Pesadelo narrando Eu acendo o cigarro com a calma de quem já mandou muita gente pro inferno. A fumaça dançava no ar, mas os meus olhos estavam fixos no horizonte. O meu celular vibra no bolso, mas eu ignoro. Quando finalmente atendo, a voz do outro lado veio trêmula. — E aí, Pesadelo...? Eu solto a fumaça devagar antes de responder, a minha voz rouca e carregada de raiva contida: — Tava ocupado... — fiz uma pausa, como se saboreasse cada palavra. — Cuidando do filho da p**a do Rato. Aquele verme traiu a facção e acho que ia passar batido. Mas hoje... hoje não passa. Outro trago. Silêncio mortal. — Já botei tudo no esquema. Agora é hora de resolver outra parada. To indo para o Alemão. Eu jogo a bituca no chão e piso com força, como se fosse a cabeça de mais um traidor. — Vou até o

