Na quinta-feira de manhã, o céu estava cinza, do tipo que promete chuva, mas só entrega vento. Acordei com a sensação de que algo estava diferente, mas não soube dizer o quê. Era como se o dia estivesse me observando de longe, esperando ver como eu ia reagir. Fui para a aula de Teoria da Comunicação com Cassie, que não parava de sorrir desde que Rafael a pediu em namoro. — Ele me manda mensagem até pra dizer que tá comendo bolacha. Aí eu fico imaginando ele mastigando com aquela carinha boba... — disse, se abanando com a mão. — Você tá completamente apaixonada. — comentei, rindo. — Eu sei. É ridículo. Mas é bom. Eu precisava disso. Alguém que não faz a gente duvidar de cada passo. Aquilo me atingiu como um sussurro incômodo. Alguém que não faz a gente duvidar. Theo se juntou a nós no

