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Aurora Silenciosa

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intro-logo
Blurb

Ágata é uma garota de dezesseis anos que vive com sua família em uma pequena cidade do interior e que todos os dias, quando se olha no espelho, não consegue se ver. É como se ela não pertencesse àquele mundo.

Com o desespero de sair dali e achar o que quer que fosse que faltava em sua vida, ela não pensa duas vezes antes de arrumar suas malas e partir para a faculdade junto com as amigas. À procura de um significado para sua vida, ela m*l sabe que essa pequena escolha a mudaria para sempre.

Depois de conhecer Alex na faculdade, sua vida mudou totalmente de direção. Além de despertar um sentimento que ela não desejava, ele também trouxe consigo uma verdade que a atormentaria pelo resto de sua vida.

E o que ela fez?

O que você faria se descobrisse que tudo que você tinha vivido até agora era uma mentira, e que a sua realidade era mais assombrosa e irreal do que você mesmo poderia admitir?

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Prólogo
Era noite, o céu estava coberto de estrelas, e a lua estava cheia. Não se ouvia som algum além do canto das cigarras, e do vento soprando. A noite estava bela. Mais bela do que qualquer outra noite já vista. No entanto, não havia ninguém apreciando aquela vista. Ninguém para vê-la se esgueirando pelas sombras, correndo contra o tempo e tentando dominar o medo que a estava dominando. Sua roupa de hospital já não estava mais branca. Agora estava suja de lama e terra. Mas ela não estava preocupada com isso. O que importava mesmo era o lençol em seus braços, ou melhor, o que estava enrolado no lençol. Ela abaixou um pouco o pano branco que cobria seu bem mais valioso, e lá estava ela. Era o bebê mais lindo que ela já tinha visto. Tinha a pele clara, cabelos escuros e espessos, e olhos grandes de um tom castanho que só poderia ter herdado da mãe. Ela sorriu com a visão da criança em seu colo, mas logo depois começou a chorar. Ela teria que deixá-la. Teria que deixar seu bebê. Em alguns momentos, para aliviar a dor, ela pensava que estava apenas a deixando na casa de alguém, porque iria trabalho e não poderia levá-la, mas que iria buscá-la assim que chegasse. Mas ela não conseguia se enganar por muito tempo. Ela não a deixaria temporariamente. Era para sempre. Ela nunca mais veria seu bebê, e aquilo doía tanto que ela podia jurar que estava morrendo. Mas ela tinha que ser forte, tinha que se manter em pé. Ela não podia se entregar e permitir que a alcançassem. Se isso acontecesse... Ela não gostava nem de pensar no que aconteceria a sua filha se algo desse errado. A cidade pequena no interior do Brasil havia sido uma boa escolha, ela nem mesmo existia no mapa. Seria difícil alguém encontrá-la ali. Mas ela tinha que agir rápido. Se demorasse muito, eles iriam sentir e ir atrás dela, e nenhum esforço seria o suficiente para proteger sua filha. Ela queria tanto prolongar o tempo que tinha ao lado de seu bebê... Mas ela não poderia fazer isso. As consequências eram gritantes. Estes eram os últimos minutos, e depois ela iria desaparecer para sempre. Ela virou para a direita e entrou em um beco sem saída entre duas casas, e resolveu que seria ali mesmo. Era o melhor lugar. Em algum momento, alguém em uma das casas descobriria o bebê, e talvez até cuidassem dela. Oh, por favor. Que cuidem dela, a mulher pediu silenciosamente. Em uma das paredes havia um grande contêiner de lixo. Ela não queria deixar seu bebê ali. Na verdade, ela não queria deixar seu bebê. Mas era o lixo, ou o chão. Ela embrulhou ainda mais seu bebê e o colocou em cima de um saco de lixo, tomando todo o cuidado para deixá-la em um lugar onde ela não cairia, caso se mexesse. Ela deu uma olhada em seu rostinho mais uma vez. Ela estava acordada, com seus grandes olhos fitando a mãe. A mulher sorriu e passou a mão pela cabecinha da garota. - Eu sinto muito, meu anjo – ela disse – Eu não queria te deixar, mas é o melhor para você. Eu tenho que te proteger deles – ela sorriu. Um barulho veio de trás, e ela olhou alarmada, já se preparando para encontrar um deles, mas era apenas um gato no meio do lixo. Ela se voltou para o bebê com o coração na mão. - Eles vão te encontrar, meu amor – ela passou o dedo pela bochecha gordinha da garotinha – Aqueles que vão te proteger. Eles são pessoas como eu, e como você será um dia também. Eles vão te encontrar e vão te proteger – ela começou a chorar e encostou sua testa na minúscula testa da garotinha – Eu queria tanto poder ser sua mãe. Tanto... Mas eu não posso... – ela deu um beijo no nariz da criança – Espero que um dia você me perdoe. Ela se afastou do contêiner e começou a procurar por algo no chão. Dentro de uma lata de lixo, ela achou o que procurava. Um pedaço de vidro quebrado. Voltou até o contêiner, até seu bebê, e aproximou seu rosto do dele, dando um beijo em sua testa. - Eles vão te achar – ela falou – Eu vou ter que te esconder dos outros, daqueles que querem te machucar, então vai ser mais difícil para eles te encontrarem. Mas eles vão te achar, eu prometo – ela deu mais um beijo na garotinha e se afastou um pouco. Com o pedaço de vidro quebrado que estava em sua mão, ela cortou o pulso, soltou o vidro da mão e melou o polegar com seu próprio sangue. Depois ela aproximou o polegar ensanguentado de seu bebê e desenhou um símbolo em sua testa. Era um símbolo simples. Tratava-se de um círculo e, dentro desse círculo, ela desenhou quatro cruzes que, unidas, formavam uma cruz maior. - Eu te amo – ela disse em meio às lágrimas e começou a recitar as palavras em latim. "Ego meam In specie sacrificium Magis quam tueri bonum" Enquanto ela recitava as palavras, o símbolo na testa da garotinha, da qual ela não tinha tirado os olhos, começava a desbotar, desaparecendo gradativamente. "Scutum meum in sanguine tuo Quod non agnoscere nequitiae Et lux illa in se est, semper Ut non frustra victima" - Eu te amo – ela disse uma última vez à garotinha na lixeira. Então ela começou a brilhar em um tom dourado, como se fogo estivesse vindo de dentro dela. Em poucos segundos, enquanto ela ainda olhava a garotinha, ela foi consumida por toda aquela luz, e explodiu, deixando mais nada que um grito estridente no ar, e uma garotinha perdida. Não havia sobrado mais nada. O bebê no meio do lixo começou a chorar. A marca já não estava mais em sua testa. O sacrifício de sua mãe não havia sido em vão. Agora ela estava protegida. O choro dela ecoou pela noite vazia. Alguns minutos depois, a porta da casa à esquerda se abriu, e um casal saiu de lá com uma lanterna na mão. Eles adentraram o beco e seguiram o choro do bebê. Eles se aproximaram com cuidado, olhando ao redor, procurando por alguém. Aquele bebê não tinha ido parar ali sozinho. Mas não havia ninguém. O bebê tinha sido abandonado. A mulher desenrolou o lençol do corpo frágil do bebê, e sorriu para o marido. - É uma garotinha – ela disse. Ela inclinou a cabeça para o lado, analisando o bebê de outro ângulo. Então ela viu algo escrito no lençol. - Olha! – ela virou a toalha de lado para enxergar melhor – Santa Bárbara – ela disse, lendo o nome no lençol – É um hospital não muito longe daqui. Ela deve ter nascido lá. - O que vamos fazer com ela? – o marido perguntou. A mulher a pegou no colo e a enrolou novamente no lençol. O choro diminuiu para apenas soluços. A mulher sorriu. - Ela é tão linda – ela disse e olhou para o marido – Vamos ficar com ela. - Tem certeza disso? – ele perguntou, inseguro. - Claro que tenho – ela não parava de sorrir para a garotinha – Ela precisa de uma família. Nós seremos sua família. E assim eles entraram em casa, levando a criança em seus braços e atendendo ao último pedido de sua verdadeira mãe. 

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