58

537 Words

A chuva voltou naquela noite. Começou devagar — como quem pede licença. Mas logo virou o som dominante da casa. Como se o mundo quisesse lavar tudo que a gente não conseguia esquecer. Jace estava no andar de baixo, terminando de reforçar a tranca da porta dos fundos. Ele fazia isso todas as noites, mesmo sabendo que o portão estava intacto e o alarme ativado. Mas a verdade é que... nenhum de nós confiava mais em portas. Eu estava no quarto. Enrolada no cobertor, sentada contra a cabeceira. A janela fechada, a luz fraca. E o medo... colado na pele. Fechei os olhos por alguns minutos, mas o silêncio era uma armadilha. Cada som virava ameaça. Cada sombra no corredor parecia ser ele. Davi. Quando ouvi os passos de Jace subindo, respirei fundo. Ele apareceu na porta com o cabelo bag

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD