Passar por isso de novo era como cravar uma faca nas minhas costas. Eu estava com medo. Era a única coisa que realmente me apavorava hoje em dia. Antes, minha vida não significava nada. Depois que todos me abandonaram, cheguei a desejar não continuar neste mundo. Cheguei a querer que a doença me levasse de uma vez. Eu não tinha expectativa alguma. Não tinha ninguém. Apenas minha mãe, ali, sofrendo ao meu lado. Ela sacrificou tanto tempo precioso cuidando de mim. Mas Deus me curou. Usou as mãos dos médicos para isso, é claro, e aqui estou eu — vivo. Agora, contudo, estou de volta a este mesmo lugar, fazendo aquela bateria de exames que me arrepia até os ossos. É um medo que não consigo controlar. A leucemia é um dos cânceres mais cruéis. A cura exige força, garra — e, muitas vezes, um tra

