Fiquei ali, de joelhos, como um homem quebrado diante da única salvação que já conheceu. Meus olhos ardiam, as lágrimas já escorriam livremente pelo rosto, molhando meu paletó. Eu tremia. A dor no peito era insuportável — como se a qualquer segundo meu coração fosse parar de bater. — Eu não sei mais o que fazer pra te manter aqui, Helena… — minha voz saiu fraca, quase irreconhecível. — Eu… eu te perdi e ainda assim continuo te amando com tudo que tenho. Com tudo que sou. Você… você é a única coisa que me faz querer ser um homem melhor. Ela permaneceu em silêncio, parada, com os olhos cheios d’água, mas o rosto duro. Eu me aproximei um pouco mais, com as mãos unidas, como quem ora, como quem implora misericórdia: — Você acha que isso aqui… — bati com força no peito, desesperado — …você a

