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Perfect Boy

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Blurb

Abandonada pela mãe assim que nasceu, criada e educada pelo o seu pai. Sua vida se baseou-se em olhares de desprezo e inferioridade por conta desse fator, mas isso nunca impediu-a de se esforçar em sua vida social, estudantil e profissional.

Joy Yejuny, uma garota um tanto indiferente das demais, tem uma imensa paixão em desenhar, mas não qualquer coisa que ela desenha, tem algo em específico, um menino, fruto de sua imaginação, apelidado por ela mesmo de Thyu Thaeler com todos os aspectos positivos que ela sempre desejou em um homem. Sua vida não é e nunca foi as mil maravilhas, é chata, entediante e depressiva, todo dia a mesma rotina que ela tanto odiava, mas tudo mudou completamente quando uma pessoa inesperada apareceu em sua vida, marcando-a e mudando-a de uma maneira inimaginável de uma maneira feliz e triste.

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Capítulo 01
— E aqui está a garota mais famosa do campus, Joy Yejuny, novamente isolada desenhando... — Uma voz familiar soou bastante próxima de mim, assustando-me. — E lá vem novamente minha melhor amiga atrapalhar a minha paz! — Exclamei sem desviar os olhos do caderno em minhas mãos.  — Eu vi um menino resmungando que levou um fora de você pela segunda vez em um dia. — Ela disse e eu encarei-a com a sobrancelha arqueada. — Devia dar uma chance para esses meninos! — Não quero perder meu tempo com eles, e você sabe que eles só querem dormir comigo! — Resmunguei enquanto ela se sentava ao meu lado. — E você só quer saber de desenhar um menino que nem existe. — Ela disse pegando o caderno de minhas mãos. — O que você faria se ele existisse mesmo? — Transaria com ele muito. Começaria de manhã e terminaria anoite! — Respondi-a vendo-a arregalar os olhos fazendo-me rir. — Você é virgem, mas é safada demais, credo! — Ela disse entregando-me novamente o caderno. — Nem sei o que é isso... — Dei os ombros como resposta, guardando o caderno em minha mochila. — Yejuny, devia parar desenhar esse garoto fictício e se concentrar nos que existem! — Ela disse e eu revirei os olhos com seu comentário. — Vamos analisar, você é a garota mais popular do campus de enfermagem, é bonita, é boa em tudo que faz, vive andando por aí toda gostosa em seus saltos altos, tira notas maravilhosas, tem a maior parte dos meninos aos seus pés. Deus te abençoou com tudo isso e você nem está aproveitando! — Eu o desenho por que é muito bonito em comparação aos que existem ao meu redor e eu posso imaginar ele usando magia, sendo bad boy, rico romântico, um CEO de uma empresa, um vampiro ou lobisomem! — Exclamei levantando-me e colocando a mochila em minhas costas. — Ando de salto por que gosto da sensação de ser alta, e sobre os outros elogios, você está exagerando, como sempre Moon Jiiny! — Querida, em questão de rico romântico, você tem o Kiem Jaesper do campus de direito aos seus pés! — Ela disse e eu inspirei fundo. — É só você estralar o dedo que ele está aqui. — Você não presta mesmo! — Soltei uma gargalhada. — A gente não marcou de se encontrar com as outras garotas na cafeteria para discutir sobre a tal maldita atividade? — Ela arregalou os olhos. — Depois continuamos com essa conversa... — Abraçou o meu braço e a gente saiu da parte de trás da faculdade. — Mudando de assunto, você escolheu o nome para esse garoto que você tanto desenha? — Tyun Thaeler! — Respondi-a sorrindo. — Combina com a beleza sobrenatural que ele tem em todos os meus desenhos. Confesso que esse assunto de ser a garota mais bonita e popular do campus não é muito divertido e chega até ser chato e insuportável. Como os garotos sempre viver ao meu lado, as garotas evitam ser minhas amigas, mas pensando bem, é melhor evitar pessoas invejosas ao meu redor. Minha única e melhor amiga é a Moon Jiiny. Ela vem de uma família onde todos são atores famosíssimos, mas para ir contra as ordens do seus pais, começou a fazer enfermagem comigo. Estamos no penúltimo ano. Sou filha única de um médico super talentoso. Após o meu nascimento, minha mãe nos abandonou, então meu pai cuidou de mim com muito amor, mesmo eu sendo cria da pessoa que brincou com seus sentimentos e sumiu sem deixar pistas. Muitos criticaram ele no início, mas agora, vendo a minha educação e dedicação, retiram tudo que disseram e respeitam profundamente meu pai por ter cuidado de mim mesmo passando por muitas dificuldades. Quando estava no meu ensino médio, comecei aprender a desenhar e meu primeiro foi o esboço do homem mais bonito que conseguia imaginar, foi daí que surgiu os desenhos do Kim Taehyung. Quando aprimorei minhas habilidades, pensei que iria parar desenhar ele, mas desde então desenho ele constantemente em meu caderno em formas variadas. Em meus sonhos imaginava-o com uma risada contagiante, divertido, cuidadoso, romântico, protetor, amigo além de namorado, mas com isso, tornei-me um tanto iludida imaginando que um dia apareceria alguém com esses aspectos e desde então estou solteira com esses pensamentos. Saímos da faculdade e pelo o fato de a cafeteria ser próximo da faculdade, optamos em ir andando mesmo. Ji In por ser bastante pontual, foi na frente enquanto andava tranquilamente tão pouco me importando com o fato de estar atrasada. — Olha por onde anda sua mendiga! — Escutei uma garota falando, fazendo com que meu olhar se desviasse da minha melhor amiga. Encontrei duas garotas olhando com nojo para uma senhora que elas haviam derrubado. Revirei os olhos com a atitude repugnante das garotas e fui em direção a senhora. — Se machucou? — Indaguei para a senhora que me olhou surpresa. — Elas por serem ricas pensam que podem pisar em todos que são inferiores a ela! — As pessoas são egoístas assim mesmo, querida! — Ela disse sorrindo enquanto eu me agachava-me em sua frente. Seu odor estava um tanto forte, mas eu não demonstrei para não a deixar desconfortável. — Se machucou? — Indaguei novamente sorrindo docilmente esticando minha mão para ajudá-la a se levantar. Ela encarou minha mão surpresa. — Onde você mora? Quer que eu te levo lá, estou de carro!  — Não se preocupe, minha querida! — Ela disse aceitando minha ajuda e levantando-se no chão. — Você é muito gentil! — Aprendi sempre sorrir e ajudar as pessoas ao meu redor, não sabemos o que elas estão passando! — Exclamei pegando minha carteira dentro de minha mochila. — Comeu algo? — Negou. — Se eu não tivesse que discutir um trabalho, levaria a senhora para comer, mas por conta disso, aceite isso e coma algo delicioso! — Coloquei dinheiro em sua mão. — Tenha que ir, uma boa tarde para a senhora! — Realizei uma reverência e afastei-me dele continuando meu caminho em direção a tal cafeteria. Adentrei a cafeteria e automaticamente todos os olhares vieram em minha direção. Sentei-me na mesa onde as meninas estavam e nós começamos a discutir sobre o trabalho enquanto elas me olhavam intensamente. — Se continuarem me olhando assim vou pensar que vocês se apaixonaram por mim! — Exclamei encarando-as com um sorriso de lado. — Essa atividade é para depois de amanhã, então foca nele em vez de mim. — Elas desviaram o olhar de mim e começamos realmente a trabalhar. Depois de uma hora mais ou menos optamos em ir embora, pois estava começando a escurecer mesmo elas indo para casa de carro. Inspirei fundo e concordei, não queria reclamar da preguiça ambulante delas. Esperei com a Jiiny o motorista dela chegar, quando chegou e ela adentrou, voltei para a faculdade. Adentrei a garagem enquanto procurava as chaves do meu carro dentro da mochila, encontrei-a com dificuldade. Desativei o alarme e adentrei o carro, colocando-o em movimento em direção ao meu trabalho. Trabalhava em uma lanchonete um pouco longe de casa e da faculdade, mas independente da distância, continuava firme, pois recebia uma quantidade razoável para que eu comprasse meus mimos. — Está atrasada! — A dona do estabelecimento disse assim que eu adentrei o local. Encarei o meu relógio de pulso vendo que só estava um minuto atrasada. — Melhor chegar atrasada um minuto do que nunca chegar... — Murmurei pra mim mesmo. — Só estou atrasada um minuto! — Vá se arrumar! — Ela disse e eu concordei realizando uma reverência em sua direção enquanto xingava-a mentalmente. — Velha perturbada! — Resmunguei enquanto colocava a blusa da lanchonete, um avental e prendi meus cabelos em um r**o de cavalo. — Nunca me mandou embora, pois atraio o gênero masculino. — Fui em direção a recepção arrumando as coisas que estavam em cima da bancada, e em questão de minutos, os fregueses masculinos começaram entrar um por um, paquerando-me enquanto eu tinha que sorri forçadamente pra não os tratar de maneira r**m. Quando eu sair desse emprego, sairei xingando todos que estiverem em minha frente.     Após o termino do meu expediente tortuoso, finalmente estava voltando pra casa depois de um dia completamente cansativo pra mim. Abri a janela do carro e deixei com que o vento acalmasse a agonia que crescia gradativamente em meu coração. Estacionei o carro em frente de casa, encontrando nenhuma luz acesa, mostrando para mim que meu pai não estava presente. Destranquei a porta principal e acendi a luz enquanto retirava meu salto alto e pegava meu celular no bolso de trás da calça para enviar a meu pai uma mensagem. Perguntei se era o dia do plantão dele e após aguardar uns minutos, veio a sua resposta concordando. Bloqueei a tela do celular e sentei-me no sofá inspirando fundo, apreciando o silêncio que a casa possuía. Antigamente, quando ele passava as noites fora, ficava com muito medo, não conseguia dormir e esperava-o acordada até a madrugada, mas com o passar dos anos, perdi esse medo e não estranho mais o fato de ficar sozinha em casa na maioria das vezes. Levantei-me e fui para a cozinha com a mochila em minhas mãos, peguei um pedaço de bolo e caminhei até meu quarto. Coloquei o bolo em cima da escrivaninha e procurei em minha mochila meu caderno de desenhos, mas não o encontrei. — Será que roubaram na cafeteria? — Indaguei para mim mesmo lembrando que havia colocando-o dentro da mochila. — Mas que... — Peguei meu notebook enquanto xingava alguns palavrões por ter perdido meu caderno. — Aposto que foi aquelas meninas querendo me provocar! — Peguei minha mesa digitalizadora e conectei no notebook, começando assim desenhar novamente. — Posso ter perdido também no trabalho! Sempre me disseram que tinha um enorme talento para desenhar, que em vez de fazer faculdade devia tentar me tornar uma desenhista de mangá ou outras animações, mas nunca dei importância para esses comentários e continuei a faculdade de enfermagem. Desenhar é só um passatempo que me faz esquecer do mundo e ter um pouco de felicidade. [...] Depois de uma hora em meu quarto desenhando, finalmente havia terminado o desenho que fiz aleatório do menino imaginário que criei, Tyun Thaeler. — Quem me dera se você fosse real... — Murmurei olhando para o desenho. — Você seria, sem sombras de dúvidas um pecado de homem, mas infelizmente não seria meu! Por que mesmo? Uma voz soou próxima de mim, fazendo-me levantar no mesmo instante completamente arrepia de medo. Olhei em volta, porém não encontrei ninguém. Corri em direção a porta do meu quarto e fui para a sala com o coração batendo rapidamente.  — A-Acho que vou esperar meu pai chegar... — Comecei a rir de puro desespero e medo com o que havia acabado de acontecer. — Esqueci meu celular. — Murmurei e voltei no quarto rapidamente. Quando peguei meu celular encontrei a tela da mesa digitalizadora completamente em branco, sendo que havia acabado de terminar o desenho. Não tinha o salvado e nem mexido em absolutamente nada na mesa, apenas sai do quarto quando ouvi a voz deixando tudo pra trás. — Pai nosso que estás no céu... — Comecei a orar enquanto saia do quarto com mais medo que antes. [...] No dia seguinte na faculdade, rapidamente fui ao encontro da Ji In para contar o que tinha acontecido comigo anoite quando estava sozinha. Além de ter ouvido aquela voz próxima do meu ouvido, o desenho ter sumido do nada da mesa digitalizadora, todos os desenhos que tinha do Thaeler espalhado pelo o quarto sumiram, apenas encontrei a folha em branco deles. Sem contar que anoite sonhei que ele estava se preparando pra mim, sendo que ele nem existia na vida real. — Yejuny... — Uma voz chamou-me fazendo com que eu parasse de andar e olhava para trás. — Bom dia! — Era o Jaesper. — Está linda, como sempre! — Olhei para minhas roupas. Usava uma saia preta com a frente curta e atrás longa, uma blusa rosa bebê de mangas longas justa e como o habitual um salto alto de cor preta.  — Desculpa, mas acho que errou de campus! — Exclamei sorrindo de lado evitando olhar em seus olhos. — Queria te ver antes. — Aproximou-se de mim e colocou os braços em meu ombro enquanto eu revirava os olhos e as meninas encarava-o encantadas. — Está livre anoite? — Não e tenha em mente que não serei nenhum troféu em sua estante! — Murmurei retirando os braços do meu ombro continuando o meu caminho. Possamos dizer que o famoso, rico e romântico, Kiem Jaesper, não possuía uma boa reputação. Ficou com a maioria das meninas da faculdade e insistia constantemente em tentar algo comigo, sempre falhava, mas nunca desistiu. Adentrei a sala e olhei em volta, encontrando a Jiiny mexendo em seu celular tranquilamente. — Você não vai acreditar no que aconteceu comigo... — Exclamei assim que me aproximei dela. — Lá vem fofoca. — Ela disse bloqueando a tela do celular e me olhando. — Me conta tudo! — Comecei a contar a experiência enquanto ela arregalava os olhos surpresa. — Tem certeza que isso não é macumba? — Se eu for para a igreja você vem comigo? — Indaguei e ela assentiu segurando as minhas mãos. — Se você não queimar quando entrar na igreja! — Respondeu-me e eu bufei soltando minhas mãos da dela. — Menti por acaso? — E você é muito santa né? — Retruquei e ela sorriu de uma maneira lerda. — Ontem, você viu meu caderno de desenhos? — Negou e eu inspirei fundo. — Ele sumiu de dentro da minha mochila! — Deve que caiu em algum lugar, depois vamos procurar! — Sugeriu e eu concordei enquanto o sino tocava por toda a faculdade e os professores adentravam suas salas. No decorrer das aulas, como sempre, foi extremamente chato e tedioso, mas tínhamos que prestar atenção se a gente não quisesse reprovar logo no último ano. Preparava minhas coisas para ir embora, inspirando fundo e um tanto alto por aquele ser um dia igual aos outros. Faculdade, trabalho um dia sim e um dia não, casa e estudar. Nunca mudava, sempre era assim e eu me perguntava quando alguma coisa de interessante iria acontecer comigo e mudar a minha rotina, trazer um pouco de felicidade em minha vida. — Queria odiar ela, mas vamos ser sinceras, ela é gostosa pra caramba! — Ouvi uma menina dizer enquanto eu arrumava minhas coisas para ir ao trabalho, após o termino das aulas. — Yejuny. — Um menino se aproximou de mim sorrindo. Encarei rapidamente a Jiiny e ela sorriu dando os ombros. — Gostaria de sair comigo hoje? — Desculpe, mas tenho compromissos com minha melhor amiga! — Apontei pra Jiiny, colocando-a no meio. — Sabia não? — Ji In se aproximou de mim encarando o menino. — Somos melhor amigas, mas na realidade, somos amantes! — Apertou meu peito fazendo o menino arregalar os olhos. — Amantes bem próximas! — Colocou a mão em minha b***a. — Ele fez uma reverência e saiu rapidamente enquanto eu ria. — Mais um menino traumatizado pra lista! — Exclamei e ela gargalhou maliciosamente. — Então amante, eu tenho trabalho, mas não esquece de me visitar anoite para que possamos ficar mais próximas! — Que convite tentador! — Ela disse e eu soltei uma risada colocando a mochila nas costas. — Se não der pra eu ir eu lhe aviso! — Assenti saindo da sala, indo em direção a faculdade. — Aceita uma carona? — Jaesper apareceu ao meu lado assim que desativei o alarme do meu carro. — Não sei se você é cego, mas estou de carro! — Ergui as chaves do meu carro e adentrei o banco do motorista, saindo da faculdade e dirigindo para o meu trabalho. Cheguei no trabalho e como de costume, minha chefa começou a pegar no meu pé por um minuto de atrasado, ignorei-a, fui me arrumar, arrumei as coisas nas vitrines e os clientes começaram a chegar. Atendi-os com a maior educação do mundo pelo fato da minha chefa estar ao meu lado, observando, completamente atoa. — Boa tarde... — Exclamei para o um menino de boné e máscara que se aproximou de mim.  — Quero um bolo de morango pra levar! — Ele disse e eu anoitei, falei o preço e ele me pagou, mas enquanto isso, alguns clientes irritantes ficavam me chamando. — Não se cansa disso não? — Não posso ser m*l-educada por conta da minha chefe! — Respondi-o agradecendo mentalmente por ela não estar ao meu lado. — Sem contar que preciso do dinheiro pra minha faculdade e cuidar do carro! — Coloquei o bolo no recipiente em seguida dentro de uma sacola de papel. — Obrigada por sua preferência, volte sempre! — Não se preocupe, um dia irei te tirar daqui... — O menino disse erguendo brevemente o boné, me lançando um olhar que fez com que minhas pernas bambeassem e eu prendesse minha respiração por alguns segundos. — Quem é esse garoto? — Murmurei pra mim tentando voltar ao meu estado natural. Quando cheguei em casa, após o trabalho, novamente estava sozinha em casa, e como antigamente, estava completamente aterrorizada, principalmente após o acontecimento da noite anterior. Fui em direção ao meu quarto, abri a porta dele e joguei minha mochila de qualquer jeito lá dentro tão pouco me importando se algo que tinha dentro pudesse se quebrar. Tais coisas não eram tão importantes quanto minha vida, sabe se lá, vai que um fantasma se apoderou do meu quarto e agora quer minha alma. Adentrei a cozinha procurando para eu comer, o que era raridade, pois pelo o fato de sempre estar ocupada trabalhando, estudando na faculdade e em casa, não tinha tempo suficiente para que eu cuidasse da minha saúde.  Diversas vezes fui para o hospital desacordada por fadiga e falta de alimentação adequada, mas nunca aprendi a lição e continuo fazendo a mesma coisa. Graças a Deus meu pai é médico, se não fosse, eu viveria dentro de um hospital. Optei por fazer uma salada de fruta. Sentei-me na mesa com o celular em uma das minhas mãos e na outra uma caneca com a salada fruta e uma leve comada de leite condensado. Bloqueei a tela do meu celular assim que não encontrei absolutamente de bom ou que prendesse a minha atenção, concentrando-me em comer a sala da fruta enquanto recordava da olhada que aquele menino misterioso me deu antes de sair da lanchonete. Era cativante, intenso, ousado com uma pitada de fofura e tranquilidade, nunca eu tinha visto um olhar daquele e eu desejava ver novamente. Escutei o barulho de algo caindo em meu quarto o que fez com que meu coração batesse mais rápido, pois eu estava sozinha em casa e não tinha para onde eu correr em busca de ajuda. — Eu vou ficar aqui, pois tem coisas que posso usar para me proteger... — Murmurei encarando o conjunto de facas que tinha em cima da pia. Acabou que eu fiquei na cozinha até a hora que meu pai chegou, completamente amedrontada, pois os barulhos não paravam em sua ausência. Quando ele foi olhar o que era, não tinha absolutamente nada que pudesse causar aquela barulheira, tudo, tudo mesmo estava em seu devido lugar. Resultado disso tudo, dormi no quarto do meu pai com medo do meu. [...] — O povo dessa escola te odeia tanto ao ponto de fazer uma macumba brava dessa?! — Jiiny disse assim que mencionei o motivo das minhas olheiras. — Recebo ódio gratuito e ainda com uma pitada de macumba... — Resmunguei fechando meus olhos por algum instante. — Mudando de assunto, você viu uma empresa que cresceu de ontem pra hoje? Não se compara as demais que temos, mas pra uma que começou do zero é um grande avanço! — Entregou-me seu celular aberto em uma reportagem. — Empresa de modelo KT? — Indaguei pra mim mesmo entregando o celular de volta pra ela, sem interesse algum em ler. — Por que não tenta entrar lá? Você está perfeitamente adequada aos padrões que a sociedade exige. — Ela disse e eu revirei os olhos ignorando seu comentário. — Jiinyn eu já te disse milhares de vezes, não tenho tempo pra isso. — Imitou a minha voz e eu encarei-a incrédula. — Perdeu o medo de morrer? — Arqueei minha sobrancelha, e bem na hora que ela ia responder o professor entrou na sala. — Aliás, ontem veio uma mulher super bonita procurando por você! — Sussurrou assim que o professor começou a administrar sua aula. — Não mais que você, mas bonita! — Perguntou o nome? — Indaguei e ela negou. — Tirou foto? — Negou novamente. — Você é realmente inútil! — Ela olhou-me com deboche e eu comecei a rir baixo. — Mentira, te amo! — Abracei-a de lado. — Sabe nem mentir direito... — Resmungou empurrando-me para longe. — Falsa do c*****o! — Credo! — Exclamei entre as minhas risadas enquanto ela fazia diversas caretas. O decorrer da aula foi tranquilo, até em um momento foi interrompida por um aluno segurando um buquê de rosas. Mentalmente, implorei a Deus que não fosse para mim, mas então o maldito subiu as escadas e entregou-me, Jiiny ao meu lado começou a rir loucamente. — Novamente em Srt. Joy! — O professor disse e eu soltei uma risada nervosa. Olhei o bilhete havia preso ao buquê. — Para você se acostumar. Tenha boa aula princesa! — Li o bilhete para a Jiiny que estava ao meu lado querendo saber. — Pode adicionar mais um psicopata na lista!  Por eu e a Jiiny ser bastante atoa, criamos uma lista com as características de todos os garotos que aparece em minha frente com presentes, declarações, pedidos pra sair. Estava classificada em santinhos, safados, psicopatas, insistentes, ricos, carentes, românticos, stalker, narcisista, galinha, criancinha e entre outros. A sala toda olhava-me e eu tentava o máximo possível ignorar as olhadas e os comentários que ouvia. — Se eu descobrir quem foi o ser, eu o mato! — Resmunguei colocando o buquê entre mim e a Jiiny no chão. [...] — Vai deixar aqui mesmo o buquê? — Jiiny indagou assim que eu guardei minhas coisas e me levantei pra sair. — Ele tem cara de ser caro! — Eu não vou andar por aí com um buquê de um desconhecido psicopata. Ele pode pensar que eu aceitei seus sentimentos ao me ver com isso! — Respondi-a e ela semicerrou os olhos em minha direção.  — Ia reclamar, mas seu raciocínio tem lógica! — Colocou a mochila nas costas e nós saímos da sala. — Tem alguns planos pra hoje? — Vou aproveitar minha folga pra estudar! — Murmurei e ela bufou em resposta ao meu comentário. — Você precisa se divertir um pouco Yejuny! — Ela disse afastando-se de mim sorrindo e indo em direção ao carro que a esperava na porta da faculdade. Não era o motorista de sua família, e sim um homem, um tanto razoável em uma Mercedes vermelha. — Os jovens de hoje em dia não pensam que a vida se resume em diversões! — Uma mulher disse próxima de mim, assustando-me. Encarei-a com uma expressão fechada. Ela era bem bonita e eu queria ser m*l educada, mas não podia, pois havia uma probabilidade de ela ser algo importante da faculdade, então apenas sorri por pura educação. — Chamo-me Irma Jine, mas meus amigos próximos me chamam de Vanie! — Ela disse e eu realizei uma reverência com um sorriso de lado. — O apelido não absolutamente nada em comum com meu nome, mas eu até que gostei! — Sorriu. — Desculpa, mas eu tenho que ir embora! — Exclamei realizando outra reverência, afastando-me dela rapidamente antes que ela falasse algo. — Essa conversa foi a mais aleatória que eu já tive em minha vida toda. — Desativei o alarme do carro e adentrei-o, dirigindo para minha casa. Quando estacionei o carro em frente à minha casa e desci, em frente a porta principal encontrei uma rosa vermelha. Olhei em volta, mas não encontrei ninguém. Ignorei-a e destranquei a porta. Assim que fui adentrar, um vento bateu em mim e com ele um aroma doce de perfume. Encarei a rosa ao lado dos meus pés e em seguida olhei para trás, encontrando uma silhueta masculina do outro lado da rua, encarando-me fixamente. Adentrei a casa rapidamente e tranquei a porta por precaução. Aproximei-me da janela para ver se ele ainda estava lá, mas ele havia sumido. — Mais outro stalker pra lista! — Resmunguei afastando-me da janela sentindo meu celular vibrando no bolso de trás da calça. Peguei-o e vi que se tratava de uma mensagem da Jiiny. Decidi não abrir, pois ela é amiga até a página dois. Sempre quando sai para locais chiques ou algo similar, me manda foto do local e da pessoa que ela com ela. Uma atitude completamente desnecessária e em vão, pois não me importo com essas coisas luxuosas. Peguei meus livros, meu caderno e algumas canetas e fui para a cozinha. Sentei-me na cadeira e comecei a revisar tudo que tinha passado hoje e da semana passada. "Estava parada no centro de uma galeria, usando um vestido longo preto. Várias pessoas passavam por mim e me cumprimentavam. Olhava em volta, procurando por alguém, mas no meio daquele tanto de pessoas, era quase impossível encontrar. - Desculpa a demora, amor! - Uma voz masculina soou atrás de mim, fazendo-me virar no mesmo instante. Era o Thaeler, vulgo ser que eu desenho. - Como você está linda! - Estou sonhando? - Indaguei pra mim mesmo enquanto ele entrelaçava uma de nossas mãos e a outra colocava em minha cintura. - Não, suas artes são de grande sucesso. Sei que não tem nada a ver com sua faculdade, mas é algo grandioso também! - Ele disse depositando um selar em minha testa, fazendo-me parar de respirar alguns segundos. - Nunca vou me cansar de dizer o quão acho fofo você prendendo a respiração quando eu te beijo! - Isso sem sombra de dúvidas é um sonho... - Afastei-me dele e ele me olhou confuso. - V-Você não existe, e eu sei que nunca irá existir, pois é um fruto da minha imaginação. - Você acha? - Aproximou-se de mim e encostou seus lábios em meu ouvido. - É o que veremos em breve." Abri meus olhos com o barulho da porta principal sendo aberta. Olhei em volta percebendo que havia adormecido em cima dos livros e do caderno. — Que sonho maluco... — Exclamei limpando os resíduos de baba que tinha no canto da minha boca e dos livros. — Bem vindo de volta pai! — Ele adentrou a cozinha e eu sorri. — O que está fazendo acordada nesse horário? — Indagou aproximando-se de mim e depositando um selar no topo da minha cabeça. — São duas da manhã, vai descansar! — Digo o mesmo para o senhor! — Resmunguei fechando meus livros e meu caderno. — Como foi seu dia? — Cansativo, mas tudo sumiu quando eu te vi! — Ele disse e eu sorri meio constrangida. — Agora vá descansar.  — Sim senhor... — Levantei-me da cadeira. Antes de ir para o meu quarto, abracei-o.  Adentrei meu quarto tranquilamente, pois agora que meu pai estava em casa eu não precisava ter tanto medo assim. Peguei meu pijama e fui em direção ao banheiro, onde escovei meus dentes e tomei um banho merecido. Sequei-me na toalha, vesti meu pijama e sai do quarto pensando muito sobre o sonho estranho que tive com o Thaeler. Nunca que eu tinha sonhado algo assim com ele, parecia que tinha acontecido na vida real, não presente e nem no passado, mas sim algo que poderia acontecer no futuro, como se aquele sonho fosse uma previsão do que iria acontecer em meu futuro não tão muito distante. Deitei-me na minha cama após desligar a luz e peguei meu celular. Mexi um pouco em minhas redes sociais, ignorando completamente a mensagem da Jiiny, pois era uma foto anexada na mensagem. Cansada, bloqueei a tela do celular e embrulhei-me com a coberta. Tinha que descansar minha mente um pouco mais, pois meu despertador tocaria em cinco horas.  Demorei muito dormir, pois a todo instante perguntava-me quando a minha vida mudaria pelo menos um pouco, mas não encontrava nenhuma resposta que pudesse saciar a minha agonia e frustração crescente.  — Temo que essa minha vida acabe em suicídio! — Murmurei pra mim mesmo sentindo uma lágrima descer pelo o meu rosto.  

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