Capítulo 13 – O que não se solta

1077 Words

Luna Naquela manhã, acordei com os olhos pesados e a cabeça a mil. Não tinha dormido direito. As palavras de Pedro ainda ecoavam na minha mente: “Não se perde, Luna.” Mas como não se perder… quando eu já tava afundando? Saí de casa mais cedo, tentando ocupar a mente com o caminho até a ONG, os passos firmes, o som do meu tênis batendo no concreto rachado das vielas. O morro ainda acordava. As luzes dos barracos piscavam como olhos sonolentos. Os cheiros de fritura e fumaça já começavam a se misturar no ar. E, como sempre, eu olhei pros lados. Buscando. Ou me protegendo. Ou as duas coisas. Mas ele não tava lá. Não que eu pudesse ver. Quando cheguei na ONG, Pedro já estava organizando as cadeiras. Me deu um olhar rápido, mas não disse nada. Ele já tinha falado o suficiente.

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