Capítulo 39 - Perdendo ela ( Visões do Passado)

1624 Words
⚠️ AVISO DA AUTORA: Este capítulo contém descrições gráficas de violência s****l, tortura e trauma extremo. Leia apenas se estiver emocionalmente preparado. Sua segurança emocional vem sempre em primeiro lugar. ⚠️ E Bryan o fez. Ali, diante de todos, apertou Mia com mais força, ignorando os gritos de horror e espanto dos adultos presentes. Mia sentiu a queimação do vínculo, a conexão explodindo em intensidade, um fogo primal que a consumia e a eletrizava. Seus olhos brilharam em resposta, tomando um tom âmbar incandescente; suas próprias garras surgiram e cravaram-se instintivamente em seu braço, suas presas emergiram, buscando o sangue. Bryan, então, afrouxou ligeiramente o aperto—não para libertá-la, mas para permitir que ela o marcasse, eles Estavam em sincronia. Uma sincronia de dor e posse. E ela o fez também. Virou-se para ele, a fera dentro dela, Mika, tomando o lugar da humana, e cravou os dentes em seu pescoço. A cena deixou todos perplexos, petrificados pelo terror e pelo fascínio. O poder que emanava do casal era esmagador, primordial. Um vento forte percorreu o local, as marcas pulsando em prata derretida em seus pescoços, os olhos incandescentes de poder bruto. Uma energia visível os envolvia—forte, inigualável, jamais vista. Todos se arrepiaram, sentindo a força primitiva dos Alfas. Era um poder tão brilhante e intenso que formou um redemoinho ao redor deles, uma barreira invisível, impedindo qualquer um de se aproximar. E o próximo passo era completar o acasalamento. Foi então que Gabriel e Gustavo, os mais velhos e racionais, sabendo o que vinha após a marca de companheiros, gritaram em alerta para todos: — Saiam do ambiente! Fechem as portas e janelas! Obedecem em estado de choque, a adrenalina e o medo dominando o senso comum. Quem ficasse veria Bryan rasgando o vestido de Mia, o tecido caro sendo reduzido a tiras, deixando-a nua e exposta. Mia, em resposta, destruiu as roupas dele com a mesma fúria animalesca. Não estavam totalmente transformados, mas Bones e Mika dominavam por completo. Bryan colocou Mia sobre a mesa de bilhar, a madeira fria sob a pele quente, e ela se abriu inteiramente para ele. Quando Bryan a penetrou, ambos urravam e gemiam alto—os sons da posse, da dor e do prazer primitivo, ecoaram pela mansão inteira, mesmo com a música no volume máximo. Os rugidos e gemidos ressoaram pelas paredes, uma declaração de pertencimento forçada. Então, dentro da sala, a transformação se completou em um instante. Tudo tremeu. O ambiente ficou denso, pesado com a força mágica da consumação. Mika e Bones estavam em sintonia animalesca. Quando terminaram o acasalamento, Mia e Bryan retornaram à forma humana, nus, trêmulos, ofegantes e confusos, com sangue escorrendo de onde as garras haviam rasgado a pele. Mia, atordoada, levantou-se do corpo de Bryan minutos depois, os olhos arregalados, o terror nublando o vínculo agora fortalecido. O poder que emanara deles fora avassalador, mas ela entendeu o que ele fizera: foi uma demonstração brutal de posse. Ele queria provar que podia tê-la quando e como quisesse, humilhando-a e dominando-a diante de todos. Ela se sentiu conectada a ele de forma mais profunda, mas também inundada pela vergonha do que havia acontecido. Sem uma palavra, sem olhar para trás, saiu, deixando-o sozinho na sala devastada. Foi para um quarto, tomou um banho longo, a água quente tentando lavar a sujeira da alma, tentou dormir e não conseguiu. Então, decidida e impulsionada pela culpa, decidiu sair e procurar as três pessoas que não mereciam ter testemunhado nada daquilo—para pedir perdão. A cena que se seguiu fez a Mia adolescente cair em prantos, um grito primal de horror e desespero que ecoou no ambiente. A Mia adulta se lembrava com uma clareza nauseante. Lá, à luz bruxuleante das lanternas da piscina, estava Axel, não com ela, mas em um ato de traição flagrante e repugnante. Ele estava transando com duas garotas, uma delas com as pernas abertas no rosto dele, que estava enterrado na i********e dela, enquanto a sugava com uma volúpia grotesca. A outra o cavalgava intensamente, os corpos emaranhados em uma dança profana. O choque, a humilhação, a sensação de ser esmagada pela traição de Axel somou-se ao impacto da visão de Bryan. A Mia adulta sabia aonde aquilo daria, e seu peito apertou com uma dor familiar e agonizante. Mia, tonta e enojada, saiu à procura de Gael, buscando algum consolo depois do que havia testemunhado, a última âncora de sua sanidade. Mas, ao encontrá-lo, arrependeu-se quase na mesma hora. Ele estava irreconhecível — completamente embriagado, com os olhos vidrados e a postura alterada, exalando a raiva fermentada pelo álcool. — Gael... — chamou, com a voz carregada de desespero e um fio de súplica. — Preciso de você... Ele riu de forma amarga e cortante, um som que quebrou o coração de Mia. — Você não precisa de mim, Mia. Eu vi tudo Mia , você nem êxito se entregou pra ele na minha frente!. — Aproximou-se dela com um olhar escuro, a voz baixa, mas carregada de crueldade. — Você é uma v***a. Fica brincando comigo e com meus irmãos, mas abre as pernas para ele como se não valesse nada. Não merece ser Luna desta alcateia, você não passa de uma cadela... Mia, já ferida por tudo o que vivera naquela noite, reagiu por instinto e dor com um tapa forte no rosto dele. Gael, num impulso cego e dominado pela raiva e pelo álcool, revidou instantaneamente — um soco que atingiu seu rosto e seu nariz com força suficiente para fazer sangrar e o osso estalar. Mia levou a mão ao rosto, em estado de choque. O mundo parecia ter parado. Ele também ficou imóvel, olhando para o sangue que escorria entre seus dedos, como se só então percebesse o que havia feito. Ela afastou a mão manchada de vermelho, os olhos arregalados de incredulidade e traição. Não conseguia acreditar que ele... que Gael… Mia se virou para ir embora e então Ela estava diante de um Bryan furioso que presenciou a violência do que Gael fez com ela. O Alfa enlouqueceu, ele entrou em estado de fúria total, os músculos enrijecidos e os olhos vermelhos injetados de ódio , ele partiu pra cima de Gael como um demônio, um redemoinho de violência descontrolada. Gael quase perdeu a vida naquele dia, os ossos estalando sob a força do ataque. O caos foi absoluto; as ambulâncias foram acionadas. E então, em meio a confusão que se seguia, ambulâncias e pessoas, ela viu Niel se esgueirando com estranhos, em um canto da estrada, a silhueta dele se fundindo à escuridão. Ele estava em um período particularmente difícil, a mágoa por Mia ter escolhido Axel era um fardo pesado que o corroía. Ele começou a usar entorpecentes, uma fuga dolorosa que só aprofundava o remorso da Mia adulta. E então, Mia o seguiu, levada por um instinto protetor e pela culpa esmagadora que a consumia. A próxima cena, a visão mais pura e excruciante de Bryan, foi um tormento infernal. Ele caiu no chão da mansão, o corpo retorcendo-se. Ele se contorcia de dor, os músculos contraindo-se em espasmos incontroláveis, a mesma dor dilacerante que Mia estava sentindo quando era torturada e violentada. Cada perfuração, cada soco, cada penetração violenta nas partes íntimas dela, cada chute e queimação na pele dela: Bryan sentia tudo, cada fibra de seu ser vibrando com a agonia dela. Ele estava dilacerado, a dor de Mia reverberando em seu próprio corpo e alma, como um eco mortal. Ele lutava, uma fera enjaulada pela distância, para se transformar, para se libertar do torpor que o prendia e correr em direção a ela, para salvá-la em meio à dor dilacerante que sentia. Enquanto corria, os passos pesados e desesperados, seguido por outros lobos da alcateia, o elo mental entre eles se ativou em um último suspiro. Uma voz fraca e quebrada, quase um sussurro fantasmagórico, ecoou em sua mente. "Bryan, eu não vou conseguir... eu sinto muito por tudo que te disse e fiz... queria ter mais tempo... eu sempre te amei... adeus." A dor que Bryan sentiu se intensificou, um grito mudo rasgando sua garganta, a consciência da perda iminente o atingindo como um raio. Ela estava partindo. "Mia! Aguente, por favor! Estou chegando até você! Não desista!", ele implorou, a voz distorcida pela angústia, mas a conexão se desfez. O elo se rompeu. Não foi um simples silêncio, mas um abismo súbito que se abriu no peito de Bryan, um vácuo gelado onde antes habitava a presença quente de Mia. Um uivo gutural, mais profundo que a dor e mais agudo que a loucura, rasgou-lhe a garganta e ecoou pela floresta como um obituário. Ele caiu sobre as quatro patas, o corpo inteiro tremendo com a violência daquela ausência. A dor era dilacerante, física, como se tivessem arrancado suas próprias entranhas. Sua companheira havia partido. A certeza cortou-o mais afiado que qualquer lâmina. Ele já não a sentia, mas o cheiro do seu sangue tornara-se uma presença opressora no ar, um rastro metálico e acre que se alastrava pela floresta e lhe enchia os pulmões, mesmo sabendo que ela estava longe, enclausurada em algum quarto obscuro enquanto aqueles predadores a consumiam. Era o cheiro da morte e do desespero, um veneno que se espalhava pelo ar gelado da noite. Então, movido por um instinto mais forte que a razão e mais profundo que a dor, ele se forçou a levantar. Os músculos queimavam de agonia, mas ele os empurrou para a frente. Mesmo tomado pela força avassaladora do desespero, ele se arrastou, se debateu e, por fim, irrompeu em uma corrida desesperada. Ele iria salvá-la. Mesmo que só restasse o corpo, ele a traria de volta.
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