Prólogo

640 Words
DA SÉRIE MENTES PERTURBADORAS Sejam todos bem-vindos ao quarto livro: MATTEO - CRAPULOSO Meses depois. Ainda que eu lutasse contra os demônios do meu passado eles insistiam em ganhar a guerra. Dormir era como vivenciar o mesmo acontecimento todos os dias e o engraçado é que aquilo que por anos acreditei ser imperdoável era invisível. Nada me assombrava tanto quanto o ódio que eu sentia de mim mesmo por está em um dia de trabalho sendo torturado com os pensamentos me levando a ela. — m*l*dita. Bur*ra. _Resmunguei, deferindo um soco acima dos papéis e levantando-me abruptamente da cadeira que se tornava minúscula para mim. Ouvindo a porta ranger me virei. — O que descobriu? _Fatou pouco para explodir, eu estava alucinado por respostas e o olhar intimidado do detetive que acabará de entrar me fazia questionar a mim mesmo se ele havia de novo feito um trabalho de merda. Seriamente eu esperava que a incompetência não corresse no sangue da suas veias ou drenaria todo o líquido viscoso ali mesmo. — Veja isso. _Retirou do bolso do terno um tipo de panfleto. Respirando, coloquei as mãos no bolso e o fitei. — Está brincando comigo? _ Rio contra a minha vontade. De pressa grudo as mãos em seu colarinho e com força o levanto, fazendo o homem brutalmente chocar contra a parede. — Não creio que seja inocente. Está no meu recinto cercado de homens armados e acredita que sua sorte é tamanha. Eu lhe pago por um simples serviço e você me oferece um panfleto ? Tentando se soltar, ele tosse ao me olhar com descrença. — Ela está... morrendo... Sou induzido a solta-lo imediatamente. — Como? — A mãe da moça imprimiu esses bilhetes e está entregando a cada empresa de grande porte na Itália e implorando que eles procurem alguém que tenha a salvação da sua filha. _Revelou. Dei um passo para trás, mudando a vista. — E o que tem no papel? _Me limitei a esboçar qualquer expressão. Era sempre assim que eu agia diante do desespero. — Um tipo de sangue raro. — Ela tem obtido respostas positivas? _O encarei, ansiando que um sim acoasse no silêncio daquele cômodo. E ele negou, arrumando o terno. — Quando souber do tipo de sangue irá saber que a chance é mínima. A mãe dela deveria começar os preparativos para o enterro. — Saí. _Gesticulei para a porta. — Saí daqui. _Indaguei nervoso. — Boa tarde. Ouvindo o barulho da porta se fechando, recolhi o papel do chão e ergui os olhos depois de avistar a realidade. — Não pode ser. _Rapidamente cheguei ao telefone e disquei o número para mais informações. Antes que falassem qualquer coisa do outro lado da linha quando atenderam no segundo toque eu fui mais rápido e proferi. — É esse mesmo o sangue que precisam? — Sim. _A voz do outro lado era baixa demais quase inaudível. — Eu posso ajudar. _Tambem fico desacreditado por está fazendo isso . — Meu Deus! _Foi um grito e eu me vi sorrindo. — Senhor. Minha filha está desacordada a dois meses. Seu irmão de três anos chora por não saber lidar com sua ausência. Fecho o sorriso. — O que aconteceu? _Eu sabia exatamente o que aconteceu, mas precisamente precisava saber o por que de muitas interrogações. —Eu não sei. Mais algum desgraçado a atropelou e sumiu sem prestar socorro. _Sua voz era embargada, tudo levava a perceber que ela soluçava. — Minha filha só precisa do sangue. Só do sangue. — Estou embarcando hoje mesmo. _Revelo. — Irá doar? _O tom era puro entusiasmo. — Até mais, senhora. _ Não respondendo-a finalizei a ligação. Não pude deixar de notar o quanto ela era bonita. Certamente irei doar... Quando a bela adormecida despertar terei o prazer de lhe dizer o meu preço.
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