Era dia, ela soube pela luz no quarto, mas não conseguiu se levantar, o corpo doía, e a sede era grande.
Quando abriu os olhos, viu Júlio César sentado, fechou os olhos novamente, não queria olhar para ele, não depois do que ele havia feito.
_ Sei que está acordada. Está com fome?
_ Quero a sua mãe.
_ Não é minha mãe, é a ex mulher do meu pai. Está na casa dela.
Cleópatra se sentiu desprotegida.
_ Venha tomar um banho e depois comer alguma coisa
_ Por favor! Ainda dói. Não de novo.
_ Não vou tocar em você, não sabia que tinha machucado daquela maneira.
Ele puxou a coberta, ela ainda tentou se proteger, mas ele foi rápido.
Sentiu os olhos dele em seu corpo
_ Não tinha a intenção de ser fiel a você, mas acho que nem mesmo consigo tocar outra mulher, você é deslumbrante.
Ela obrigou o corpo a levantar, correu para o banheiro, ligou o chuveiro, ele entrou debaixo com roupa e tudo, vestido com o terno da última reunião.
_ O que quer para me deixar ter você?
_ Não quero nada, me solte.
Ele passou a mão entre as pernas dela, e percebeu os pequenos pontos.
_ Eu não queria ferir você, não assim.
_ Você é um bárbaro
_ Seu pai disse que era uma vag@b***a, eu só te tratei como uma, porque ele mentiu.
Nesse momento a madrasta dele entrou
_ O que pensa que está fazendo?
Cleópatra implorou por ajuda.
_ JC, saia daí.
Ele se voltou para a madrasta.
_ A sua sorte é que eu a respeito, não pode entrar no meu quarto.
_ Vim ver como ela está, saia.
Ele saiu, xingando.
Cleópatra se encolheu no chão.
Foi ajudada por Elizabeth, a madrasta do marido tinha o mesmo nome da mãe dela.
_ Precisa pegar sol, menina.
_ Posso ir para a casa da senhora?
_ Não pode. Eu tenho limites que não posso ultrapassar , mas estou aqui diariamente, a minha casa fica logo depois do jardim.
Cleópatra se vestiu com a ajuda dela, sentia como se tivesse levado uma surr@, o s£io tinha um pequeno curativo.
Ele realmente tinha a machucado, e ainda queria que ela o recebesse mais uma vez.
Desceu para tomar café, o marido não estava e deu graças a deus por isso.
Ela se recuperou bem, pelo menos fisicamente, mas tinha tomado p@vor de Júlio César.
E ficou feliz, pois ele sumiu por uma semana, era como se tivesse duas vidas.
Ela estava pela casa de camisola, havia encontrado alguns livros e juntado para ler.
Quando escutou os passos dele, correu para se vestir, mas Júlio César parou na frente dela.
_ Já está boa se pode correr. Passei esses dias louco para ter você
Ela passou debaixo do braço dele e correu , não se importou que estivesse de camisola e os seguranças lá fora a vissem, só não queria ficar sozinha com ele, sentia vontade de pegar uma faca e cortar o pescoço dele pelo que ele fez.
Se escondeu atrás de Elizabeth, logo JC chegou, o terno desalinhado.
_ Vocês estão parecendo dois malucos correndo pela propriedade.
_ Venha comigo
_ Não.
_ Deixe a menina em paz
_ Se continuar se metendo a mando embora daqui. Cuide da porr@ da sua vida, Elizabeth, a mulher é minha
_ Quantas vezes se colocou entre eu e o seu pai?
_ Ele bati@ em você antes de a levar para cama. Não vou b@ter nela.
Elizabeth fechou os os olhos
_ Acha que está fazendo melhor a estupr@ndo?
_ Não a estupr£i, era nossa noite de núpcias. Ela nem mesmo disse não.
_ Disse sim, você não parou.
Ele não tinha escutado o não.
_ Vamos conversar em casa.
_ Eu não quero.
_ A mando embora se não vier.
Elizabeth sabia que não era um blefe, o enteado não amava ninguém. Não tinha outro lar, não um lar seguro como o que tinha com a proteç@o de JC.
Deu um passo para o lado.
Júlio César arrastou Cleópatra pelo braço, um segurança tentou intervir
_ Quer morrer? a mulher é minha.
O homem se afastou.
Ela tinha se fingido de ingênua por muito tempo, o pai achava que ela não sabia nem mesmo ler, mas agora isso não resolvia.
Foi jogada no sofá.
Júlio César começou a se despir, ela correu para o quarto.
Mas não conseguiu fechar a porta antes que ele entrasse.
_ Não vai tocar em mim
_ Eu procurei por prostitut@s, mas nem mesmo consegui ficar er£to por elas, bastou eu chegar em casa e sentir o seu cheiro. O que fez comigo?
_ Você me forçou e me machucou.
Ele ficou nu, ela não queria
Se lembrou da arma na gaveta, pegou uma
_ Nem mesmo sabe atirar, nem foi a escola
_ Isso que o idot@ do meu pai disse? Eu aprendi ler sozinha, inclusive mais de uma língua
Ela engatilhou o revólver
_ E convenci um segurança a me ensinar a atirar por um relógio que roubei de um convidado do meu pai.
_ Está blefando.
Ele atirou no lustre.
_ O próximo será em você. Não vou ser viol@da de novo.
Mas ela não sabia que só tinha uma bala no revólver, quando engatilhou novamente, ganhou uma risada dele.
_ Precisa ter sua própria arma, assim vai saber o que tem nela.
Ela deixou cair a arma, fechou os olhos, entrou em desespero quando ele a abraçou
_ Só quero levar você para cama. Não vou lhe machucar.
_ Já fez. Ainda dói
_ Achei que era um poço de delicadeza
_ Fui obrigada a fingir ser.
Ele a empurrou para cama
_ Se me obrigar vou arrumar uma maneira de matá-lo
_ Dou o que você quiser. Se me deixar ter você
_ Quero uma arma
Ela era mais inteligente do que pensava.
_ Não vou machucar dessa vez.
_ Eu não quero.
Ele se levantou, não a viol@ria, não porque tivesse medo dela cumprir a promessa, mas não queria forçado, seria mais gostoso se ela quisesse.
Vestiu uma cueca e uma calça.
_ Vou sair. Você quer ir comigo?
Ela pensou está ouvindo errado
_ Está falando sério?
_ Estou, mas vamos em um carro mais simples. Prenda os cabelos e coloque um óculos escuro.
_ Onde vamos?
_ Em uma espécie de rave. Já esteve em uma?
_ Não.
Ela correu para se vestir
_ Coloque short e blusa, em um calçado confortável.
Ela saiu eufórica, ela nunca tinha ido em uma festa assim.
_ Quero beijar você lá, essa a condição
_ Só beijar?
_ Só.
Ela concordou