria dos olhares caíram sobre nós, paramos perto de algumas mesas vazias.  Ele estava bastante inquieto, pois não parava de olhar para os lados como se procurasse algo. — Jaesper! — Ouvi uma voz masculina e em seguida um menino se aproximando de nós. — Hey! — Jaesper sorriu apertando a mão do menino, surpreendendo-me por ter feito amizades tão rápidas assim. — Quem é ela? — O menino disse, referindo-se a mim de uma maneira totalmente direta sem ao menos disfarçar ou abaixar sua voz. — Ela é a minha noiva! — Ele disse e eu arregalei meus olhos ao ouvir aquilo. Encarei-o e ele piscou para mim, sorrindo lerdo, fazendo com que seus olhos formassem pequenos riscos. — SÉRIO? — Seu amigo perguntou sem acreditar no que havia acabado de ouvir, ele apenas concordou. — Por essa eu não esperava... — Soltou uma gargalhada. — Minha namorada chegou, vou lá nela antes que ela me mate! — Despediu-se de nós e saiu rumo à uma menina. — Vou buscar algumas bebidas, já volto. — Jaesper disse próximo de mim, assenti em resposta e se deslocou entre os alunos para um canto. Me sentia desconfortável com todos aqueles olharem em minha direção, não sabendo se estavam falando bem ou m*l de mim. Enquanto olhava em volta, de um canto, avistei Scarlet ao lado de uma das suas amigas caminhando em minha direção. — Quem é você? — Scarlet indagou parando em minha frente. — Percebi que você está acompanhada do Jaesper por acaso, você é algo dele? — Frangiu seu cenho para mim e eu segurei-me para não rir. Eu estava tão diferente assim ou simplesmente a claridade do ambiente era r**m para ela não me reconhecer? — Não querendo ser grosseira, mas quem eu sou não te interessa! — Exclamei olhando para ela friamente, mas ao mesmo tempo procurando algo para não dizer meu nome. — Você não tem nome? — Ela disse com sarcasmo, fazendo suas amigas rirem, arrancando-me uma revirada de olhos. — Fofa, meu nome não é milho para sua boca não. — Olhei para ela, vendo-a arquear uma das suas sobrancelhas para mim. — Como você disse? — Ela disse em um tom um pouco alto, arrancando uma risada da minha parte. Sorri de maneira irônica, vendo-a realizar um gesto como se fosse me bater. — HEY! — Jaesper por sorte apareceu antes de ocorrer uma briga naquele momento. Ele colocou as taças com as bebidas em cima da mesa, passando seus braços em minha cintura, enquanto um arrepio era espalhado pelo o meu corpo. — O que vocês querem perturbando-a? — Ela é alguma coisa sua? — Scarlet indagou e ele assentiu em resposta. Em sua face, o sorriso que ela possuía sumiu lentamente. — Claro! — Ele sorriu para ela. — Ela é minha noiva! — Depositou um selar em minha bochecha, deixando-me envergonhada. Scarlet e a sua amiga arregalaram os olhos incrédulas com a tal confirmação vinda da parte dele. Sem pronunciar mais nada, ambas se retiraram fingindo que nada aconteceu e que elas não tinham acabado de ouvir que ele tinha uma noiva. — Por que você está falando que eu sou sua noiva para todo? — Indaguei tirando suas mãos da minha cintura, afastando-me dele. — Porque você irá ser um dia, mesmo eu gostando dessa ideia ou não, então tenho que me acostumar com essa ideia ridícula! — Respondeu-me e puxou uma cadeira, se sentando pegando a taça bebendo o líquido que havia nela. — Eu nunca vou me acostumar com isso! — Resmunguei me sentando ao seu lado cruzando as pernas, pegando a taça. — Eu também não! — Ele sorriu encarando a taça enquanto brincava com o líquido, balançando-o de um lado para o outro, mas sem derramar. — Mas isso é o preço de ser filhos de empresários que só pensam na empresa deles, e no lucro. — Vamos fazer o seguinte, vamos fingir essa coisa de ser noivos apenas na frente de nossos pais. — Exclamei e ele me olhou com o cenho frangido, em seguida, soltou um suspiro concordando. Parecendo que não tinha gostado muito da minha sugestão. — Por favor, descruza as pernas! — Jaesper resmungou me tirando dos meus pensamentos. — Porque? — Indaguei encarando-o um tanto confusa com o seu resmungo repentino. Desci seu olhar para minhas pernas que estavam a mostra por conta do decote. — É só não olhar! — Resmunguei, dando os ombros para o seu pedido, continuando de pernas cruzadas. — É fácil falar, você não é homem! — Ele fez careta ainda olhando para minhas pernas. — Então por favor poderia descruzar suas pernas, minha noiva querida! —  Sorri sentindo seu tom de deboche, descruzei as pernas e ouvi um “obrigado” baixo. Confesso que essa música lenta estava me dando sono, porém do nada, a música lenta se transformou em uma eletrônica, a claridade se transformou em uma escuridão e logo em seguida várias luzes de festa, de preferência boate, iluminou cada canto do salão, fazendo os alunos soltarem um grito de alegria. — A diretora foi embora! — Jaesper disse bebendo de uma vez a bebida em sua taça, sorrindo para mim. — Como? — Indaguei sem entender o motivo da alegria dele e dos alunos, da mudança extrema do tipo de música e da luminosidade do ambiente. [Iyrb Jaesper] — Longa história... — Respondi-a olhando para onde estavam as bebidas antes. — Vem, as bebidas devem ter mudado para algo mais forte! — Levantei-me segurando em sua mão, guiando-a entre os alunos para o lugar onde podíamos pegar. Chegando lá a Lincy se sentou em uma cadeira em frente. Puxei uma para mim, sentando-me em seu lado. — O que você quer beber? —Indaguei olhando para ela vendo-a fazer uma careta, arrancando um olhar surpreso de minha parte. — Eu não... Sei nada de bebidas. — Ela respondeu-me arrancando uma risada minha, abaixando sua cabeça constrangida. — Me dá dois whiskies! — Exclamei ao barman que concordou se virando para pegar as bebidas para nós. — Aesper! — Mark disse, no mesmo instante me virei vendo-o se aproximando de mim com um sorriso em seus lábios. — Aesper?! — Lincy indagou curiosa, mas em seu tom senti um pouco de ironia. Encarei-a sorrindo vendo um sorriso de canto. — Cadê os outros meninos? — Indaguei voltando minha atenção para o Mark que nos encarava tentando entender o que estava acontecendo ali. Movendo seu olhar entre mim e a Lincy. — Estamos aqui. — Jackson apareceu atrás do Mark, junto com os outros meninos logo seguindo-o. — Quem é essa? — Jadiel apontou para a Lincy que nos encarava atentamente com um sorriso de canto em seus lábios. — Lembra que eu falei para vocês que meu pai arrumou um casamento para mim, então. — Respondi-o e igual aos demais, ficaram bastante surpresos ao verem-me com a tal noiva forçada. — É ela? Sério? — Ele indagou novamente e eu assenti em resposta gargalhando. — Ela é muito bonita, se eu fosse me casar forçado, não me importaria se a menina fosse bonita igual ela. — Encarei Lincy que apenas arqueou rapidamente sua sobrancelha perante aquele comentário. — Espera, você é uma menina do terceiro ano. Seu nome é Sonji... — Beckham começou a falar enquanto encarava a mesma. — Lincy? Sonji Lincy. — Estreitou os olhos. — Que é filha dos empresários da empresa LSJ! — Suas bebidas. — O barman disse colocando dois copos de whisky em nossas frentes antes que a Lincy pudesse responder o meu amigo. Vi-a cheirar a bebida e franzi o cenho, para depois me encarar. — É bom? — Ela indagou olhando em meus olhos, realizando uma breve careta. — Bebe que você descobre! — Respondi-a, olhando fixamente para a mesma. Ela soltou um longo suspiro levando o copo até seus lábios bebendo-a, em seguida, fazendo uma careta arrancando risadas minha e dos meninos. — Gostou? — Apertou meu braço com força. — Desceu queimando minha garganta! — Ela respondeu-me balançando seus braços rapidamente, fechando seus olhos com força aumentando os nossos risos. — Com o tempo você se acostuma. — Exclamei segurando a sua mão que estava em meu braço, observando suas caretas. — Eu amo essa música. Vamos dançar? — Beckham disse para mim e os meninos, desviando seu olhar para a pista. — Irei depois. —  Exclamei e ele concordaram indo para a pista de dança, deixando-me sozinho com ela. — Incrível sua capacidade de fazer amizade em poucas semanas. — Lincy disse me olhando em seguida pegando o copo de whisky tomando. Tentei impedir, mas foi tarde demais. Realizou novas caretas. — Vai dizer que você, não é assim? — Exclamei e ela apenas abaixou a cabeça. — Melhor maneirar nas bebidas, já que você não é acostumada. — Ela olhou para mim, mas acabou ignorando a minha fala. — Moço eu quero um coquetel, sirva-me com o melhor que tem aqui. — Ela disse ao barman, arregalei os olhos assim que ele sorriu concordando. — Irei aproveitar hoje! — Você pode aproveitar sem estar bêbada! — Resmunguei pegando em seu braço, enquanto ela guiava sua mão para o meu queixo piscando para mim. Estava começando a entrar em desespero, o que os pais dela iam pensar. Eu sai com a filha deles sóbria, que nunca bebeu, e ela volta sem ao menos se lembrar do nome. Em questão de minutos, o barman colocou um s*x on the Beach na frente da Lincy. Arqueei minha sobrancelha para ele, segurando-me para não causar nenhuma briga, afinal aquela era uma bebida extremamente forte para um iniciante. — Não bebe isso! — Impedi-a de dar um gole na bebida, mas ela mostrou língua para mim, dando um gole na bebida. — Isso é muito bom! — Ela disse, fazendo-me suspirar só de imaginar ela bêbada e do pai dela brigando comigo. Passei as mãos em meus olhos inspirando fundo enquanto a observava de lado. Logo percebi que não adiantaria muito eu impedir ela de beber, então apenas continuei ao seu lado, olhando fixamente para ela bebendo a bebida sorrindo largamente. Sem que eu percebesse um sorriso brotou em meus lábios. — Quero dançar! — Lincy disse de uma vez, após terminar de beber tudo. Segurou a minha mão, dando menção que ia para a pista de dança. — Não gosto de dançar, pode ir! — Exclamei e ela concordou, caminhando em direção a pista de dança, entrando no meio dos alunos sumindo da minha visão. — É, ela já ficou bêbada e eu estarei morto amanhã. — Você tem sorte, sua namorada é linda! — Um menino do meu lado disse batendo em minhas costas, sorrindo maliciosamente. — Namorada não, noiva. E ainda bem que ela é apenas minha! — Murmurei em um tom seco me levantando, caminhando entre os alunos à procurada dela. Chegando próximo dela percebi vários meninos rondando-a e a burra nem estava percebendo-os em volta dela. Soltei uma risada, não tinha nem se passado um minuto e ela já estava cheio de meninos ao seu redor. Aproximei-me dela, segurando em seu braço fazendo-a me encarar e soltar uma risada baixa. — Vamos embora... — Gritei por conta da música naquele lugar e ela negou rapidamente. — Tem vários meninos te rondando, parece lobos famintos. — Olhei ao redor com um certo nojo. — Eu sei! — Ela retribuiu o grito continuando dançando de acordo com a música.  — O que eu fiz para merecer isso mesmo? — Resmunguei para mim mesmo, soltando um longo suspiro e afastando-me dela.  Encorei em um canto que dava para ver ela dançando, quem se aproximava dela e o que ela estava aprontando na pista. — Cadê sua noiva? — Jackson apareceu do meu lado gritando, apenas apontei para onde ela estava. — Tá vigiando-a? — Um sorriso surgiu em seus lábios. — Não, só estou aqui para ver se ela não vai fazer nenhuma besteira, já que está bêbada. — Respondi em um tom alto escutando-o rir da minha resposta. — Claro Jaesper. Enfim, boa sorte. — Ele disse gritando dando tapas em meu ombro saindo em seguida. Cada homem que se aproximava dela, ela os empurrava. Até que apareceu um totalmente resistente e eu apenas observei. Assim que ela o recusou pela terceira vez, brutalmente, ele segurou o seu braço. Caminhei em sua direção, pegando no ombro do menino, empurrando-o para longe dela. — Fique longe dela! — Exclamei seriamente, vendo um dos seus amigos o puxarem para longe de mim. — Vamos embora... AGORA!  — Gritei vendo-a negar em resposta novamente. — V-Va... V-Vamos dançar! — Ela disse com a voz embriagada, fazendo-me engolir o seco imaginando o amanhã. Sem me dar tempo para resmungar ou puxá-la para longe do salão, ela passou suas mãos em minha nuca começando a dançar. Lutei contra o meu interior para não me entregar tão facilmente aos seus movimentos ou para ela. Xinguei-me mentalmente por ser tão fraco. Coloquei minhas mãos em seu quadril começando a mexer meu quadril de acordo com o seu. Ela estava extremamente sensual mexendo seu quadril daquela maneira, mas eu não iria colocar ela na minha lista de meninas que já peguei em festas. Durante a nossa dança eu estava recebendo vários olhares ameaçadores dos meninos que havia levado fora dela, mas eu estava pouco me importando com aqui, apenas continuei dançando com ela.     — Eu n-não qu-uero ir emb-bora! — Lincy resmungou enquanto colocava o cinto de segurança nela. Por sorte Mark tinha vindo de carro. Pedi ele para ficar com o carro dele até amanhã para levar a Lincy para a casa pois se eu fosse de moto, com certeza, iriamos sofrer um acidente. — Para de resmungar. — Exclamei finalmente colocando o cinto nela. Dei a volta entrando no banco do motorista colocando o cinto em mim. Liguei o carro, colocando-o em movimento. Optei por não a levar para a casa dela com ela nessas condições, então segui o caminho para a minha casa, pois provavelmente meus pais estariam na empresa. Eu estava orando para que eles realmente não estivessem em casa. — S-Sabia que você é bem bonito... — Ela disse me olhando fixamente, soltando uma risada, fechando e abrindo os olhos lentamente. — Eu te pegaria de todas as maneiras, se eu... — Colocou a mão na boca, rindo em seguida. — Apenas fica calada se não vai acabar passando m*l. — Continuei atento no trânsito que estava pouco movimentado. — E-Eu sempre soube que você era o meu noivo... — Ela continuou falando, ignorando o meu aviso. — S-Suspeitava na verdade... M-Mas eu não me importo de me casar com você, pois você é bem gostoso! — Corei violentamente com a sua exclamação. — M-Mas você é bem galinha, pega todas as meninas da escola... P-Porém até hoje não me pegou, estou triste! — Cala a boca menina! — Olhei para ela, encontrando o seu olhar fixamente em mim.  Lincy colocou a mão na boca arregalando seus olhos, tentando abrir a porta do carro. Entendi rapidamente do que se tratava, encostando o carro em um canto, destravando a porta. Ela saiu rapidamente e em seguida ouvi o barulho dela vomitando. Passei as mãos em meus cabelos e sai do carro, aproximando-me dela e segurando seus cabelos enquanto ela vomitava. Assim que ela parou, segurei a sua cintura ao vê-la cambalear para o lado. — Eu te disse para parar de falar se não iria passar m*l! — Exclamei docemente colocando-a delicadamente no carro, passando seu cinto de segurança.  — E também A-Aesper... — Olhou em meus olhos. — Por mais que você tenha me conhecido hoje, você está me tratando tão bem... Como se me conhecesse a meses e possuísse sentimentos por mim! — Ela fechou seus olhos e eu cheguei à conclusão que ela havia desmaiado. m*l ela sabe que me deixou sem ação. Passei minhas mãos no cabelo e adentrei o carro novamente, continuando o caminho para minha casa.  Parei o carro em frente da minha casa finalmente. Sai do carro tocando a campainha, voltando para pegar a Lincy que ainda estava desmaiada no banco. — O que foi Asper? — Meu irmão indagou ao abrir a porta e me ver próximo do carro. Peguei-a no colo adentrando a casa, subindo as escadas com cuidado indo em direção ao meu quarto colocando-a na minha cama. — Quem é ela? — Apareceu na porta do meu quarto encarando a Lincy. — Já fechei a porta do carro, tirei a chave e ativei o alarme dele! — Sorri em agradecimento. — Nossa empregada ainda está aqui? — Indaguei e meu irmão concordou. — Chama ela por favor. — Saiu da porta do meu quarto em passos rápidos. — Ca-alor... — Lincy disse ainda de olhos fechados, remexendo-se na cama abrindo o zíper lateral do seu vestido. — MEU DEUS! — Exclamei rapidamente indo até ela impedindo-a de terminar de descer o zíper. — Menina doida! — Me chamou Sr. Jaesper?! — Nossa empregada apareceu no quarto. Olhou para mim e em seguida encarou a Lincy em minha cama. — Sim, poderia me fazer um favor? — Indaguei e ela concordou voltando a me encarar. — Poderia trocar ela? — Encarei ela que estava me olhando sem entender nada. — Esse vestido deve ser desconfortável e ela já estava quase tirando ele. — Apontei para o zíper. — Por favor! — Claro. — Ela disse indo em direção a Lincy. Fui ao meu Closet pegando uma blusa cinza entregando para a nossa emprega, saindo do quarto em seguida fechando a porta, esperando-a terminar. — Pronto Sr. Jaesper! — Nossa empregada disse assim que saiu do quarto, após alguns minutos. — Aproveitei e tirei a maquiagem dela. — Muito obrigado! — Agradeci sorrindo de lado entrando no quarto novamente quando ela se afastou. Lincy estava deitada com a coberta pelo o seu corpo. Ela dormia feito um anjo, seus cabelos estavam espalhados pelo travesseiro e sua boca semiaberta puxando o ar lentamente. Peguei uma peça de roupa, saindo do quarto e indo para o banheiro do quarto de hóspedes. Após terminar meu banho, escovei os dentes, vestindo minhas roupas que eu havia pegado. Desci as escadas vendo meu irmão deitado no sofá assistindo um filme de ação. — Ela é minha noiva! — Expliquei sentando-me ao seu lado, olhando para a televisão. — Aquela que meu pai falou que havia arrumando para você? — Janísio indagou com o olhar fixo na televisão. Concordei, pois sabia que ele me olhava de soslaio. — Porque ela está aqui? — Indagou novamente e eu sorri brevemente, vendo-o me olhar. — Ela bebeu demais. — Gargalhei ao lembrar da cena dela bebendo whisky e do seu sorriso ao beber o s*x on the Beach. — Vou dormir e vê se não dorme muito tarde, afinal você tem aula amanhã! - Dei um tapa na cabeça do meu irmão. — Tá bom Aesper! — Ele disse olhando para mim sorrindo. Retribui o sorriso, pois sabia que ele iria dormir quase no horário do despertador. Subi as escadas e passei no meu quarto para ver se estava tudo bem, em seguida fui para o quarto de hóspedes. Deitei-me na cama passando a coberta em meu corpo encarando o teto do quarto. Era mais ou menos duas da manhã, e eu iria acordar as quatro horas. Soltei um suspiro, fechando meus olhos. Após alguns minutos pensando, pensando, pensando eu finalmente consegui dormir.  
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