Entrega Total

1554 Words
Os lençóis estavam bagunçados, testemunhas silenciosas do desejo ardente que consumia os três. Os corpos de Gabriel, Helena e Elaine se entrelaçavam em uma dança sem pressa, explorando cada centímetro um do outro, como se tentassem memorizar cada toque, cada suspiro, cada gemido. Elaine estava no centro, seus cachos ruivos espalhados pelo travesseiro, os lábios entreabertos enquanto Gabriel deslizava a boca por sua pele, descendo lentamente, provocando-a a cada movimento. Seus olhos verdes estavam enevoados pelo prazer, e seus dedos se cravavam nos ombros dele, incapaz de conter as reações ao toque firme e ao calor que subia por sua pele. Helena, ao lado dela, assistia à cena com um sorriso satisfeito, os olhos âmbar brilhando com luxúria. Ela se inclinou sobre a ruiva, seus lábios traçando um caminho lento pelo pescoço exposto de Elaine, enquanto suas mãos percorriam suas curvas com precisão e desejo. — Você é linda assim… completamente entregue — murmurou Helena contra sua pele, sua voz baixa e sensual. Elaine arquejou ao sentir as duas bocas explorando seu corpo ao mesmo tempo, uma mordida suave na clavícula, uma carícia provocante descendo por sua barriga. O prazer se espalhava por sua pele, pulsando em cada parte de seu ser. Gabriel levantou o olhar, encontrando o de Helena acima de Elaine. Um entendimento silencioso passou entre eles antes de ele puxá-la para um beijo faminto. Suas línguas se entrelaçaram, as respirações misturadas enquanto suas mãos exploravam os corpos um do outro. Elaine observava a cena, mordendo o lábio, fascinada pelo desejo cru entre eles. Ela deslizou os dedos pela nuca de Gabriel, puxando-o de volta para si, tomando seus lábios em um beijo urgente. Helena, sorrindo, se moveu para trás, permitindo-se admirar os dois, suas mãos traçando carícias suaves pela pele de ambos. Ela então se inclinou novamente, sua boca quente encontrando novos pontos de prazer, sua língua e seus lábios provocando arrepios por onde passavam. A noite se desenrolava entre gemidos abafados, respirações aceleradas e toques que queimavam como fogo na pele. Os três se entregavam ao momento, esquecendo-se do mundo lá fora, esquecendo-se dos perigos que os cercavam. Naquele instante, não havia planos, não havia vingança, não havia segredos. Havia apenas desejo, prazer e entrega. E eles estavam dispostos a se perder completamente um no outro. Manhã Seguinte A luz suave da manhã filtrava-se pelas cortinas, banhando o quarto em tons dourados. O cheiro de lençóis amarrotados, vinho e corpos ainda aquecidos pelo desejo da noite passada pairava no ar. Gabriel acordou primeiro, seus olhos escuros percorrendo o quarto silencioso. Entre os lençóis bagunçados, Elaine dormia profundamente ao seu lado, sua pele alva marcada por leves toques de paixão. Seus cachos ruivos estavam espalhados pelo travesseiro, e seus lábios entreabertos revelavam uma respiração tranquila. Do outro lado da cama, Helena estava parcialmente coberta pelo lençol fino, seu braço jogado sobre o ventre de Elaine. Seus cabelos escuros estavam bagunçados, e sua expressão serena era um contraste absoluto com a intensidade da noite anterior. Gabriel sorriu de canto, apreciando a cena por um momento antes de se mover com cuidado para não acordá-las. Levantou-se e vestiu sua calça de moletom, indo até a janela. Do alto do hotel, a cidade ainda parecia adormecida, mas ele sabia que não demoraria para que os perigos que rondavam suas vidas voltassem a se manifestar. Ele sentiu um movimento atrás de si e, quando se virou, encontrou Helena se espreguiçando, seus olhos âmbar encontrando os dele. — Já de pé? — ela murmurou, sua voz rouca pelo sono. — Alguém tem que estar atento — respondeu ele, voltando para a cama. Helena sorriu preguiçosamente e se sentou, puxando o lençol contra seu corpo nu. Ela olhou para Elaine, que ainda dormia, e deslizou os dedos pelos fios de cabelo da ruiva, afastando-os de seu rosto. — Você acha que ela vai surtar quando acordar? — perguntou, divertida. Gabriel riu baixo. — Acho que já passamos desse ponto. Helena arqueou uma sobrancelha e o puxou para um beijo lento, saboreando o gosto de sua boca. Gabriel a puxou para mais perto, mas o momento foi interrompido pelo som do celular vibrando na mesa de cabeceira. Elaine se mexeu, resmungando em protesto antes de abrir os olhos esverdeados, confusos e sonolentos. — Que barulho é esse? — murmurou, sua voz ainda carregada de sono. Helena se afastou de Gabriel e pegou o celular. Seu rosto se fechou imediatamente. — É Rafael. Gabriel trocou um olhar com ela antes de pegar o aparelho de sua mão e atender. — Fala. A voz de Rafael veio firme do outro lado da linha: — Temos um problema. Victor sabe que vocês estão juntos. E ele está vindo atrás de vocês. A tensão no ar foi instantânea. Helena e Gabriel se entreolharam, enquanto Elaine, agora completamente desperta, se sentou, sentindo a mudança no clima. A paixão da noite anterior foi varrida pela realidade brutal que os cercava. O jogo havia começado de verdade. E agora, não havia mais volta. O silêncio carregado tomou conta do quarto. O peso das palavras de Rafael se infiltrava como um veneno, dissipando qualquer vestígio da noite anterior. Gabriel manteve o celular no ouvido, mas seus olhos estavam fixos nas duas mulheres, que agora estavam completamente despertas. — Como ele descobriu? — a voz de Gabriel saiu firme, mas com um tom cortante. Do outro lado da linha, Rafael respirou fundo antes de responder: — Victor tem olhos em toda parte. A movimentação de vocês não passou despercebida. Mas o pior é que ele não vem sozinho. Ele tem reforços. Gabriel estreitou os olhos. — Quanto tempo temos? — Pouco. Ele já está na cidade. Helena se levantou da cama num movimento ágil, jogando o lençol de lado. Sem se importar com a nudez, ela caminhou até a mala jogada no canto do quarto e a abriu com pressa. Em questão de segundos, ela vestia uma calça justa e uma regata preta, antes de puxar um coldre e uma arma escondida no fundo da mala. — Precisamos sair daqui agora — ela disse, com a voz baixa, mas cheia de autoridade. Elaine, que observava tudo ainda sentada, passou a língua pelos lábios, como se processasse as informações rapidamente. Diferente de Helena, ela não era acostumada a fugir ou se preparar para confrontos desse tipo. Mas não era ingênua. Sabia que Victor era uma ameaça real. — Para onde vamos? — sua voz saiu calma, mas seu olhar estava afiado. Gabriel terminou a ligação com Rafael e jogou o celular na cama antes de responder. — Ele mencionou um lugar seguro, mas antes de qualquer coisa, precisamos sair daqui sem chamar atenção. Helena já estava calçando as botas, conferindo sua arma. — Você acha que Victor vai esperar a gente fugir? Ele pode já ter alguém vigiando o hotel. Elaine se levantou, enrolando o lençol no corpo enquanto ia até sua própria mala. Apesar da tensão, ela manteve a voz controlada: — Então temos que ser mais espertos. Helena olhou para a ruiva e sorriu de lado. — Isso é algo que eu gosto em você, ruiva. Gabriel já estava vestindo a camisa e pegando sua jaqueta. Ele olhou para as duas mulheres, sentindo aquela adrenalina conhecida correr por seu corpo. — Temos quinze minutos antes que Victor bata na nossa porta. Façam valer a pena. Elaine vestiu-se rapidamente, prendendo os cabelos cacheados em um coque improvisado. Seus olhos verdes encontraram os de Helena por um instante, e um entendimento silencioso passou entre elas. Não era apenas fuga. Era sobrevivência. E estavam dispostos a lutar por isso. O plano era simples: sair do hotel sem chamar atenção, pegar um carro discreto e dirigir para longe da cidade. Mas nada parecia simples quando se tinha Victor no encalço. Ainda dentro do quarto, Helena analisava o caminho pela varanda, observando os telhados vizinhos. Ela sabia que sair pela recepção não era uma opção. — Se Victor tem homens aqui, eles vão estar esperando lá embaixo — ela disse, puxando a arma e verificando a munição. Gabriel caminhou até a porta do quarto e colocou o ouvido contra a madeira. O silêncio era suspeito. — Não podemos ficar aqui esperando. Precisamos agir rápido — ele olhou para Elaine, que parecia perdida em pensamentos. A ruiva inspirou fundo antes de soltar: — Eu sei para onde podemos ir. Mas precisamos de um carro e de tempo para chegar lá. Helena ergueu uma sobrancelha. — Você tem um esconderijo? Elaine hesitou por um instante antes de responder. — Uma fazenda… é um pouco isolada, mas segura. Pouca gente sabe que eu tenho. Gabriel trocou um olhar com Helena antes de assentir. — Então é para lá que vamos. A saída foi rápida e precisa. Usando a rota alternativa pela varanda, o trio conseguiu alcançar a rua lateral do hotel sem chamar atenção. Rafael já os esperava com um carro prata discreto, estacionado perto de um beco. — Se demorassem mais um pouco, eu teria ido embora — ele disse, batendo os dedos impacientemente no volante. — E perder a chance de nos salvar? Nunca — Helena retrucou, entrando no carro. Assim que Gabriel e Elaine entraram, Rafael acelerou, pegando um caminho alternativo para despistar qualquer perseguidor. Depois de os conseguirem despistar, Rafael deixa o trio continuar sozinhos para a segurança de todos.
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