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BIANCA NARRANDO A luz do restaurante batia no meu rosto de um jeito perfeito. Não era força do destino, era força do dinheiro mesmo porque lugar barato não sabe iluminar ninguém decentemente. A mesa estava impecável, guardanapos dobrados como origami, taças finas, champagne francesa recém-aberta, e eu com meu vestido preto justo, decotado na medida exata entre elegância e provocação. A bolsa minha nova Dior descansava ao lado do prato como se tivesse vida própria, e minhas amigas estavam ali, todas lindas, todas ricas, todas tão acostumadas ao luxo quanto eu. Eu tomei um gole devagar, deixando o sabor encorpado do champagne descer pela garganta, e dei aquele sorriso que só quem não trabalha desde os 18 sabe dar. — Biancaaaa, e o Davi? — perguntou a Marcela, com aquele ar curioso que mis

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