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O REI PARTE II O QUE ACONTECEU DEPOIS

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O REI PARTE dois é uma continuação do livro o REI. O que aconteceu depois? Como as pessoas ficaram? Será que Mary volta? Grandes surpresas nessa segunda parte. Espero que gostem.

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O que acontece depois
O plebeu olhou para o teto do aposento em que estava hospedado já a mais de três anos, e depois voltou-se para sua esposa que ainda dormia. Ele a cutucou até que ela acordasse. Ela despertou enfim e o fitou irada por ter sido despertada. _ Quero voltar para meu lar... Nossa casa. Estou cansado desse palácio. _ Deixe de ser t**o homem! Como vamos sair daqui? Não vê que o ar lá fora é venenoso? _ Eles dizem isso apenas para nos manter aqui presos. Não temos certeza se o ar nocivo. _ Você acha que o rei abriria mão do palácio inteiro, para viver com sua família em uma pequena parte do palácio, se pudéssemos sobreviver lá fora? _ Não sei. Mas sinto falta de minha terra. Esse deserto é quente demais e estou ficando ocioso, mesmo com o trabalho na estufa. _ Logo isso passa e poderemos ir embora. Por enquanto devemos ficar e ser agradecidos pela hospedagem do rei. Não nos falta nada aqui. _ Apenas a liberdade... _ Pare de dizer asneiras homem! Essa parte do palácio ainda é maior que toda terra que possuímos. Como pode se sentir assim? Dê uma volta por essa parte do palácio, você vai demorar o dia inteiro para conseguir explora-lo por completo. _ Mulher! Você não sente sufocada aqui dentro? Não temos nenhuma privacidade. – Ele disse jogando as cobertas de lado e se levantando. Se trocou e saiu batendo a porta. A mulher dele, voltou a dormir. Ele saiu do palácio, no princípio achou que estava certo sobre suas desconfianças, porém começou a sentir falta de ar bem no centro do jardim e sufocado não conseguiu fazer o caminho de volta para o palácio e caindo no chão, morreu ali. Sua pele ficou enegrecida quase que imediatamente. Nesse momento, sete cavaleiros negros se aproximaram do corpo do homem e dando voltas pelo corpo, se retiraram. Esses cavaleiros, eram os singates, que descobriram que o ar não os afetava. Eles estavam a espreita, durante o tempo em que Kreyer estava preso. Agora tinham um novo líder, a quem eram finalmente fieis. Moisés soube na refeição da noite que mais um de seus súditos havia desaparecido do palácio e que testemunhas viram quando ele saiu. Sua mulher estava abalada, mas sabia que nada podia ser feito. Moisés fechou os punhos e sua boca era uma linha dura. _ Não posso mantê-los contra sua vontade... Deixe que vão e tenham o destino escolhido por eles... _ Mas Moisés... Já é o nono só esse mês! – Afhany disse intrigada com a falta de empatia do rei. _ E o que você sugere que eu faça? Já fui do outro lado do palácio e expliquei para todos que não devem sair ainda, pois não é só o ar que está irrespirável, os singates também estão nos rodeando e não vão permitir que ninguém saia com vida daqui. Precisamos de Klainer. E nem Lenda tem noticias dele desde que partiu. Eles tem tudo aqui. Boa comida, um lugar para dormir e um teto sobre suas cabeças. E tem também com o que se ocupar. Eu deixei a biblioteca do lado deles, eles demorariam duas décadas para ler todos aqueles livros. Não ah mais nada que eu possa fazer. Acaso deseja que me ajoelhe e implore para que não saiam? Afhany se calou diante das p************s de Moisés, mas que retratavam a realidade. Não se podia fazer mais nada... Terminada a refeição se reuniram na sala de estar. As babás ainda não haviam trazido as crianças. Louise estava falando de seus planos com Matheus de formarem uma família grande agora que Ade estudou e observou como eram feitos os partos onde se cortava no ventre, ao invés de ganhar normal. Pois ela não queria mais sentir aquela dor. Mesmo com Ade lhe explicando que esse procedimento tem limites de vezes que se possa fazer, ela estava irredutível, pois alegava que era imortal e nada de m*l aconteceria com ela. Matheus também guardava as suas reservas, e mesmo depois de três anos, ainda se lembrava das palavras de Klainer sobre seus filhos que não eram imortais. Ele desejava dedicar a vida inteira deles, para eles, ai sim, poderia pensar em ter mais filhos, quando seu Briam e seu Lukas já não estivessem mais com eles. Moisés o confortou dizendo que na verdade eles continuariam vivendo, mas em outro lugar. Samy não via a hora de seu pai lhe arrumar um noivo e ter sua própria família. Porém não desejava sair do palácio, por isso, agora que já tinha idade observava os guardas para ver se havia algum de seu agrado, porém, parecia que havia muito tempo que seu pai não treinava novos guerreiros, pois todos que ela via já eram de uma idade que não a interessava. Pois ela sabia que era imortal e se casando com um mortal teria pouco tempo com ele, então que fosse um jovem, para que ela tivesse mais tempo com ele. Liane não ficava alegre com nada que se fazia. Enquanto a irmã Samy, se divertia nos mundos em que seu pai passara a leva-las e a Tomás, Liane parecia não se divertir com nada. Samy fazia compras de bebidas, comidas e roupas, e andava nos automóveis que seu pai alugava. O tio delas, Matheus costumava ir e levar também seus filhos e Louise, mas ninguém curtia mais que Samy. Samy pegou Liane pela mão em uma dessas viagens e alugando um automóvel, a levou em uma sorveteria. Chegando lá, cada uma fez seu pedido e por algum tempo saborearam seus sorvetes em silencio. _ Então Liane... O que está acontecendo com você? Você está magra e eu sei que é porque não se alimenta direito. Vejo você comer como se estivesse com nojo da comida. E nada te alegra. Não vejo mais o seu sorriso. Você precisa parar com isso e se curar. Todo mundo já está começando a falar. Liane a fitou com aquela calma irritante que passou a demonstrar durante os anos que estão enclausuradas no palácio. _ Você tem que motivos para estar feliz? Ama um homem e pensa em se casar com outro qualquer... Você não tem dignidade. – Liane respondeu sem olhar para Samy e sem alterar o tom de voz. E não viu quando Samy ficou boquiaberta com sua resposta. _ Você sabe que tem um homem que te ama que assim que acordar vai vir te ver. E eu tenho o que? Um amor platônico. Por alguém que nunca me olhou como mulher. Para você eu seria mais digna se ficasse pelos cantos chorando por um homem, quando posso ter vários? Posso me casar milhares de vezes, pois sei que sempre vou ficar viúva e sem filhos. Mas é óbvio que o meu sonho era ter um namorado imortal que me dedicasse amor eterno. Mas nós sabemos que não vai ser assim. Então eu enfrento de frente meus problemas. Não me enrolo num casulo. _ Eu já te falei que você vai se casar com um imortal que você já viu. Mas prefere ficar por ai procurando um mortal para se distrair... _ Você já falou, mas não diz como sabe disso! Preciso ter certeza. _ Minha palavra devia bastar para você. Quando foi que menti para você? Samy a fitou longamente e depois perguntou mais tranquila. _ A mesma pessoa que te contou isso, podia ter falado diretamente comigo... _ Poderia. Mas ai seria esta pessoa que iria assistir você destruindo sua vida por migalhas de amor, pois seu destino é ficar com esse imortal e você só será feliz com ele. E a pessoa, não poderia te responder mais nada, porém poderia ficar tentada a te contar para se ver livre de suas perguntas infinitas. _ Então abandonemos minhas perguntas infinitas e voltemos ao seu assunto. Até quando vai ficar assim? _ Samy, eu não estou assim por vontade própria e nem para causar constrangimento em minha família. Creio que você não se contentaria com um sorriso falso meu. Então eu prefiro nem tentar. Não estou feliz. Sinto falta de Thelis, mas não é só isso. Tem alguma coisa dentro de minha cabeça e no meu coração me dizendo que está faltando algo. Algo muito valioso e importante que fora tirado de nós. E eu não sei lidar com isso. Já até procurei Ade, mas foi até pior... _ Pior? Porque? _ Porque vi nos olhos dele que ele sabe o que significa esse meu sentimento de perda. Foi isso que papai pediu para que você tentasse tirar de mim hoje? _ Liane, você está paranoica. Eu jamais te trairia dessa forma. Papai não tem nada a ver com isso. Pelo menos não com nossa conversa. Ele apenas me pediu que fizesse você se divertir. Mas pelo jeito, falhei na missão. _ Não falhou não. Estou me divertindo. Mas não com os olhos e o coração de antes. Sabe, eu via beleza em pequenas e simples coisas, e não sei porque eu perdi essa visão. _ Continua dentro de você. Você só precisa deixa-la sair para fora novamente. _ Farei o possível Samy. – Liane prometeu se levantando e ajeitando a saia que Samy comprou para ela e seu pai havia odiado, por ser muito curta, mas Samy achava que ela ficava linda com aquele tipo de roupa. Claro que não podiam voltar para o palácio com aquelas roupas. Sempre trocavam suas vestes no restaurante em que chegavam ali. – Acho que já nos demoramos demais. Vamos embora? E foram se encontrar com seu pai que já as esperava com impaciência, no entanto, assim que saltaram do carro e o manobrista fora buscá-lo, Moisés sorriu e passou os braços pelos ombros de suas filhas e as levou para onde os outros já estavam esperando para irem para casa, todos com as vestes comum ao reino de Moisés. Assim que se trocaram, partiram de volta para seu verdadeiro lar. As babás então entraram na sala de estar, cada uma com a criança de sua responsabilidade. Lenda soltou Maureen que saiu correndo de encontro a sua mãe e a abraçou carinhoso. As outras babás também soltaram Samuel e Lukas e a bagunça estava formada na sala de estar. Ao contrário das outras babás, Lenda permaneceu na sala observando a todos com seus olhos dourados e seu semblante suavemente sem expressão. Matheus foi o primeiro a perceber a sua permanência na sala, quando na verdade, tinha o costume de deixar a criança e sair sem dizer nenhuma palavra. _ Algum problema Lenda? Matheus perguntou sem saber o que ela pensaria de sua audácia, já que ela não conversava com ninguém além de Maureen. Ela voltou o rosto para ele imediatamente e Matheus percebeu tarde demais que ela estava pensando se diria ou não, o que tinha para contar diante de tantas pessoas. E com sua pergunta todos pararam o que estavam fazendo e ficaram a fitando. _ Não. Não há problema algum, apenas um... Recado. Para todos vocês... - Ela disse suavemente. E encarou todos os olhos que a fitavam. – Vocês terão algumas visitas por esses dias. Creio que os ceifeiros saíram de sua longa hibernação. – Ela disse e olhou para Liane. – Mas não estão autorizados a virem aqui... Por enquanto. Liane sentiu o fogo de seu coração se avivar com suas palavras. Sabia que nada impediria Thelis de ir vê-la. Seus olhos brilharam novamente e um sorriso brotou de felicidade. Tinha certeza que Lenda só dera aquela noticia para que ela se preparasse para recebe-lo. _ E quanto a Klainer? – Moisés perguntou. _ Ele ainda está se recuperando, mas creio que está muito mais forte. Ele até teve um filho durante esses anos... _ Como assim teve um filho? Pensei que ele estava descansando para recuperar as energias! – Moisés disse inconformado. Lenda o fitou com um brilho diferente no olhar. _ Moisés... Você deve saber que não é necessário gastar o tipo de energia que ele precisa, para fazer um filho... O que você pensou? Achou que ele levou Greta com ele apenas para jogarem dados? Moisés ficou vermelho. _ Você tem conversado com ele todo esse tempo e não nos disse nada? Porque? – Afhany perguntou preocupada de ela estar recebendo ordens sobre o que ensinar a Maureen. _ Nossas conversas são... Raras. E geralmente de nível pessoal. Ele quer que vocês saibam que em breve ele estará de volta e a vida de vocês voltará a ser como era antes. Ah, mais uma coisa... Devem trazer Mary de volta. E ele escolheu Samy para essa missão... _ Eu? – Perguntou Samy desconfiada. – Nem conheço essa pessoa, porque eu deveria buscá-la... – Samy ia dizendo quando Afhany soltou Maureen e caiu em prantos no meio da sala. Samy olhou para os outros, e tirando Liane e Tomás, estavam todos emocionados. Todos tinham lágrimas nos olhos. Ela então sentiu que todos, menos ela e seus irmãos, sabiam de alguma coisa. Até seu pai tinha lágrimas escorrendo por seu rosto. Sua mãe se juntou a Afhany, abraçando no meio do chão da sala e chorando juntas. Olhou para Maureen e ele saiu batendo palmas e foi até Lenda, onde foi recebido com um sorriso que parecia iluminar o ambiente e abraçado com imenso carinho. Samy não viu aquilo de bom grado. Seu irmão podia estar achando que sua mãe na verdade era Lenda. Porém guardou seus pensamentos e desconfianças para si. De repente Maureen foi de encontro a Moisés e Samy olhou para o canto onde Lenda estava e não havia mais ninguém. Ela desapareceu. Moisés também percebeu que ela havia sumido e largando Maureen com Louise, saiu atrás dela. Passou pela cozinha e desceu para o túnel. Lenda era rápida, não havia sinal dela. Mas perguntou para as criadas que ainda estavam na cozinha e elas disseram que ela havia sim, passado a pouco por ali. Moisés então seguiu até o castelo e foi até seus aposentos. Deu uma batida na porta, mas como não obteve resposta, entrou devagar. Era a primeira vez que ele ia até lá em todos esses anos, temendo tirar a privacidade dela. Olhou em volta e viu a mudança radical que ela fizera no local. O aposento parecia maior. Não havia muitos móveis. Apenas uma mesa com comida, agua, vinho e frutas. E no fundo havia uma poltrona diferente. Parecia macia. Ele ficou a observando enquanto ela murmurava algumas palavras bem baixinho e flutuava deitada, deixando seus longos cabelos dourados caídos. Era uma visão inusitada. Porém Moisés sabia que ela era diferente de todos ceifeiros, pois se recusou a entrar na guerra e não escolheu lado. E nunca havia visto um ceifeiro agir daquela forma. Ela nem parecia-se com eles. Ela sentia sua presença ele tinha certeza, então esperou até que ela desse o primeiro passo para conversarem, que não demorou muito. _ O que faz aqui Moisés? Não sabe que não gosto de ser incomodada no meu recinto? Esse é um lugar privado. – Ela disse sem olhar para ele. _ Acho que você nos deixou com algumas questões... Sinto muito se atrapalho sua privacidade... Ela sorriu e bem devagar ficou de pé e desceu até o chão, onde foi para sua poltrona e se sentou. _ Disse tudo que precisava saber. _ Você causou um caos na cabeça de meus filhos. Eles não se lembram de Mary. _ Por pouco tempo. Logo eles vão se lembrar de tudo. _ E quanto a Mentor? Devo traze-lo ele de volta? _ Porque Mentor não está aqui junto com você nesse palácio? _ Ele preferiu ficar com a mãe dele e protege-los... _ E a ameaça já acabou? _ Não, mas... _ Então ele continua lá. E ele não deve recuperar a memória junto com seus irmãos... _ Mas eles vão contar a ele. Se não estiver contando agora! _ Não. A ligação entre eles foi totalmente cortada. Não podem mais se comunicar pela mente. _ Quem fez isso? Tem que ser alguém muito poderoso... _ Espere. Vai ser por esses dias que virão e colocaram as lembranças de volta em seus filhos. Ai você tira suas duvidas com eles. Estou cansada. Moisés entendeu a indireta para que ele se retirasse, porém tinha uma última duvida. _ Onde você dorme? Vejo que retirou a cama... Ela o fitou e sorriu levemente. Ela apertou um botão na poltrona e ela se reclinou totalmente. Lenda não voltou a poltrona, fazendo Moisés rir de suas manias e se retirar para deixa-la descansar em paz. Ele voltou para sala de estar onde todos já haviam se recuperado da surpresa da noticia, e um silencio reinava. E esse silencio era fruto da espera que ele chegasse para esclarecer as duvidas de seus filhos maiores pelo menos. Ele se sentou em seu lugar de antes e esperou a enxurrada que viria. _ Quem é essa Mary? – Tomás perguntou pensativo. Moisés percebeu que ele tentava se lembrar por conta própria, com certeza desconfiado que já soubera antes de quem se tratava. _ Porque apenas eu, Tomás e Liane não nos lembramos dela? – Samy perguntou astuta. _ Acho que seus irmãos menores também não se lembram... – Demy respondeu com um sorriso debochado. O que fez com que Samy observasse seus irmãos e depois a olhasse de volta. _ Eles não se lembram nem quem são suas mães verdadeiras, como vão se lembrar de alguma coisa que tomou a comoção de todos vocês? É óbvio que isso não é recente. – Samy disse dura, mas sabendo que podia dizer algo pior, como por exemplo falar que dos pequenos apenas Samuel era seu irmão. Os outros não tinham se sangue. Porém ela se refreou por medo de magoar todos e principalmente Briam, que já estava bem crescido e acompanhava a conversa atento. _ Parem! – Moisés interveio. – Nesses dias que virão, teremos visitas de algumas pessoas e todos serão esclarecidos. Não adianta tentarem especulações agora. Samy fitou o pai com todo ar de desobediência fluindo de suas maneiras. _ Vamos, Tomás e Liane. Temos novidades para contar para Mentor. – Samy chamou e eles se levantaram de seus lugares e a seguiram até a sala de estudos, que agora só era usada por Briam e alguns filhos de criados do palácio que eram quase da mesma idade do menino, por decreto da rainha. No entanto, eles ficaram por cerca de uma hora tentando estabelecer uma conexão com Mentor e não conseguiam. Então para saber se o problema era com eles, Liane deu a ideia de manterem uma conversa mentalmente entre os três. Eles conseguiram sem problema algum, porém quando tentavam com Mentor, não conseguiam alcançar. Cansados, resolveram tentar novamente no outro dia. Imaginando que talvez Mentor não estivesse podendo falar no momento, tendo em vista que seu avô o declarou herdeiro do reino no mesmo dia que o avô de Tomás fizera o mesmo. Tomás foi para seu aposento, onde agora também dividia com, além de Briam, Lukas, Maureen e Samuel. Samy foi para seu aposento e chamou Liane para acompanha-la, mas ela se recusou, alegando que precisava pensar um pouco sozinha. Assim que Samy se retirou, Liane sentou no chão e começou a chamar Thelis em sua mente. Depois de vinte minutos tentando, pensando que não conseguiria estabelecer uma comunicação com ele, estava prestes a desistir, quando ouviu sua voz. “_ Liane... Ainda se lembra de mim?” “_ Nunca esqueci você... Nem mesmo dormindo.” – Ela disse com os olhos cheios de lágrimas, mas agora de felicidade. “_ Como soube que eu já havia despertado? Ou tem me chamado todos esses anos?” “_ Lenda nos contou hoje... Mas em meu coração tenho gritado por você todos esses anos.” Houve um silencio do outro lado e Liane por um momento acreditou que a conexão tinha se rompido. Porém ele voltou a falar. “_ Desculpe Liane, não era para ter sido assim.” “_ Assim como?” “_ Não queria que você ficasse sofrendo. Era para você ter seguido sua vida. Pelo seu tom, parece que você... Me esperou somente. Não fez mais nada além disso.” “_ Amo você. Não dava para continuar uma vida que não tinha sua presença.” “_ Mas Liane! Sou um guerreiro. O que faço é entrar em batalhas. Um dia o pior pode acontecer comigo. Não quero que pare sua vida por minha causa, porque eu fiz uma escolha. Escolhi viver em meio ao perigo. E você... Não acho que deva perder seu tempo comigo, por mais nenhum minuto de sua vida.” Liane começou a chorar. Por alguns minutos ficou tentando se controlar para falar com ele com voz natural. “_ Você está terminando comigo?” – Ela tentou falar aquelas palavras sem demonstrar o que realmente sentia, mas não conseguiu. “_ Você é linda. A mulher mais linda que já vi... Mas não sei se devo arrastar você comigo para a vida que eu levo. Você tem o direito de ter outras escolhas. Conheci você ainda muito jovem, você não tinha experiência alguma... E parece que não amadureceu. Parece que ficou parada no tempo.” Liane começou seu pranto. Já não queria mais conversar com ele. Ele estava fazendo pouco caso de todo amor que ela lhe dedicou por todos esses anos que estiveram separados. Ela rompeu a conexão e se acalmando um pouco, foi para seu aposento. Porém assim que se deitou as palavras dele vinham em sua mente lhe causando extrema dor. E ela chorou. Até soluçar. Sentiu quando Samy deitou em sua cama ao seu lado e a abraçou sem dizer nada. E agora percebia que sua irmã estava o tempo todo certa. Ela não devia ter se anulado por causa dele. Claro que acreditou que o amor dele fosse tão forte quanto o dela, mas ele acabara de provar que não era...

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