Reação

887 Words
— Olena… — Calton chamou, a voz já mais firme. — Pode me abraçar, Calton… Ele a puxou pra ele. — M.erda, Olena… o médico fez alguma coisa, Não fez? enquanto eu buscava a caderneta… — Fez __ O que? — Hércules chorou, queria mamar, e o médico passou a mão em mim. — Onde, Olena?! — No se.io. Eu ia amamentar, não pensei… você mesmo disse que eu podia amamentar, eu… Calton xingou, virou para entrar no carro novamente, mas Albucacys correu e pegou as chaves. — Calma, calma, vamos conversar — disse Albucacys. — Conversar uma po.rra, A.lbucacys! Por.ra de conversar! A chave, a chave, e entrega a chave— gritou Calton, com os punhos cerrados. — Só vamos decidir que caminho seguir — respondeu Albucacys, firme. — Olhe pra sua mulher, ela está com medo, assustada. O que o médico fez é abu.so, Calton. Primeiro segure sua mulher, acalme ela e diga que não é culpa dela. Depois vamos atrás do médico. Albucacys foi segurar Hércules, para se acalmar também. O sangue tinha subido, mas ainda era ele quem mantinha as coisas calmas. Calton abraçou Olena com força. — Eu não pensei que isso iria acontecer… — murmurou ela — Quem tinha que pensar era eu, Olena. Era eu. Eu não quis que você saísse sozinha pra buscar a caderneta, deixei você com a porta aberta dentro do consultório por dois minutos. O doente é o médico, não tem culpa, respire. Ele se aproveitou, e vai pagar… devia ter me contado na hora. — Não… porque você iria bater nele, e a secretária chamaria a polícia. E eles iam atirar, porque você não iria parar. Eu não queria que isso acontecesse. Não queria causar mais problemas, Severus está estressado e vocês se desdobrando para ele não sair da fazenda. — Quem causou fui eu que quase deixei você sozinha lá dentro, mas o médico sabia que não devia entrar com você lá dentro sozinha.. — Entra, está tudo bem. __ Call ___ Vá ficar com Hércules e Aliah.. Olena obedece. Entrou na casa, ainda tremendo, enquanto Calton ficou parado na porta por alguns segundos, olhando para o chão, tentando conter o ódio que ardia por dentro. O bebê dormiu, e Albucacys o deitou no berço com cuidado. Depois foi ficar ao lado do irmão. Pavlo também já sabia o que havia acontecido e queria ir ao consultório também. — Você fica com a Olena, Pavlo — disse Albucacys, firme. — Eu resolvo com o Calton.Olena está assustada, fica com ela e com a Ully. Calton passou a mão na cabeça, respirando fundo. — A culpa é minha… não devia ter escolhido pagar pelas vacinas. Mas o seu presidente já faz tanta coisa, que eu andava me sentindo com vergonha, sabe? — Não é sua culpa, Calton… — respondeu Albucacys, tentando manter a calma. Calton tomou a chave da mão dele e caminhou em direção ao carro. Albucacys correu e entrou ao lado do motorista. — Não pode ma.tar um homem em plena luz do dia, entende isso? — disse, olhando firme para o irmão. — Entendo… mas vou socar ele até ele desmaiar. Eu posso. Você é advogado, resolve o problema depois. Albucacys suspirou, olhando para frente, era mais um para ele tirar de problemas.. Calton apertou o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. O motor do carro roncou quando ele ligou, e os dois seguiram pela estrada de terra. Quando chegaram, o médico estava saindo e, para azar dele, a sua pressa foi em vão: o doutor não teve tempo nem mesmo de correr; foi segurado pelo pescoço.. Desmaiou no primeiro soco, porque Calton realmente estava com raiva. Quando caiu no chão, ainda foi chutado e pisado, uma perna quebrou.. Albucacys parou Calton: — Escuta, escuta… há consequências. Se você m***r ele aqui , vou ser acusado de homicídio junto com você.. Calton parou, porque Albucacys não merecia aquilo, era sobre o trabalho dele, se fosse acusado, não podia mais advogar, e não faria isso com o irmão, não faria. — Calton, vou pesquisar sobre ele — continuou Albucacys — Se ele tiver mais problemas, juro que ele nunca mais clínica. Chega, ele já está inconsciente e uma bagunça, vamos, ele vai registrar um boletim de ocorrência, a gente se apresenta, vamos, poorque a sua mulher precisa de você.. Saíram dali. Quando chegaram, Hércules estava com Pavlo e Aliah debaixo de uma árvore; era um menino risonho. Calton foi atrás de Olena. Ela estava sentada na cama, usava vestido e hijab, e chorava. — Vem aqui, não chore — Calton sussurrou, aproximando-se. — Eu não queria que isso tivesse acontecido. Odiei o toque dele em mim. Ela o olhou, soluçando. — Eu sei… Mas, calma, sinto vontade de passar a tarde tendo você, o Salomão disse que só posso ter você depois de três meses do parto, porque sou muito grande e pesado. Vai ificar tudo bem. Calton a segurou firme, tentando convencer-se de que tudo iria ficar bem. Olena negou com a cabeça, ainda tremendo. — Não foi sua culpa — ele repetiu. — Nunca mais vou deixar você sozinha com um médico que não seja Salomão ou Callebe. Mas ia ma.tar o médico, só não o fez ali, porque não podia com testemunhas, mas ia matá-lo.
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