Tinha sido um casamento bonito, na igreja e com tudo que uma noiva feliz tinha direito, mas ela não estava feliz.
Estava triste, melancólica e por mais que fingisse que não, com medo do marido, ele tinha tatuagens, era grande, e não deu um sorriso para ela.
Quando foi trocar o vestido ela aproveitou para chorar, chorou pelo abandono da mãe, o desprezo do pai e também por ter que deixar Rosário,para viver com um completo estranho, que nem sequer disfarçava que não gostava dela.
Vestia um conjunto branco quando a porta se abriu, Júlio César passou pela porta. Tinham trocado os votos e mais nenhuma palavra
_ É uma dessas mulheres que chora o tempo inteiro?
_ Não sou. Eu só estou triste.
Ele não se importou com a confissão dela.
_ Precisamos ir. Passamos a noite no hotel e amanhã vamos para casa. Você precisa encontrar uma empregada. Não tenho uma
_ Posso levar uma daqui?
Ele deu de ombros, não se importava quem fosse, desde que a casa tivesse limpa.
Ela levaria Rosário. Pelo menos teria uma amiga na nova casa.
As malas estavam no carro dele. Os convidados já tinham quase todos ido embora.
_ Só vou me despedir e encontro com você lá embaixo
Ele saiu. Ele tinha o caminhar de alguém livre, mas ao mesmo tempo de alguém que temia ser apunhalado pelas costas.
Ela não sentiria falta da casa ou do pai
Getúlio não a amava, ela até tentou amá-lo, mas não conseguiu, agora menos ainda.
O marido conversava com o pai, e Getúlio sorria, Cleópatra sentiu um calafrio na espinha, assim como quando o pai se preparava para b@ter nela.
Ganhou um olhar de gelar o sangue do marido antes pegarem estrada, pela manhã alguém buscaria Rosário e as coisas dela.
Ele não foi para o hotel, havia mudado de ideia e Cleo resolveu não perguntar o motivo.
Assim que entraram pelos portões ela observou a casa, era grande, bonita e espaçosa.
Mas lá dentro não havia uma decoração bacana, poucos móveis e nenhuma cortina, a casa do pai era pequena, mas tinha um enorme jardim, onde aconteceu o casamento e Rosário e ela mantinha tudo decorado e com cortinas, pelo menos a casa tinha que ser alegre.
Júlio César sumiu para o escritório, um homem ainda mais estranho levou as malas para o quarto, já era mais de meia noite, e Cleópatra entrou no quarto, ao menos era confortável
Tomou um banho e se deitou
O cansaço a dominava quando ele entrou só de bermuda.
Ele sentou na poltrona.
_ Venha até aqui, não consumamos nosso casamento, e isso acontece agora
_ Eu não quero
_ Não paguei uma pequena fortuna para o seu pai para que você dissesse não.
Cleópatra continuou deitada
_ Se eu for até aí, será pior, pode ter certeza
Ela se obrigou a levantar, o seu corpo doía pelo estresse da última semana e o tempo em pé durante o casamento e a recepção.
Ela se levantou e ficou na frente dele.
_Tire a camisola.
_ Não assim
_ Tire a porr@ da camisola, não estou brincado de f@zer @mor.
Ela fechou os olhos, seguraria as lágrimas, não daria esse prazer a ele.
Ela tirou a peça branca e jogou na cama
_Tire o resto
Ela empurrou a calcinha
Mas não teve coragem de olhar para ele
_ Vale cada centavo que eu paguei, nem as mais bonitas prostitut@s tem um corpo bonito desse jeito
Ela abriu o olhos chocada
No fim tinha se transformado em uma prostitut@, a diferença era que tinha um único cliente e não podia desistir da profissão, era vitalícia.
_ Coloque os joelhos ao lado das minhas pernas e sente-se, forte, é a maneira que eu gosto.
_ Não
Ele abriu uma gaveta, puxou um cigarro e acendeu
Ela viu duas arm@s de fogo lá dentro
_ Quer me eu me levante? Vai se arrepender
Ela não tinha escolha, não mesmo.
Fez o que ele pediu, Júlio César passou o cigarro próximo da pele,
_ Eu devia marcar essa pele imaculada, pela mentira.
Mentira
Nem tinham conversado, como ela poderia ter mentido?
Ele segurou a base.
_ Desça, forte
Ela fechou os olhos,pois aquilo ia doer.
Ela se encaixou, respirou fundo, a resolução de não chorar foi embora
Júlio César a abaixou , Cleópatra gritou sobre ele
Ela acabou procurando abrigo nos braços de quem era o seu algoz.
Ele abriu os braços para recebê-la quando percebeu o que tinha feito, a menina era mesmo virg£m.
Ela o apertava, e ficou pálida em cima dele, mas era uma mulher, ele ficou ainda mais excit@do, pois era de fato o primeiro.
_ Rebole, se rebol@r acaba rápido e deixo você se levantar
Mas ela não conseguia, se sentia partida ao meio
Ela continuou quieta, e ele fumou o cigarro com ela em volta dele. Completamente relaxado, com as pernas longas a acomodando, mas a dor não sumia.
Cleópatra perdeu a noção do tempo, pareceu uma eternidade. Júlio César não sentia compaixão de ninguém, mas se manteve quieto para não a machucar mais, e usou o cigarro para se acalmar.
Ela tinha medo de mexer e a dor piorar, mas quando ele terminou o cigarro, as mãos masculinas a levantaram e a fizeram descer novamente, repetiu isso algumas vezes, e para completar a dor, ele ainda mordeu o s£io dela.
Ele se encostou no sofá, ela sentia dolorida e molhada.
_ Era virg£m, seu pai disse que era vagabund@ quando se despediu de mim, e que eu havia sido enganado. Se eu soubesse a verdade, teria sido um pouco mais delicado, mas talvez não resolvesse muita coisa.
O pai tinha feito de propósito.
_ Levante-se ou passo a noite com£ndo você.
Ela tentou, mas caiu de volta, tudo doía.
As lágrimas rolaram ainda mais
_ Eu não consigo, cada parte do meu corpo dói
_Quer tomar um banho?
Ela balançou a cabeça que sim
_ Enrole as pernas em minha cintura, eu levo você
Ele ainda estava dentro dela.
Caminharam até o banheiro, ele notou o m£mbro dele crescer em seu interior. Foi encostada na parede.
_ Doi
_ Eu sei, mas estou exict@do e é a nossa noite de núpcias. Chorar não me faz amolecer.
Ele começou a se movimentar dentro dela
Ela não gritou, porque não tinha forças, mas usou as unha nas costas dele na tentativa de fazê-lo parar, mas isso o deixou ainda mais fora de controle
Ele escorregou mão, ela tremeu quando ele pressionou o dedo entre a nadeg@s dela,
_ Não
_Quieta. Ou enfio o p@u, estou sendo paciente e cuidadoso
Ela ficou horrorizada com a informação.
Soluçou quando ele terminou, ele a soltou, e saiu do box. Ela não conseguiu segurar o corpo, caiu entre a água quente e o chão gelado.
Ele se deitou.
Só depois percebeu que ela demorava muito.
A encontrou ainda caída.
Era muito sangue.
A deitou na cama. Caminhou até a casa no mesmo lote.
A madrasta morava lá, ela se recusou a ir no casamento dele, pois não concordava com os seus atos.
_ Pode dar uma olhada nela?
_ O que você fez?
_ peguei o que era meu.
_ A estuproou?
_ Não. Fui firme.
Elizabeth correu para a casa. Bateu a porta do quarto na cara do enteado.
Alguns minutos depois saiu de lá dentro, bateu no rosto do Júlio César.
_ Que tipo de bárbaro é? A menina precisa de um médico.
_ Nem mesmo fui grosseiro. Ela não me mandou parar.
Ou talvez tivesse mandado e ele estivesse muito excit@do para escutar.
_ Tem certeza que ela está machucada?
_ Ela precisa de pontos.
Não tinha tido a intenção de a deixar ferida daquela maneira.
Fez algumas ligações e arrumou um médico.
O homem pediu para que ele ficasse lá fora, mas deixou Elizabet entrar, viu a madrasta chorar, era a primeira que a via tão magoada com ele.
Cleópatra levou quatro pontos, tinha febre e acordou assustada, se agarrou a madrasta de Júlio César assim que acordou.
E ele foi expulso do seu próprio quarto.