Rato narrando O cheiro de óleo e cigarro velho impregnava o galpão. As luzes fracas tremeluziam no teto de zinco, e o calor grudava na pele. Eu tava com a mão suada, mas o coração batia num ritmo que eu não sentia fazia tempo. Tipo quando o jogo começa a virar. Encosto no pilar de concreto, soltei a frase quase num sussurro: — É isso, mano… começo. A queda do Hades tá na pista. V3, que mexia no rádio comunicador, levantou a cabeça. — Não canta vitória ainda vamo derrubar primeiro depois a gente comemora? Antes que eu respondesse, a porta de ferro se abriu com um rangido. E o Playboy entro. Com aquela postura de quem se acha o dono do mundo, mesmo sabendo que o mundo quer engolir ele vivo. — Relaxa — disse ele, já jogando o boné em cima da mesa. — Eu armei tudo direitinho. Só não me

