Sem Armadura

1057 Words

Fiquei ali, de joelhos, como um homem quebrado diante da única salvação que já conheceu. Meus olhos ardiam, as lágrimas já escorriam livremente pelo rosto, molhando meu paletó. Eu tremia. A dor no peito era insuportável — como se a qualquer segundo meu coração fosse parar de bater. — Eu não sei mais o que fazer pra te manter aqui, Helena… — minha voz saiu fraca, quase irreconhecível. — Eu… eu te perdi e ainda assim continuo te amando com tudo que tenho. Com tudo que sou. Você… você é a única coisa que me faz querer ser um homem melhor. Ela permaneceu em silêncio, parada, com os olhos cheios d’água, mas o rosto duro. Eu me aproximei um pouco mais, com as mãos unidas, como quem ora, como quem implora misericórdia: — Você acha que isso aqui… — bati com força no peito, desesperado — …você a

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