O céu ainda estava alaranjado quando subi até o quarto com um sorriso nos lábios e um bilhete nas mãos. Helena estava terminando de se arrumar após o banho, e só de vê-la com aquele roupão branco, os cabelos ainda úmidos e aquele olhar curioso ao me ver entrar, senti que estava fazendo a coisa certa. — O que é isso? — ela perguntou, sorrindo de canto. — Um convite — respondi, me aproximando e entregando o bilhete em suas mãos. Ela abriu o envelope delicadamente, lendo cada palavra com atenção. Escrevi à mão, como nos velhos tempos, com minha letra um pouco torta, mas carregada de intenção: “Helena, Eu quero recomeçar com você. Quero te tirar do caos, do peso, das dores. Te levar para um lugar onde só exista o som do mar, o calor do sol e o toque da paz. Quero seus sorrisos de volta

