Capítulo 31

1006 Words

O tempo se arrastava dentro do cativeiro. Elisa permanecia deitada na fina coberta jogada sobre o chão frio, os olhos inchados, o corpo dolorido pelo parto solitário, mas era a ausência de Luna que a dilacerava por dentro. As lembranças do nascimento da filha vinham em flashes: a dor lancinante, o desespero, o choro que rasgou o silêncio da sala, a primeira vez que sentiu a pele quente e frágil da bebê contra o peito. Agora… tudo era silêncio de novo. Silêncio e vazio. A porta só se abria para deixarem uma bandeja com comida quase intocável. Elisa já não comia. O leite secava aos poucos nos s***s doloridos. O corpo enfraquecia. Mas a mente, mesmo fragilizada, não se rendia. Ainda havia luta, ainda havia nome — Luna. E Dominic. Ela não sabia onde ele estava, mas sentia. Em algum lugar

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