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1643 Words
Alexandra saí do baile P.ut.a, mas pelo menos eu dei o dela, porque eu tinha que bater naquela P.ut.a, porque eu sei que ela quis estar por trás disso. Mas isso não vai ficar assim. Se ela tá pensando que vai ficar com meu filho, ela está muito enganada. Ela realmente não me conhece. Quando eu quero alguma coisa, eu consigo. Eu vou conseguir o meu filho de volta. Thaís: amiga Eu me virei devagar escutando a voz da Thaís, porque eu fiquei sabendo que ela queria me visitar no presídio. Ela escreveu algumas cartas para mim, mas depois o marido dela proibiu. Quando eu me virei, ela veio correndo e me abraçou. eu nem acredito que você está em liberdade Alexandra: eu não vou mais não é perpétua, eu só quero meu filho agora Thaís: eu vi a confusão que aconteceu no baile. A Beatriz não vai te devolver o menino. O que eles querem para devolver o seu filho? Alexandra: eles querem que eu roube uma carga do Voraz Thaís: o Panda é sujo, e aquela desgraçada da Beatriz também. Eles sabem que isso é impossível. Ela roubou a sua vida, e agora ela tá querendo te jogar dentro de um cemitério, e o Panda tá deixando isso acontecer, né? Ele é um desgraçado. Ele é muito mais desgraçado do que ela, porque o responsável por isso tudo é ele. Todo mundo sabe que ela mentiu para poder te incriminar, menos ele, porque ele não enxerga um palmo à frente dele. Eu não sei como ele é chefe de morro, esse desgraçado. Alexandra: eu não sei como eu vou roubar o Voraz, mas eu preciso de um favor seu Thaís: fala, eu faço qualquer coisa para te ajudar Alexandra: eu preciso que você me dê uma daquelas drogas que fazem as pessoas dormir. Eu sei que na sua casa tem um montão. o marido da Thaís é o subchefe do morro. Ele trai e bate muito nela, por isso que quando eu rodei como x9, ela não pôde se aproximar de mim. O Panda deu a ordem, e o marido dela cumpriu. A dona Patrícia deixou bem claro para mim que toda vez que ela desconfia, ela apanha muito até desistir, porque se ela não desistisse, eu nem sei se ela estaria aqui. Eu acho que ela estaria morta, porque eles são covardes. Thaís: eu vou conseguir para você e peço para um vapor entregar à dona Patrícia Macabro: Thaís, eu já falei que não quero você perto dessa mulher, sua desgraçada. Você saiu correndo do baile atrás dela, tá maluca? Ela é uma x9! Thaís: ela não é uma x9, ela é minha amiga, e eu já falei isso para você. Você já não me deixou visitar ela na cadeia, e agora você vem pedir que eu fale com ela aqui no morro? quando ela terminou de falar, ele deu um tapa na cara dela que fez ela cair no chão. Eu queria ir para cima dele, mas a dona Patrícia segurou o meu braço. Alexandra: seu covarde desgraçado Thaís: está tudo bem, amiga ele saiu arrastando ela pelo braço, e eu fiquei com os olhos cheios de lágrimas. A dona Patrícia começou a me puxar na direção da casa dela, e quando eu cheguei no sofá eu chorei, porque minha situação é péssima, mas a da Thaís também não é muito diferente da minha, não. Alexandra: ele ainda bate nela Patrícia: bate e trai muito. Ela vive que nem uma prisioneira. E, meu amor, eu vim aqui para poder te dizer que eu fiquei discutindo, culpando, aí dessa vez eu não tô conseguindo mudar o que ele falou, mas eu não vou deixar você se colocar em risco. Alexandra: eu não tenho escolha. Eu vou tomar um banho e estou indo para o Antares. Patrícia: se eles te pegarem roubando, você vai morrer. Alexandra: seu filho já me matou quando me jogou dentro daquele buraco, dona Patrícia. Agora ele só quer me enterrar. eu respirei fundo, deixando algumas lágrimas caírem, e não demorou muito para um vapor chamar a Patrícia no portão. Ela saiu, e quando voltou com o saquinho: Patrícia: foi a Thaís que mandou Eu dei um sorriso de leve, porque mesmo passando pelo que ela tá passando, ela ainda me ajudou. Subi a escada, tomei um banho, coloquei uma calça legging, uma blusa larga e vim pra boca. O Panda me passou o mapa por onde a carga ia passar, então eu chamei o mototáxi e pedi para ele me trazer para o Antares. quando eu cheguei no local por onde a carga ia passar, eu vi que era um bar. O Panda tinha me mostrado algumas fotos dos homens e me deu um celular para, quando eu conseguisse roubar a carga, eu ligar para eles virem buscar. Óbvio que ele queria que eu ligasse. Eu fiquei comparando as fotos com os homens que estavam ali até que chegou um grupo que parou. Eram exatamente os homens da foto. Eu dei um sorrisinho para o velho dono do bar e pedi uma rodada de chopp. Falei que ia servir pessoalmente para os convidados, que eu ia pagar. Inventei para ele que eu estava apaixonada por um dos homens. Coloquei droga em todas as bebidas, me aproximei deles com um sorrisinho e falei: Alexandra: oi, meninos, essa rodada aqui é por conta da casa um deles me olhou de um jeito malicioso, e os outros fizeram a mesma coisa. Vapor: que isso, princesa? Você trabalha aqui? A gente nunca te viu antes. Alexandra: é que hoje eu tô servindo rodadas por conta da casa. Se vocês não quiserem, eu posso voltar lá para o bar. Urubu: pelo contrário, eu acho que você pode sentar aqui e fazer companhia pra gente. A gente tá tendo que entregar uma encomenda, nós somos caminhoneiros, mas a gente pode te dar um pouco de atenção. dei a bebida para eles, torcendo para eles não notarem nada, e eles beberam tudo. Depois um deles riu e falou: Vapor: eu sei que nós somos quatro e você é uma só, mas ali perto do mato tem um local interessante e uma casinha que a gente fica de vez em quando. O que você acha? Alexandra: eu vou adorar. Vocês podem ir na frente que eu vou logo atrás. Eles foram se levantando um por um, e o meu corpo foi ficando todo arrepiado. É claro que eu esperei uns 20 minutinhos, porque eu sabia que aquela droga fazia efeito rápido. Quando eu cheguei onde eles estavam, eles estavam dormindo, e eu respirei fundo. Comecei a revistar um por um até achar a chave do caminhão. Entrei no caminhão e comecei a dirigir devagar. Quando eu cheguei numa estrada deserta um pouco mais longe do Antares, eu peguei o celular que o Panda me deu e liguei para ele. ligação Panda: fala Alexandra: eu estou com a carga e já estou bem distante do Antares. Eu estou te mandando a minha localização. Panda: como você conseguiu? Alexandra: não é da sua conta. Eu espero que você cumpra a sua palavra. Vem buscar a sua carga e eu quero o meu filho. continuei dirigindo, compartilhando a localização com ele, e quando cheguei num certo ponto da estrada, eu bati de frente com ele com os homens dele. Ele me olhou desacreditado, como se eu não fosse capaz de fazer aquilo. Então ele respirou fundo, passou a mão no rosto e falou: Panda: nós vamos voltar para o morro quando nós chegamos perto do morro, eles trocaram a droga de caminhão, e ele mandou um dos homens dele sumir com o caminhão. Nós chegamos em um galpão, e ele começou a fazer a contabilidade. Quando ele terminou, ele me encarou e falou: eu sinto muito, mas o dinheiro que tá aqui não paga o que você me deve. Você vai ter que roubar outra carga. Alexandra: você tá maluco? Eu não tenho como roubar outra carga. Eu me coloquei em risco. Você é um mentiroso. Você vai devolver o meu filho. Panda: provavelmente eles vão mandar outra carga amanhã à noite. Você vai voltar lá, vai pegar ela do mesmo jeito que você pegou essa, e depois você vai poder ficar com o nosso filho. Eu vou te dar uma casa aqui no morro. Alexandra: esse não foi nosso combinado, seu cachorro eu avancei nele cheia de ódio. Eu comecei a bater nele, mas ele conseguiu me segurar, colocou a arma na minha cara e falou: Panda: tu não tem escolha. Mas pra tu não falar que eu sou r**m, eu vou deixar tu ver o Lucas. eu comecei a chorar, passando a mão no rosto, e depois de alguns minutos uma babá veio com o meu filho no colo. Eu corri até ele e abracei ele com força. No começo ele chorou um pouquinho, mas depois eu acalmei ele aos poucos. O Panda ficou olhando para a situação, mas não demonstrou nenhum sentimento. Depois de alguns minutos, ele mandou a babá pegar o menino do meu colo. Eu não quis entregar, mas ele segurou meu braço e me obrigou. A mulher foi embora, e eu comecei a chorar. Alexandra: quando foi que você se tornou esse monstro? Panda: quando você me traiu. Eu vou te passar um novo mapa, eu vou te passar novas fotos e você vai roubar mais uma carga. Depois disso, eu vou te dar uma casa aqui dentro. Eu vou deixar tu conviver com nosso filho e sinta-se satisfeita, porque te bancar eu não vou. Agora vaza daqui. eu saí do galpão chorando e voltei para a casa da Patrícia. Quando ela me viu, ela me abraçou. Eu contei para ela o que estava acontecendo, e ela falou que ia arrebentar o Panda, mas não vai adiantar. Aquele desgraçado não presta.
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