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A forma de dizer eu te amo

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Blurb

Baseado em fatos reais .

A trágica história de Pietra e Stefanny é palco para essa trama cheia de se sentimento e reviravoltas.

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Vida Nova
Capitulo um A minha vida inteira eu passei tendo uma visão errada sobre o que era amor. Achava que tudo era um sacrifício maior do que realmente era. Algo sempre morno ou frio, nunca um meio termo ou mais do que aquilo. Então, naturalmente foi como se eu tivesse me blindado e tudo e qualquer pessoa não tivesse nenhum tipo de controle sobre a minha pessoa. Ninguém mandava em meu coração, ninguém. Além de mim. Confesso que foi muito solitário e que talvez eu não me lembre da onde surgiu tudo isso. Mas cada vez que alguem falava sobre sentimentos para mim era como se eu automaticamente já mudasse por completo. Sendo sincera, eu não acreditava que alguem pudesse me amar pelo que eu sou. Amar meus defeitos, amar minhas qualidades. Meus medos, meus traumas. Me parece muito sem sentido. ... "A garota de 20 anos de idade que estava desaparecida desda da última quarta-feira, foi encontrada ontem a noite sem vida. A cidade inteira está comovida com o esse terrível caso e a polícia já tem dois suspeitos presos para a investigação e julgamento." No próximo bloco do jornal da tarde, iremos trazer mais notícias sobre o caso " O som da televisão parecia esmagar o meu coração a cada palavra dita. Eu só conseguia chorar e mais nada. Tudo parecia perdido. Era o fim. Tudo era o fim, de certa maneira. - Filha, você não vai no enterro?! - Eu não sei se eu consigo. A culpa é toda minha ! - Você não pode ficar assim , meu amor! Não se culpe desse jeito. É injusto. - A vida não é justa, mãe! ...... 1 ano atrás : Nunca consegui destinguir o que seria a minha vida em sí, sou uma garota de vinte anos, cursando a faculdade de engenharia, lesbíca assumida, emprego fixo e ótimos amigos mas, ainda sim, parecia que faltava algo para que eu fosse feliz por completa. Porém, ainda não descobri o que é, talvez seja só carencia ou mesmo a falta de alguém que "estranhamente" ainda nem conheci. Isso agora não me importa muito,tenho outros assuntos para me preocupar agora: Daqui duas horas estarei em uma cidade nova. Meus pais estão se mudando para o Rio de janeiro. Não estou muito contente, eu detesto praia, detesto sol, detesto aquele povo falando estranho. Credo! Pelo menos convenci meus pais de deixarem meu melhor amigo ir morar conosco; só assim para que essa mudança não seja um total desastre. Uma cidade completamente diferente com a que eu estou habituada, é algo que me deixe em pânico só de pensar mas eu jamais teria uma escolha de ficar aqui em São Paulo, meus pais jamais me deixariam para trás desse jeito, disso eu tenho total certeza. Alan tenta ao máximo passar pela porta com cinco malas enormes. Com certeza ele deu um jeito de trazer absolutamente tudo. Sem que deixasse nada para trás. Diferente de mim, Alan demonstrava estar muito afim de sair dali e desbravar todo um nome mundo, quase como uma necessidade. Seus pais eram o que eu chamava de " Não servem pra isso" então eu entendia a euforia dele de sair dali. Ao contrário dos meus pais, os de Alan eram um tanto s*******o. Só davam atenção para a irmã mais nova deles e esqueciam completamente do outro filho. Como se ele fosse invisível. Como se ele não existisse e eu sei que por muitos momentos, ele preferia realmente não existir. Eu sei o quanto era difícil tanto quanto o último término dele. - Oi, e aí? - ele disse- Trouxe todas as malas, já. To muito ansioso para irmos. - Eu só estou melhor porque você vai estar junto, Alan - Respondo com cara de chateada. - Não queria me mudar para o Rio de Janeiro. - Eu sei que esse lance de mudança é chato! Mas fizemos um pacto que sempre estariamos juntos e aqui estou eu . Vai ser bom para nós! Vamos... Vai ser legal, Pi. - É, vai sim! - Afirmei, abraçando Alan. - Talvez sem você isso tudo fosse ainda mais chato. Então obrigada por tudo. - Eu sempre estarei com você, pra tudo. Ele é meu melhor amigo desde que tinhamos 10 anos de idade, foi para ele que contei que era lesbica pela primeira vez. Conhecendo ele bem, sei que está tirando forças da onde não tem para poder me manter empolgada com tudo aquilo. Alan era aquele tipo de pessoa que abraça o mundo se puder, só para não te ver m*l. Ele era gentil, educado, sensível e completamente apaixonado pelas pessoas. O que lhe garantiu um coração partido. É, ele estava bem chateado com isso. Antes dessa mudança eu tinha ou tenho, não sei, várias coisas para resolver. Eu tenho uma namorada a qual nem me lembro direito quando foi a ultima vez que falei um "Eu te amo " sincero para ela. Acho que na real eu ainda não havia encontrado aquela pessoa especial, que faz o coração disparar e às pernas ficarem bambas. Nem sei se isso existe mesmo ou só em contos de fadas,a questão era que, eu não sentia mais nada por ela a muito tempo. As pessoas perdiam sempre a graça para mim. Sempre era aquela coisa chata de ter que ceder as coisas, ceder para agradar ou para ser feliz. E eu não concordava nenhum pouco com aquilo. Para mim, para fluir bem, tudo tinha que ser espontâneo e eu sei que esse tipo de relacionamento não existia. - Meninos, desçam aqui! -Gritou minha mãe, lá da sala. - Já estamos indo, tia Paula - Respondeu Alan, descendo as escada depressa. Ao descermos vimos que meus país já estavam dando a chave da casa para o homem que havia a comprado e então minha mãe me abraçou e começou a perguntar se eu já tinha contado a Sofia sobre a mudança e como ela tinha reagido. E quando eu disse que ainda não tinha contado nada, ela surtou; - Você não tem coração, não?! -perguntou minha mãe com cara de brava - A menina gosta tanto de você, Pietra ! - Aí mãe, ela acha outra ! O que não falta aqui em São Paulo é menina. -Respondi, revirando os olhos. - Eu não te criei assim, Pietra, não é justo com ela. - A vida não é justa, Mãe! - É essa a sua resposta para tudo, você ainda vai aprender com a vida que essas palavras têm um peso enorme. - Concordo, Pietra - Disse Alan, ele sempre concorda com tudo o que minha mãe diz - Eu mando uma mensagem pra ela. - disse pegando o celular e mandando uma mensagem para Sofia. "Estou indo embora para o Rio de janeiro, espero que entenda. Foi muito bom o tempo que passamos juntas. Beijos! Pietra" - Pronto, satisfeitos?! - Bem melhor! - Respondeu minha mãe. - Ainda não é o indicado mas ainda sim, bem melhor. - Não entendo o motivo pela qual eu teria que dar satisfação para uma pessoa que eu só estava conhecendo, mas não irei discutir. - Isso se chama responsabilidade afetiva, você causou algo naquela garota, então minha filha, seja responsável por isso. - Minha mãe dizia, cruzando os braços - E o mais importante, não seja b****a. Já tem pessoas demais sendo, por aí. Meu pai sem ter ouvido nada da conversa entrou na sala com aquela cara de felicidade exalando, com um entusiasmo de dar inveja. - Bom família, chegou a hora! As malas já estão no carro, então vamos dar xau para a casa. - É sério isso? - Resmunguei. - Partiu Rio de janeiro! - Gritou Alan e minha mãe, juntos. Eles estavam muito mais felizes do que eu. Era muito visível isso. Apesar de tudo, a minha falta de ânimo com tudo sempre foi muito aparente mesmo eu não sabendo muito o porque. Pelo jeito, eu era a única que estava odiando a ideia de nós mudarmos. Eu amava São Paulo! Amava as ruas grafitadas, os cantores de rap, os bares na Augusta. O jeito com que os paulistanos se vestiam. Amava fazer parte daquilo tudo. Principalmente pelas pessoas com quem eu me relacionava, sem precisar ter aquela dor de cabeça de namorar. Os paulistas gostam de curtir sem o tal de romance, lógico que não são todos mas sua grande maioria. Como dizia Criolo : Não existe amor em SP. ... Um labirinto místico Onde os grafites gritam Não dá pra descrever Numa linda frase De um postal tão doce Cuidado com doce São Paulo é um buquê Buquês são flores mortas Num lindo arranjo Arranjo lindo feito pra você Não existe amor em SP!! Talvez não mesmo.

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