Na manhã seguinte, o cheiro de café fresco invadia a suíte, mas o que me despertou não foi o aroma, foi a ausência. O lado da cama onde Helena dormira estava frio. Vazio. Levantei num sobressalto, o lençol escorrendo pelo meu corpo ainda nu. Meus olhos varreram o quarto até encontrá-la de pé, na varanda, com o roupão de cetim branco m*l fechado. Seus cabelos estavam bagunçados, a pele ainda marcada pelos beijos e mordidas da noite anterior. Me aproximei em silêncio, observando como a luz do sol da manhã iluminava seus olhos azuis, tornando-os quase prateados. Ela parecia uma pintura viva — uma mulher tão intensa quanto inalcançável. — Dormiu bem? — perguntei, encostando meu peito nu nas suas costas. Ela não se virou, mas pude sentir seu corpo se arrepiar. — Dormi. — Sua voz saiu baixa,

