Os dias seguintes se arrastaram como se o tempo estivesse preso na mesma hora. Jace me mantinha dentro da casa. Cortinas fechadas. Portas trancadas. Celulares desligados. Não recebíamos ninguém. Nem mesmo a mãe dele sabia que eu estava ali — só ouvia os passos no segundo andar e aceitava o silêncio do filho com o mesmo respeito assustado de quem entende que algo muito errado está acontecendo. Ficamos escondidos. Juntos. Mas ainda distantes. Porque a cabeça da gente... ainda estava no c*******o. ⸻ Na primeira manhã em que consegui levantar sozinha, encontrei Jace sentado na cozinha, com uma xícara entre as mãos e os olhos fixos na janela fechada. Ele não dormia direito. Eu ouvia. Virava na cama. Saía do quarto. Voltava. Às vezes, murmurava nomes. Outras, ficava só em silêncio. Mas

