Episódio 6

1156 Words
Ele me levanta um pouco e com uma mão acaricia as minhas nádegas enormes cheias de farinha. É muito bom, essa sensação escorregadia da farinha na minha pele e das suas mãos fortes e determinadas. Com a mesma mão, agora branca na palma, ele toca o meu rosto com força. Não é um tapa, mas ele acerta suavemente e preenche a minha cara de farinha. Com a sua voz gentil, agora um pouco mais rouca que antes, ele me fala: você gosta de brincar, certo? Olho para ele como se quisesse beijá-lo, mas não é isso que eu quero. Estou mentindo, eu sei exatamente o que eu quero. Estou muito molhada e não quero que ele perceba. Eu escapo. Me afasto um pouco. Eu tiro os meus óculos e tiro um pouco de farinha do meu rosto enquanto com a outra mão retiro um pouco a calcinha que ele habilmente enfiou entre as minhas nádegas. — Bem, é hora de ir. Como eu te disse, eu só queria que você ficasse bem. Olívia. Eu não tinha dito a ele o meu nome, ou seja, o nome que uso aqui, mas, eu sabia que o meu avental não estava bordado. Mas, não me atrevo a perguntar como ele sabe. Ele limpa o rosto e o peito com um pano úmido e coloca novamente o seu moletom. — Bem, parece que no final eu me sujei. E parece que você também. Ele diz olhando para mim da cintura para baixo. — Deixe-me terminar o meu trabalho. Eu digo, fingindo aborrecimento, apertando as mãos. Voltei e fui até a pia para lavar as mãos e o rosto. Sinto-me estúp*ida por ter sido ambivalente e por ter me molhado tão rápido. Tenho certeza que ele percebeu. — Eu estava apenas cuidando de você. Denton é um lugar tranquilo, mas nunca é demais ficar de olho aberto. E você sabe, uma garota nova e linda como você, sempre chama a atenção. Adeus, ruiva. Ele me diz enquanto vai até a porta da frente para sair — Não preciso que ninguém cuide de mim. E você não pode sair por aí. A porta está trancada. Digo, gaguejando. — Bem, parece que não. Ele responde, abrindo-a como se nada tivesse acontecido. — Mark. Repito o nome dele num sussurro frágil. — Imb*ecil. Digo um pouco mais alto agora, como se quisesse que ele ouvisse, mas ele não pode me ouvir, ele já se foi. Ao longe, vejo como a sua caminhonete começa a se mover e se perde na avenida até que ela se torne um ponto invisível. ..... O evento correu maravilhosamente. Foi um dia agitado, mas conseguimos fazer as entregas, e o cliente ficou mais que satisfeito com os nossos preparativos para sua festa. Lilly está de bom humor, nos parabeniza e nos paga pelas horas extras, mas avisa que um erro como o do dia anterior não se repetir. Concordamos com prazer. Nesse dia tenho que servir no balcão. O sino da loja toca e Mark está lá novamente. Estou petrificada. Em êxtase. Não é o medo que me faz ficar assim. É uma sensação para a qual não há nome. Eu realmente queria vê-lo em outras circunstâncias além da noite passada na cozinha. Conversar como duas pessoas normais. Talvez seja assim que faremos agora. Mas não. Ele não é assim. Não é normal. A primeira coisa que ele faz antes de me cumprimentar é olhar para cada um dos bolos na bancada, como se fossem pequenas obras de arte. De repente ele joga o corpo por cima do balcão e sem me perguntar come um enorme profiterole de chocolate. Ele olha para ele com curiosidade, como se nunca tivesse visto um, e com uma mordida ele o come, como um bárbaro que estava com muita fome. Ele não mastiga, engole inteiro. Não posso parar de pensar em cobras quando elas engolem as suas presas. Depois da sua admiração pelas formas e cores das sobremesas este ato parece contraditório. Sou sutil e áspero, sou terno e sou uma fera, tudo ao mesmo tempo. Ele parece querer me contar tudo isso, com o seu desempenho. Não sei se ele quer flertar comigo, me intimidar, me assustar, me impressionar, ou tudo isso ao mesmo tempo. — Você estava com fome, não estava? É a única coisa que consigo pensar em dizer a ele. — Sempre. “Sou insaciável”. Ele me diz ao sair. Estou prestes a reclamar com ele que ele não me pagou pelo profiterole de chocolate. Mas sei que o verei novamente em breve e que ele me pagará, e que tenho certeza que sairá com outra surpresa. Fico rindo sozinho do que ele acabou de fazer. Larissa sai da cozinha e percebe a minha risada. Ela me pergunta se eu quero ir tomar um drink com ela para comemorar e desestressar. Respondo que só quero descansar, que terminei tarde demais ontem à noite e m*al dormi. — Fui dormir às três horas da manhã. Ele começa a rir. Eu não entendo. Será que ele viu Mark? — E essa risadinha? Eu pergunto para ela. — Vejo que a madrugada não foi cansativa, só por causa do trabalho, não é? — Não entendo a que você está se referindo. Ela pega o celular e procura uma foto. — Graças a Deus cheguei lá primeiro e limpei as evidências. Ela disse num tom sarcástico. Ele me mostra uma foto do balcão enfarinhado com a silhueta das minhas nádegas marcadas ali quase tão claramente como se fosse uma fotocópia. Fico vermelha como um pêssego. — Uau, você tem uma bu&nda bem redonda. Eu espero que você tenha conseguido se dar bem. Ela diz, rindo. — Mas como você sabe o que… Tento perguntar a ela. — Amiga, você não precisa ser um Sherlock Holmes para saber que aqueleas impressões são das nádegas. E qualquer especialista saberia que, entre aqueles que trabalham aqui, obviamente elas são suas. Ela me diz sedutoramente levantando o meu avental. — Alguém mais viu isso? Pergunto, admitindo a minha culpa. — Não só eu. Não precisa se preocupar. Vamos tomar um coquetel no terraço de um bar aqui perto e você me conta tudo. .... Uma vez sentado à mesa, conto a Larissa sobre a visita misteriosa. Ela acha a história fascinante. — Eu gostaria de um assim para mim. Ela me diz. — A verdade é que tive muito medo. Embora não tenha terminado em nada ru*im, por um momento pensei que não estaria viva hoje para contar essa história. — Eu mataria por alguém assim, misterioso, musculoso, sombrio. — Bom, mas, ele não fez o trabalho completo. Pelo menos você Stephen terminam o que começam. Eu digo, dando-lhe a entender que o meu visitante me abandonou molhada e enfarinhada. Ganhamos confiança muito rapidamente. É como se fôssemos duas boas amigas do ensino médio que se reencontram sem terem perdido o frescor de sua amizade.
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