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A mentira sobre o amor

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Blurb

Helena aos vinte e cinco anos, com sua carreira de fotógrafa alcançando voou se surpreende com a presença de um câncer que lhe tira a esperança de ser feliz.Decidida a esconder de sua família e determinada a viver tudo de bom que a vida lhe oferece, ela resolve construir em tão pouco tempo de vida uma família que sonhou e não teve tempo de construir...Para isso, Helena contrata um gigolo que está disposto a fingir ser seu namorado, noivo e marido. Para assim ela experimentar todas as sensações de ser mulher além de ser alguém que está prestes a morrer.Porém, o que é apenas uma mentira, vai tomando proporções inesperadas e o amor que foi inventado por ela começa a se manifestar a mais doce verdade de seus últimos dias!

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A primeira fotografia
Eu poderia escrever aqui a história de como morri, mas por alguma razão escolhi escrever a mentira de uma vida que jamais vivi... ... ___ Helena! (A voz do locutor que narrava o evento de fotografias me chamou em cima do palco) Minha mãe segurou firme em minhas mãos. Eu podia ver o brilho em seus olhos azuis, aqueles olhos que tanto me deram força para não desistir dos meus sonhos de menina! Segurei a barra do meu vestido, só aquele momento entendi o significado de "para ser bonita tem que haver sacrifícios" dizia sempre meu irmão caçula. Ele me arrumou para essa noite especial e de certa forma tinha razão em me dizer sobre aquilo, pois a beleza custava minha paciência, já que eu nunca fui uma mulher exageradamente feminina, nunca gostei de maquiagem e de roupas sofisticadas. Eu apreciavam tudo simples, que não me impedisse de andar com segurança como aquele vestido longo que meu irmão fez questão de alugar para mim usar na ocasião... Subi no palco com a ajuda de um segurança e os aplausos fizeram meu coração bater na boca. Eu esperei quatro anos por aquele momento, a exposição "Fotos com magia" era um evento mundial, que trazia os melhores fotógrafos, que venceram concursos em diversas categorias. E havia válido todo os esforço, todas as noites m*l dormidas para realizar esse sonho! Eu era a mais jovem fotógrafa brasileira a alcançar o título que melhor fotografia do ano. E que ano! Pois havia descoberto um câncer no ovário e havia mudado radicalmente minha rotina de trabalho por esse "inimigo" invisível que havia chegado no melhor momento da minha vida! Tive que adaptar minha vida toda, desde o diagnóstico do câncer até o momento em que recebi a notícia sobre o resultado do concurso de fotografia. Foram duas emoções distintas que me fizeram ir ao céu e ao inferno. Sabia que não seria nada fácil percorrer o caminho da incerteza, do medo e da culpa... Um filme se passava em minha mente e me fazia ver o quanto havia lutado apenas por coisas matérias a minha vida toda... Como se ter vinte e cinco fosse viver uma eternidade sem propósito algum... Comecei a refletir sobre as minhas escolhas depois que o câncer se tornou meu companheiro mais indesejável... ___ Qual é a sensação de ser a primeira mulher brasileira a conquistar esse nobre título de melhor fotografia! Era uma pergunta que eu responderia facilmente, havia me preparado para isso, mas eu estava tão preocupada com minha doença progredindo a cada mês que nada mais fazia sentido... Aquela conquista não passava de uma ilusão da qual idealizei no momento em que achava que viveria "para sempre" ___ Estou feliz! Essa foi a primeira mentira, mentir para você mesmo é pior que enganar os outros... Porque você tem consciência de que está sendo hipócrita o bastante para ver sua ignorância! "Estou feliz" foi o marco das sucessões de mentiras que estavam por vir após aquele dia de "glamour"... ... Fomos jantar após o evento em um restaurante de luxo, minha mãe fazia questão de comemorar meu sucesso profissional... Ela dizia as suas amigas que eu havia nascido para "brilhar"... Os elogios de minha mãe sempre eram recheados de exagero, era coisa de mãe, mas acabava me deixando sem graça: ___ Agora que já está realizada profissionalmente pode se concentrar em arrumar um marido e me dar netos! (Disse dona Ivone) Ajeitei meu decote que estava chamando a atenção dos homens ao redor. Aquele vestido longo e de pouco tecido no peito me dava nos nervos e Alan ria baixinho da minha notável irritação: ___ A senhora tem tudo bem planejado! (Eu disse a ela) ___ Helena, mamãe até já escolheu os nomes dos bebês! (Disse Alan rindo) Olhei com desconfiança para minha mãe que sorria satisfeita. Não era segredo algum sua ansiedade para ter netos, já que ela havia se decepcionado com meu irmão ao descobrir sua homossexualidade precoce. Eu era sua única esperança para ver sua descendência não ser extinta da terra. Além de ser uma viúva que negava a possibilidade de se casar novamente ela se dava ao trabalho de fazer planos por nós seus filhos... ___ Não quero filhos agora! (Falei sorrindo) ___ Claro que não! Primeiro você precisa de um homem! Como acha que virá o bebê? Você é uma galinha chocadeira? (Disse Alan com tom de deboche e zombaria) ___ Alan! Disse minha mãe o repreendendo. Eu olhei para minha mãe e vi a tristeza em seus lindos olhos azuis. Que inveja eu tinha desses olhos! Apenas Alan havia herdado tamanha beleza: ___ Mamãe não fique assim! Eu prometo que quando tudo estiver em ordem irei te dar a alegria de ser avó! (Falei acariciando seus cabelos brancos) Ela me olhou com desconfiança: ___ O que precisa ainda? Você já tem sua casa própria, seu carro, seu emprego dos sonhos, dinheiro sobrando... O que te falta filha? ___ Falta o homem mamãe! (Disse Alan provocando novamente) ___ Você deu tanto valor a coisas materiais e o essencial Helena a família ficou de lado! (Ela disse com lágrimas nos olhos) Aquilo me doeu na alma, muito mais quando há um ano havia recebido a notícia do câncer. Eu escondia de todos as sessões de quimioterapia, fazia em outra cidade para não levantar suspeitas e como podia ter folga, procurava ficar longe de casa e da família por pelo menos três dias até me recuperar da quimio. Aquele momento me deu uma vontade de chorar boa braços de minha mãe e contar a ela sobre o câncer... Eu tinha certeza que teria consolo em seus braços... Mas de toda forma a deixaria ainda mais triste... Para ela eu era uma garota saudável, cheia de vida que poderia se casar e ter filhos... A verdade era que eu estava morrendo por culpa de um câncer incurável que jamais me deixaria ter filhos... Alan que percebeu a tensão daquele assunto resolveu mudar o foco e eu o agradeci com o olhar: ___ Estão vendo aquele homem? Ele disse apontando o dedo em direção ao bar, havia um homem muito bem vestido, com terno fino, usava gravada, segurava uma taça de bebida na mão esquerda: ___ Ele é um gigolo! (Revelou Alan) ___ Ele é um o que? (Perguntou mamãe com notável surpresa) ___ Um gigolo mamãe! Homens que se prostituem! (Explicou Alan) Eu já sabia sobre isso, mas nossa mãe era a típica mulher conservadora, criada por uma mãe devota a religião católica que nem andar sozinha na rua podia. Mamãe não nos criou nos mesmos moldes de sua infância, mas não abriu mão de muitos principios e valores... ___ Que horror! (Ela disse escandalizando com o que ouvia de Alan) ___ É um trabalho como qualquer outro! (Insistia Alan) ___ Trabalho? (Minha mãe disse horrorizada) ___ Sim! Aquela mulher elegante, contratou ele por um dia, uma semana, talvez até meses para ser sua companhia... Não é apenas sobre se@xo mamãe! Esses homens acabam suprindo a vazio que algumas mulheres sentem... mesmo as casadas, sentem a necessidade de uma companhia assim! (Disse Alan concluindo sua explicação) Eu fiquei cativada pelas palavras de meu irmão e ao mesmo tempo observava todos os movimentos daquele homem com sua cliente. Ele era extremamente atencioso, lhe serviu uma bebida, lhe ofereceu a cadeira para que ela se sentasse e conversava amigavelmente como se fossem uma invejável casal. Aquila cena de certa forma foi perdendo a atenção de tal modo que fiquei hipnotizada com o que via, mas fui desperta por minha mãe: ___ Esse mundo está perdido, as pessoas perderam a noção das coisas! (Ela disse revoltada) ___ Não mamãe! (Eu disse) ___ As pessoas que estão perdidas em tanto sofrimento e buscam esconder suas feridas... Não julgue se não conhece onde dói... (Falei com meu coração se apertando de angústia)

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