A Coroa e o Caos

1311 Words

A chuva caía sem trégua sobre Palermo quando Lorenzo Valente voltou a caminhar entre os vivos. O corpo coberto de cicatrizes era a lembrança do inferno que atravessara. O coração, uma ruína silenciosa. O antigo quartel da família estava quase vazio. Metade dos homens havia fugido, e os que restavam se ajoelharam quando o viram entrar. O Don estava de volta — e a máfia respirava, mesmo que com medo. — Levantem. — disse, com a voz rouca, porém firme. — A guerra ainda não acabou. Os capangas obedeceram. Entre eles, o conselheiro mais velho, Enzo Bellini, aproximou-se com cuidado. — Don Valente… a cidade fala que o senhor morreu. Lorenzo o olhou com frieza. — Então espalhe a verdade. Diga que o inferno me mandou de volta pra cobrar o que é meu. Bellini assentiu, suando frio. O nome

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