Acerto de contas

1115 Words
Era dia, ela soube pela luz no quarto, mas não conseguiu se levantar, o corpo doía, e a sede era grande. Quando abriu os olhos, viu Júlio César sentado, fechou os olhos novamente, não queria olhar para ele, não depois do que ele havia feito. _ Sei que está acordada. Está com fome? _ Quero a sua mãe. _ Não é minha mãe, é a ex mulher do meu pai. Está na casa dela. Cleópatra se sentiu desprotegida. _ Venha tomar um banho e depois comer alguma coisa _ Por favor! Ainda dói. Não de novo. _ Não vou tocar em você, não sabia que tinha machucado daquela maneira. Ele puxou a coberta, ela ainda tentou se proteger, mas ele foi rápido. Sentiu os olhos dele em seu corpo _ Não tinha a intenção de ser fiel a você, mas acho que nem mesmo consigo tocar outra mulher, você é deslumbrante. Ela obrigou o corpo a levantar, correu para o banheiro, ligou o chuveiro, ele entrou debaixo com roupa e tudo, vestido com o terno da última reunião. _ O que quer para me deixar ter você? _ Não quero nada, me solte. Ele passou a mão entre as pernas dela, e percebeu os pequenos pontos. _ Eu não queria ferir você, não assim. _ Você é um bárbaro _ Seu pai disse que era uma vag@b***a, eu só te tratei como uma, porque ele mentiu. Nesse momento a madrasta dele entrou _ O que pensa que está fazendo? Cleópatra implorou por ajuda. _ JC, saia daí. Ele se voltou para a madrasta. _ A sua sorte é que eu a respeito, não pode entrar no meu quarto. _ Vim ver como ela está, saia. Ele saiu, xingando. Cleópatra se encolheu no chão. Foi ajudada por Elizabeth, a madrasta do marido tinha o mesmo nome da mãe dela. _ Precisa pegar sol, menina. _ Posso ir para a casa da senhora? _ Não pode. Eu tenho limites que não posso ultrapassar , mas estou aqui diariamente, a minha casa fica logo depois do jardim. Cleópatra se vestiu com a ajuda dela, sentia como se tivesse levado uma surr@, o s£io tinha um pequeno curativo. Ele realmente tinha a machucado, e ainda queria que ela o recebesse mais uma vez. Desceu para tomar café, o marido não estava e deu graças a deus por isso. Ela se recuperou bem, pelo menos fisicamente, mas tinha tomado p@vor de Júlio César. E ficou feliz, pois ele sumiu por uma semana, era como se tivesse duas vidas. Ela estava pela casa de camisola, havia encontrado alguns livros e juntado para ler. Quando escutou os passos dele, correu para se vestir, mas Júlio César parou na frente dela. _ Já está boa se pode correr. Passei esses dias louco para ter você Ela passou debaixo do braço dele e correu , não se importou que estivesse de camisola e os seguranças lá fora a vissem, só não queria ficar sozinha com ele, sentia vontade de pegar uma faca e cortar o pescoço dele pelo que ele fez. Se escondeu atrás de Elizabeth, logo JC chegou, o terno desalinhado. _ Vocês estão parecendo dois malucos correndo pela propriedade. _ Venha comigo _ Não. _ Deixe a menina em paz _ Se continuar se metendo a mando embora daqui. Cuide da porr@ da sua vida, Elizabeth, a mulher é minha _ Quantas vezes se colocou entre eu e o seu pai? _ Ele bati@ em você antes de a levar para cama. Não vou b@ter nela. Elizabeth fechou os os olhos _ Acha que está fazendo melhor a estupr@ndo? _ Não a estupr£i, era nossa noite de núpcias. Ela nem mesmo disse não. _ Disse sim, você não parou. Ele não tinha escutado o não. _ Vamos conversar em casa. _ Eu não quero. _ A mando embora se não vier. Elizabeth sabia que não era um blefe, o enteado não amava ninguém. Não tinha outro lar, não um lar seguro como o que tinha com a proteç@o de JC. Deu um passo para o lado. Júlio César arrastou Cleópatra pelo braço, um segurança tentou intervir _ Quer morrer? a mulher é minha. O homem se afastou. Ela tinha se fingido de ingênua por muito tempo, o pai achava que ela não sabia nem mesmo ler, mas agora isso não resolvia. Foi jogada no sofá. Júlio César começou a se despir, ela correu para o quarto. Mas não conseguiu fechar a porta antes que ele entrasse. _ Não vai tocar em mim _ Eu procurei por prostitut@s, mas nem mesmo consegui ficar er£to por elas, bastou eu chegar em casa e sentir o seu cheiro. O que fez comigo? _ Você me forçou e me machucou. Ele ficou nu, ela não queria Se lembrou da arma na gaveta, pegou uma _ Nem mesmo sabe atirar, nem foi a escola _ Isso que o idot@ do meu pai disse? Eu aprendi ler sozinha, inclusive mais de uma língua Ela engatilhou o revólver _ E convenci um segurança a me ensinar a atirar por um relógio que roubei de um convidado do meu pai. _ Está blefando. Ele atirou no lustre. _ O próximo será em você. Não vou ser viol@da de novo. Mas ela não sabia que só tinha uma bala no revólver, quando engatilhou novamente, ganhou uma risada dele. _ Precisa ter sua própria arma, assim vai saber o que tem nela. Ela deixou cair a arma, fechou os olhos, entrou em desespero quando ele a abraçou _ Só quero levar você para cama. Não vou lhe machucar. _ Já fez. Ainda dói _ Achei que era um poço de delicadeza _ Fui obrigada a fingir ser. Ele a empurrou para cama _ Se me obrigar vou arrumar uma maneira de matá-lo _ Dou o que você quiser. Se me deixar ter você _ Quero uma arma Ela era mais inteligente do que pensava. _ Não vou machucar dessa vez. _ Eu não quero. Ele se levantou, não a viol@ria, não porque tivesse medo dela cumprir a promessa, mas não queria forçado, seria mais gostoso se ela quisesse. Vestiu uma cueca e uma calça. _ Vou sair. Você quer ir comigo? Ela pensou está ouvindo errado _ Está falando sério? _ Estou, mas vamos em um carro mais simples. Prenda os cabelos e coloque um óculos escuro. _ Onde vamos? _ Em uma espécie de rave. Já esteve em uma? _ Não. Ela correu para se vestir _ Coloque short e blusa, em um calçado confortável. Ela saiu eufórica, ela nunca tinha ido em uma festa assim. _ Quero beijar você lá, essa a condição _ Só beijar? _ Só. Ela concordou
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