Ana ficou pensando em tudo o que aquele padre lhe disse e principalmente na voz dele, aquela voz perfeita ficara na sua mente era uma voz forte, rouca, passava uma segurança e já mostrava que ele deveria ser um homem de personalidade ele não deveria ser tão velho, ficou curiosa para conhecer o rosto daquela voz, imaginou como devida ser ter aquela voz sussurrando em seu ouvido, em como deveria ser em um ato de amor, os gemidos naquela voz.
QUÊ?
Ana sua louca ele é padre, se recriminou diante de tais pensamentos que estava tendo.
Ana: Não é possível eu pensar uma coisas dessas! O que deu na minha cabeça ?
Maria: Falando sozinha, filha? Riu
Ana: Só pensando alto.
Maria: Entendo!
Ana Mãe, cadê o pai?
Maria: Está no quarto. Está triste você sabe que ele não gosta quando brigam. Mas vocês são muito parecidos, tem gênio forte os dois
Ana: Eu sei, eu saí daqui e fui parar em uma igreja.
Maria: Sério, filha? Que bom, desde da morte da sua avó que você não faz isso.
Ana: Sabe, eu me confessei e tudo! Os olhos da mãe dela se iluminaram.
Maria: Oh minha filha, fico tão feliz em ouvir isso.
Ana: O Padre de lá era tão calmo, mãe, falava tudo com uma firmeza sabe, me aconselhou a conversar com papai sem precisar gritar ou desobedece-lo.
Maria: Isso filha, converse com ele, em que igreja você foi?
Ana: Nossa Senhora de Guadalupe
Maria: Em Santa fé ?
Ana: Sim.
Maria: Lá tem três padres.
Ana: Não sei quem me atendeu, só sei que deveria ser um homem novo, pois a voz dele era grave firme, passava segurança no que dizia, mas não era tão novo, não sei na verdade.
Maria: Provavelmente deve ter sido o Padre Alan ou padre Caio, eles são recentes lá.
Alan! Um nome que combinava com aquela voz! Pensou Ana.
Ana: Eu vou conversar com o seu Enrico então.
Maria: Vai lá filha.
Ana assim que chegou ao quarto do pai bateu na porta e o ouviu um "pode entrar".
Ana: Podemos conversar?
Enrico: Claro, sente-se aqui. Apontou na beirada da cama.
Ana: Queria me desculpar por ter gritando com o Senhor. Eu não queria perder o controle, mas eu não gostei do que você fez, eu me senti manipulada, não é a primeira vez que faz isso, pai.
Enrico: Eu fiz pensando que era o melhor para você, eu não quero te manipular ou controlar sua vida, eu não tenho esse direito, quando você tomar uma decisão eu vou respeitar, nunca interferi nos seus namoros e nem na sua vida profissional, eu confesso que te impedi sim de ir morar em Nova York, mas foi pensando no seu bem, eu trouxe o Rodrigo aqui, não para que você namorasse com ele, mas sim para conhecer gente nova, para sair um pouco de casa, você anda tão focada no trabalho ultimamente que pensei que pudesse sair com pessoas da sua idade para se distrair um pouco, não foi com intenção de controlar sua vida. Eu sou seu pai quero o melhor para você e quando vejo que suas decisões vão te machucar eu vou querer interferir, não por controlar você, mas por querer seu bem, não sou perfeito vou querer proteger a minha menina. E se eu erro é tentando acertar. Ana já tinha os olhos lacrimejando. Pensou em tudo o que o Padre havia dito, realmente julgou o pai por muito tempo sem saber a opinião dele. E como estava feliz por finalmente compreender as atitudes do pai e viu que estava sendo injusta.
Ana: Eu te amo, papai.
Enrico: Eu também te amo, minha menininha.
Ana: Pai, fui à igreja hoje.
Enrico: É mesmo? Sorriu para filha.
Ana: Eu admiro o Senhor, mesmo quando perdemos a vovó o senhor nunca deixou se abalar. Já eu....
Enrico: Não pense assim, na vida temos que superar muitas coisas, e aprendendo com o tempo. Me conte como foi? Ela começou a contar toda a sua confissão e o pai ficou admirado e feliz pela filha.
Já Alan ficou um pouco perturbado com a moça da voz de anjo, foi assim que ele a adjetivou, queria realmente ter ajudado de alguma forma aquela moça, será que ela era nova? Quantos anos deveria ter? Era bonita? Que pensamento é esse Alan? Pra que quer saber se ela era bonita? Se recriminou. Bom se a voz era linda daquele jeito com certeza deveria se uma mulher maravilhosa! Alan o que está acontecendo com você? Vá rezar e afastar esses pensamentos! Sua mente estava em conflito. Decidiu realmente rezar e afastar aqueles pensamentos. E por incrível que pareça rezou pela moça da voz de anjo, que ela conseguisse acalmar seu coração e se resolver com o pai. Pela primeira vez em sua vida de sacerdote, se lembrava de uma confissão. Durante o tempo que passou no seminário e quando se entregou a Deus, nas confissões depois das absorvições, saía do confessionário e não lembrava de mais nada, afinal muita gente se confessava com ele, claro que lembrava os pecados, mas depois esquecia com o tempo, agora aquela moça e a voz dela, ficou gravada na sua mente, ele poderia até jurar que entre milhares de pessoas se ele ouvisse a voz dela seria capaz de reconhece-las. Ficou em seu quarto lendo para em seguida fazer suas últimas orações do dia.