Era sutil no começo.
Uma mudança no ritmo dos passos.
Vozes mais baixas, mas mais rápidas.
Portas se abrindo com força. Trancas sendo conferidas mais vezes.
Alguma coisa mudou.
E não fui eu.
Deitada no canto do quarto, com o corpo ainda preso e os olhos pesados, comecei a notar.
Eles estavam inquietos.
Eles estavam nervosos.
Um dos homens entrou sem olhar pra mim. Foi até a caixa de metal no canto da sala, digitou algo rápido, murmurou um palavrão e saiu.
Outro passou pelo corredor correndo. Rasteiro, como se não quisesse chamar atenção.
Mas eu ouvi.
Pela primeira vez desde que me jogaram aqui, senti algo diferente no ar.
Pressão.
Não sobre mim.
Sobre eles.
⸻
Na hora seguinte, ouvi mais três portas batendo.
Mais passos.
Mais códigos sendo digitados.
Uma palavra surgiu n
