O relógio da sala marcava 3h17 da madrugada. A noite estava silenciosa, densa… o tipo de silêncio que antecede a tempestade. Eu estava no escritório, ainda analisando os documentos do dossiê contra o juiz Costa e Lucas, quando ouvi um estalo seco — e em seguida, um grito abafado. Levantei num salto. O segundo grito veio logo depois, alto, agudo, rasgando o silêncio da casa. Helena. — HELENA?! — gritei, correndo para fora do escritório. Mas no momento em que cheguei ao corredor, fui surpreendido por um dos meus seguranças caído no chão. Sangue. Outro estava encostado na parede, desacordado. Uma onda de pânico me invadiu. A porta da frente escancarada, sinais de arrombamento. Como ele...? — Não... não pode ser. Subi as escadas como um louco. Os gritos de Helena ficaram mais altos. — N

