capitulo 84

1157 Words

📓 Isabela Duarte O dia nem tinha clareado direito. A luz cinza da manhã entrava pelas frestas da cortina, preguiçosa, mas o sono... esse não veio. A cabeça tava uma bagunça, e o travesseiro parecia feito de pedra. Rolei pro lado, abracei o lençol, fechei os olhos nada. A preocupação com a Sera martelava mais forte que qualquer cansaço. Ela não atendia, não mandava mensagem, não dava sinal. E eu ali, trancada na casa de um homem que cheira perigo e fala como quem dita sentença. Levantei, devagar, os pés descalços tocando o chão frio. O silêncio da casa era estranho grande demais, caro demais, cheio demais de nada. A camisa dele ainda no corpo, o tecido roçando na pele, o cheiro impossível de ignorar. Passei a mão no cabelo, amarrei num coque torto e olhei pro espelho. Rosto in

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