Vocês chegam no escritório, depois de terem passado por um corredor que tinha paredes acinzentadas e mais alguns quadros de pinturas famosas.
Em relação ao escritório, ele era muito sofisticado, ou talvez até mesmo futurista. As paredes também eram acinzentadas, mas tinha visores no teto que poderiam ser luzes e mais um chão que tinha brilhos estilo Matrix. A mesa e a cadeira eram bem sofisticadas, onde a cor era preta para cada uma, além de parecer ser flutuante, mas não era. Aquela era a escrivaninha de Hinata e havia duas ao lado. Poderia ser a sua e a outra era de mais uma pessoa.
No meio do chão, havia um tapete que tinha o desenho de um ideograma que seria "sucesso". As paredes tinham quadros, mas em uma delas havia uma prateleira com livros que aparentavam ser novos.
— Aquela é a sua escrivaninha. — Disse Hinata, apontando para aquela que estava longe da dela. Tinha uma escrivaninha depois da sua.
Você não trouxe nada consigo, nem mochila, nem marmita, nem nada do tipo. No entanto, Hinata larga as suas coisas na sua escrivaninha, enquanto você vai até a sua.
A empresária vai até a sua mesa e fala para você se sentar, enquanto ela liga o seu computador. No entanto, quando ela fazia isso, o seu relógio começa a emitir um alarme.
Hinata suspira e fala:
— A-21, o que houve? — Hinata coloca o relógio quase perto de sua boca. Estava com as mãos na sua escrivaninha e o corpo encurvado para a frente.
— Senhora Suzuki, desculpe atrapalhar o seu expediente, mas tem uma situação na qual você não vai gostar.
— O que é?
— Parece que o Paladino está atacando a zona leste de Tóquio novamente.
Hinata soqueia a sua escrivaninha.
— Esse cara não sabe quando parar. — Disse Hinata.
— Quem é o Paladino? — Você indaga.
— É um inimigo que eu tenho. Ele consegue fundir a sua energia vital com as armas e faz com que ele consiga dar poderes à elas. Ele é meio complicado de se enfrentar por ser um ótimo manipulador de magia, mas eu tenho que enfrentá-lo.
— Você vai querer que eu vá com você?
— Não será necessário. — Hinata sorri. — Bem, você vai ter que se virar sozinho, mas se fizer algo errado, não se preocupe. A minha sócia está de férias por agora, mas fique tranquilo. Vou entender que está começando agora. Talvez eu demore umas oito horas para voltar, mas até lá, quero que você almoce ao meio-dia. — Ela lhe dá o seu cartão de crédito. — Pode usar. — Hinata fala a senha do seu cartão. Você fica impressionado em ver como ela confia em você. — Se precisar de alguma coisa, pode me ligar. Tem liberdade disso. Até mais.
Logo, Hinata sai de sua escrivaninha, deixando-o sozinho. Era impossível não ficar olhando para as costas da empresária. Era incrível como ela o encantava de alguma forma.
×××
Seu trabalho não foi fácil. Você teve que ligar toda hora para a Hinata. Talvez tenha sido mais ou menos umas cinco vezes. Quando chegou na sexta, você não quis ligar mais por receio.
Você tinha o Paladino em mente. Queria saber quem ele era. Pelo que você entendeu, ele consegue fundir magia com as suas armas, além de possuir capacidades acima da média. Talvez ele fosse mais forte do que Hinata ou estaria em seu nível, se fosse deduzir isso.
Já era meio-dia e como foi ordenado, Hinata falou para você sair neste horário e foi o que você fez. Decidiu sair do prédio e assim, seguiu seu caminho. Olhou para o seu redor para encontrar algum ponto de consumo de alimentos e encontrou uma lanchonete que tem logo à frente. Ela tinha uma edificação não muito alta, tinha mais ou menos cinco metros de altura. Era vermelho e você ia adentrá-lo, quando de repente, você sente alguém apontando a arma para si atrás de você.
— Muito bem, pode passar o dinheiro e ninguém se machuca. — Aquela voz era familiar para você. Será que era a mesma pessoa que enfrentou Hinata?
Você ia se virar para trás e escuta ele falar:
— Nem pense em se virar, senão vai ser pior para você!
No entanto, quando você ia colocar a mão no bolso e entregar a carteira que tinha o cartão de Hinata, na qual você se sente m*l por Hinata confiar em si e acabar sendo assaltado, um vácuo era sentido em sua nuca e não sente mais a ponta da arma apontando na sua cabeça.
— Mas… O que aconteceu? — Você indaga.
— Quem fez isso?! — O bandido indaga e ele olha ao redor.
Você se vira, mesmo correndo o risco de perder a vida. Quando o bandido olha para você e vai avançar até si, uma mulher usando um quimono rosa com estampas de flores aparece na sua frente, apontando uma espada para o bandido.
— Muito bem, é melhor você sair daqui e ninguém se machuca. — Disse a mulher.
O bandido olha para a mulher e faz uma expressão debochada. Era como se não tivesse medo do que viria acontecer com ele.
— Uma simples mulher com uma espada não vai me amedrontar. — Disse o bandido.
A mulher, que estava de costas para você, não tem nenhuma reação, mas pétalas de cerejeira aparecem ao seu redor aos poucos. Você olha ao seu redor e se impressiona. O que significava tudo isso? Quando percebeu, o homem estava assustado e saiu correndo. Em seguida, as pétalas teriam sumido.
Ela se vira para você, na qual lhe deixa com o rosto vermelho. Ela tinha os cabelos cinzentos, os olhos prateados e a pele pálida. Aparentava ser velha, mas você via que ela tinha uma aparência jovial.
— Você está bem? — Indaga a mulher, que teria embainhado a sua espada.
— Sim… Mas… Quem é você?
— Meu nome é Yi Nuo.
— Você é… Chinesa?
— Sim, eu sou. E você? É de qual país?
Você fala o seu país de origem e ela parecia impressionada.
— Achei interessante. Bem, você mora aqui por perto? — Indaga Yi Nuo.
— Não. Na verdade, eu trabalho neste prédio. — Você responde, apontando para onde está a empresa de Hinata.
— Interessante… Soube que a empresária também combate o crime.
— O que você é?
— Uma mulher que faz justiça que nem a Hinata, apenas isso.
— Mesmo? — Você arqueia as sobrancelhas.
— Sim. — Yi Nuo sorri. — Venha. Vamos passar naquela lanchonete. Eu pago.
— Mas… Bem…
— O que foi?
— Deixe que eu pago desta vez.
Yi Nuo sorri para você. Teria gostado de sua atitude e assim, ela responde:
— Está bem. Você paga. Vamos lá?
— Vamos.
E assim, vocês estariam atravessando a rua neste exato momento para ir até a lanchonete.