Morro do Alemão Preza ao Dono

Capítulo 4

Hades narrando

2 meses depois

Passo a mão pelo meu rosto suado, dois meses já preço nesse c*****o, dois meses que eu já tinha passado naquele inferno chamado Bangu. Mas, no fundo, estava em casa. Como meu vulgo diz eu era o rei ali dentro. Podia estar preso, mas mandava mais do que muito cara solto.

Eu estou sentado nessa p***a de cama dura, falando com Tito. Resolvendo umas paradas que eu quero colocar aqui para vender.

— Alô mano? Seguinte c*****o, preciso que você resolva um negócio pra mim... e rápido. – Digo

— Fala, meu irmão. O que tá pegando?

— Preciso que tu arrume, uma mula p***a to precisando de mercadoria para colocar na mão dos moleques aqui, pessoa entrar com a encomenda na visita íntima. Tem que ser alguém de confiança

— Isso pode dar r**m, Hades. Segurança tá reforçada, tão de olho nas visitas...

— Problema seu! Eu preciso dessa droga aqui dentro. Sem ela, não tem grana girando, entendeu? E se o dinheiro não gira, cês ficam na merda aí fora também!

— Tá bom, tá bom. Já tenho alguém em mente. Mas precisa dos papéis pra entrada no presídio. Como eu faço isso?

— Você agiliza. Arranja um documento, fala com p***a do Advogado, para agilizar essa parada para ontem. paga quem tiver que pagar. Mas isso tem que ser pra ontem!

— Beleza, deixa comigo. Só preciso de uns dias... – Diz

— Dias? Tá me tirando? No máximo até a próxima visita. Se não, pode começar a cavar sua própria cova. – Falo puto

— Entendido, vou resolver isso. – Fala

— Assim que eu gosto. Me dá um retorno quando tiver tudo certo. E lembra: sem falhas.

Antes que ele desligasse, eu lembrei da conta da dona Selma.

— E aí, Tito… Dona Selma já quitou a dívida dela? – Pergunto

— Mano, ela pagou três mil. Pedio um prazo de dois meses pra quitar o resto. – Diz e eu tenho vontade de rir

solto uma risada seca, sem humor.

— Dois meses? Que p***a é essa, Tito? Tô parecendo banco agora? Não tem acordo. Se ela não tem o dinheiro, então que mande a filha dela pra visita… e que traga a mercadoria.

— Hades, na moral… você sabe que eu tô no corre contigo sempre. Mas a Daiana, mano… ela não vai. Ela é a minha mina. p***a.

Um sorriso lento e sinistro se desenhou nos meus lábios.

— E a tal sobrinha. – Pergunto.

— Que sobrinha, Hades? – Pergunta dando uma de doida, mais esse p***a esquece que eu sou o dono do hospício.

— A que vocês trouxeram, Tito. Não foi pra isso que foi o dinheiro? Pra trazer a menina? Então ela que venha. Ou dona Selma vai ser cobrada… do jeito que você sabe. – Digo

Desligo telefone antes que esses merdinhas. dos carcereiros apareça e leve o meu telefone, olho para o teto da cela. Eu sei que o jogo ali dentro depende da droga chegar, e eu não posso me dar ao luxo de falhar.

Hades estava encostado na parede mofada da cela, encarando o telefone que não tocava há dois dias, p***a tito tem que não mim dar sinal c*****o. Eu não gostava de esperar, e ele sabia disso. Já começava a se perguntar se esse arrombado tinha esquecido dele.

Mas então, o telefone tocou.

— Até que enfim, c*****o! — Atendo, já com a voz cheia de impaciência. — Dois dias sem dar notícia, achei que tinha morrido. – Ironizo.

Do outro lado da linha, Tito riu, quero ver a piada para esse p*u no cu da risada.

— Tava resolvendo teus bagulhos p***a. Mas já tá tudo certo. Consegui a mina pra visita de sábado.

arqueio a sobrancelha, desconfiado.

— Quem é? Alguma das putas que eu já comi? – Pergunto

— Que nada, parceiro. É a sobrinha da dona Selma.

Por um momento fico em silêncio, pensando que p***a é essa, ai que lembro da grana, para trazer essa mina para ca.

— A sobrinha da dona Selma? — repito, sem acreditar. — Como assim, p***a?

— A dona Selma não tinha a grana que faltava dos cinco mil. Eu ia fazer a cobrança, mas a mina não deixou a tia pagar. Se meteo no meio. Aí, fiz a proposta... e ela aceitou.

Hades soltou uma risada seca.

— Pra salvar a tia, né? – Pergunto

— Exato — confirmou Tito, satisfeito.

Fico em silêncio por um instante, digerindo a informação.

— Bom, desde que ela traga a parada e faça direito o serviço, pra mim tá suave. Tito riu de novo.

— Relaxa, parceiro. Sábado vai ser um bom dia pra tu. – Diz e eu desligo so espero que essa mina. Num seja feio mas se for, meto um saco na cabeça e já era depois nem quero papo. Agora eu só precisava esperar.

Sábado as paradas estariam aqui e eu ia da aquela esvaziada gostosinha no meu saco

Eu fico pensando como é essa mina, tenho certeza, quer o Tito ta me enviando esses Dragão, eu acabo com a raça dele quero so ver. Pior que esqueci de pergunta como essa mina é

Ele sabe que sou exigente com as minas que eu como e por isso so pego as melhores pois grana para isso eu tenho.

Eu vou matar quem mim jogou aqui dentro, vou descobrir quem armou essa troia e vou assar esse filho da p**a no espeto quando eu sair daqui isso é a parada mais certa que tem.

Ainda bem que o filho da p**a do tito ta segurando as pontas la que eu mim seguro aqui.

Mais ali eles não iam me passar agora, esses arrombados precisam de mim vivo porque morto eu não valia nada naquele momento.

Eo pior disso tudo, foi que eu nunca apanhei, tanto na minha vida e ainda teve que ficar pianinho. Para sobreviver. Ficava quieto, de cabeça baixa, mas guardando tudo. Cada tapa, cada pisão, cada risada escrota que ouvia enquanto cuspia sangue no chão. E, principalmente, cada rosto.

Cada filho da p**a que encostou a mão em mim ia pagar. E não ia ser na mesma moeda. Ia ser com juros.

O tempo na cadeia era longo. E eu sabia esperar. Saio dos meus pensamentos com o celular vibrando. Quando vejo é uma mensagem da v***a da vanessa.

Parabéns, Hades. Você venceu. Vou te visitar nesse presídio imundo. – Diz e eu riu

— Não precisa vir pra lugar nenhum. Já tem quem faça teu trabalho. – Respondo seco

— Cê ainda tá nessa? – Pergunta - Essa v***a pensa que eu mim esquece.

— Eu já disse que você não vai ver mais um centavo meu. – Mando o papo reto

— Eu tô precisando de grana. – Fala como se eu me importasse

— Então vai se vender pros vapores. Eu não vou dar p***a nenhuma pra você.