Prólogo
- Você é um o****o Ronivon Aguiar, e eu te odeio!
Deixei escapar uma risadinha cínica.
- Eu que deveria te odiar, Rebecca. Foi você que me traiu.
Joguei mais uma mala no corredor do meu apartamento e parei na porta de braços cruzados no peito dizendo claramente que ela não devia tentar entrar.
- Você resolveu trepar com seu personal trainer, agora vão os dois se f***r bem longe de mim.
Ela pegou uma mala e riu na minha.
- Já você meu amor, não trepava tanto por isso tive que procurar minhas melhoras.
Soltei um gargalhada.
- Eu não trepava? Não trepava com você querida, por que eu não aguento mais essa sua cara cínica.
Ela avançou pra cima de mim eu me desviei calmamente.
- Sem agressão Rebecca, nunca bati em mulher, apenas suma da minha casa e me dê o prazer de nunca mais olhar na sua cara.
Ela pegou a mala e me olhou de alto a baixo com desdém.
- Fique ai eu i****a, eu vou cuidar da minha vida!
- Já vai tarde.
E bati a porta com força.
- p***a!
Chutei a primeira cadeira que vi na frente.
- p***a!
Mais uma merda de relacionamento que ia para os ares. Era o terceiro? Quarto? Décimo? Não importava. Para mim era o último.
- Basta Rony! Chega de tentar, chega de mulheres fúteis, chega de tudo!
Me dirigi ao bar e peguei uma garrafa de vodca. Era uma boa forma de entorpecer meu cérebro e esquecer que a mulher que eu estava tentando criar uma família tinha me traído sem remorsos. A p**a ainda teve a cara de p*u de me propor um relacionamento aberto, depois de ter aberto as pernas para o personal dela.
- Vai Rebecca dos infernos, vai pra p**a que te pariu, eu vou ficar bem.
Eu nem amava aquela falsa. Eu só quis tentar mais uma vez e achei que uma mulher mais velha, madura e bem resolvida seria a pessoa certa para formar uma família. Não foi dessa vez.
Minha busca estava chegando ao fim. Eu já tinha apostado em uma professora, uma modelo, uma garota de programa, uma doméstica e todas me provaram que alguma coisa estava errada, ou com elas ou comigo.
Devia ser comigo. Eu era um romântico disfarçado de comedor de bucetas e talvez as mulheres não gostassem de homem romântico. Ou será que era meu p*u que era muito grande e acabava assustando as mulheres? Não as mulheres gostavam de homem de p*u grande. A desgraçada da Rebecca gozou até cansar e dizia que meu p*u a fazia ver estrelas, mesmo assim ela me traiu. Filha. De. Uma. p**a!
Virei a garrafa de vodca e de um único gole a deixei pela metade, tossindo e limpando os olhos cheios de lágrimas.
Meu celular tocou e eu vi o nome do meu irmão no visor.
Atendi de má vontade.
- O que foi Nico?
- Vixe, que m*l humor é esse Ronivon?
Cai no sofá.
- Ronivon é a mãe, o que você quer?
- Minha mãe é a mesma sua, eu quero sair pra beber, A Luciana assinou o divórcio.
Ri baixinho da nossa desgraça.
- Eu peguei a Rebecca trepando com outro cara.
Ele ficou em silencio um instante.
- E ai?
- E ai nada. Joguei a p**a na rua e estou solteiro de novo.
- Está triste irmão?
Virei mais um gole.
- Estou é irado e vou descontar na bebida, vamos sair e encher a cara.
- Onde?
Olhei o relógio.
- No bar do Hugo. Lá é bom porque o puteiro é bem no fundo, é beber e pegar uma gostosa e trepar até cansar.
- Eu não quero trepar com ninguém, acabei de me livrar de uma mulher.
- Por isso mesmo. Vai um a e vem dez. Ronivon Aguiar entra em ação de novo.
- Meu Deus, é agora que nosso pai te mata. Ele estava comemorando que você estava quase casado.
Levantei do sofá decidido.
- Não foi dessa vez, Tony velho está de volta e as mulheres que se cuidem, eu não vou me apaixonar por nenhuma, nem que apareça uma ovelha desgarrada pedindo proteção.
- Calma taradão, vai devagar.
- Eu vou passar o rodo. Não quero saber de amorzinho e nem problema, agora é sexo e sexo.
Desliguei o celular e fui para o meu quarto. Aquela noite era a minha libertação do sonho de me casar e formar uma família. Eu não fui feito para aquela vida. Eu morreria solteiro.