Capítulo 2

1334 Words
Carter Depois de um dia muito estressante no trabalho, decidi dar uma ida até o bar, para ver como andavam as coisas, fazia algum tempo que eu não vinha aqui, e não gosto de deixar meus negócios tão a solta assim. -Boa noite, senhor Mason. Que surpresa o senhor por aqui, poderia ter avisado que viria, teríamos deixado o escritório pronto. -Gosto de aparecer de surpresa, pra ter certeza de que tudo funciona perfeitamente. Me traga uma garrafa de whisky, por favor, estarei no escritório.-Eu disse, a entregando meu casaco. -Claro, vou pedir que levem.-Ela atende prontamente. Enquanto caminho em direção ao escritório, dou uma rápida olhada para o bar, e vejo uma linda mulher sentada lá, virando uma dose atrás da outra, parecia aflita. Ela exalava um brilho, era de fato muito linda. -O escritório já está pronto para o senhor, senhor Mason. -Já vou...vou sentar no bar um pouco.-Eu disse, caminhando até lá, lentamente. Ofereci uma bebida, e, apesar dela estar completamente na defensiva, isso não me afastou, só atraiu mais o meu interesse. Eu não costumava ser assim, nunca gostei desses joguinhos de flerte, e, nunca quis investir em uma mulher que não demonstrasse total interesse em mim. Mas, algo nela me chamou a atenção. Conversamos por tanto tempo, e, quando percebi, ela estava desmaiando em meus braços. -Rosalie! Chame o Alfred agora! diga que vou precisar do carro.-Eu disse, tentando levantá-la. A peguei em meus braços, e caminhei lentamente até o carro, eu não fazia idéia de pra onde levá-la, ela estava sem nenhum documento, e, eu não fazia ideia de quem ela era, tudo o que eu sabia era o seu nome. Eu não tinha escolha, precisava levá-lá para um lugar seguro. -Quer que eu leve para o hospital, senhor Mason?-Alfred pergunta, abrindo a porta do carro. -Não...vamos para casa.-Eu disse. -Como quiser.-Ele disse, entrando no carro e sentando no banco do motorista. Alfred nos levou até o meu apartamento, e, no caminho, ela nem se mexeu, estava literalmente apagada. Quando chegamos, levei-a até o quarto de hospedes, e, retirei suas roupas sujas, tentando não prestar muita atenção em seu corpo escultural. A vesti com uma camiseta minha, e, mesmo com toda essa movimentação, ela sequer se mexeu. Depois de colocá-la em roupas limpas e confortáveis, a deitei na cama, e apaguei a luz. -Dakota!-Eu gritei minha governanta. -Pois não, senhor Mason.-Ela apareceu prontamente. -Quero que fique de olho na moça que está nesse quarto, qualquer movimento, qualquer problema, me chame, ok? -Sim, senhor Mason.  Caminhei até o meu quarto, me sentei na sacada, me servindo uma dose de whisky. O sorriso dela não saia da minha mente, o que uma moça tão linda, tão cheia de vida, estava fazendo tão perdida? Aurora Acordei com uma enorme dor de cabeça. Tentei abrir os olhos, mas, tudo ao meu redor girava, eu não me lembrava de nada, por Deus, aonde eu estava? comecei a reparar nos detalhes do quarto, eu nunca estive aqui antes, meu deus! tudo o que me lembro, é do belo homem com quem conversei a noite inteira ontem. MEU DEUS! EU VOMITEI NELE! De repente olho para o lado, e vejo dois comprimidos, acompanhados de um copo d'agua. ''beba isso, vai se sentir melhor. Pedi que preparassem o seu café da manhã, não saia sem comer. O motorista está a aguardando lá embaixo e irá levá-la para onde precisar.'' Droga! será que dormimos juntos? e agora, ele simplesmente desapareceu e me deixou aqui, ainda foi generoso em me oferecer uma carona para casa, eu deveria agradecer? meu Deus, Aurora, quando foi que começou a agir de maneira tão irresponsável? Procurei pelas minhas roupas, e as encontrei limpas e secas, dobradas sob uma cadeira no canto do quarto. Me vesti rapidamente, pegando meu telefone que estava em cima da bancada, e saindo do quarto. Desci até a sala principal, e haviam uns 3 empregados enfileirados, estavam me esperando? -Que bom que a senhorita acordou! o café está quente, vou acompanhá-la até a cozinha.-Uma mulher simpática disse, me estendendo a mão. -Muito obrigada, mas, não vai ser necessário! eu já estou de saída, tenho muitas coisas para resolver.-Eu disse, tentando disfarçar. -Por favor, coma! o Senhor Mason irá ficar muito chateado conosco se souber que deixamos que você sair daqui sem comer nada, ele foi bem claro quando disse que precisava comer. -Tudo bem, eu realmente estou faminta!-Eu disse, dando o braço a torcer. Ela deu um sorriso singelo, e me acompanhou até a cozinha, onde havia uma grande mesa montada. -Meu Deus! não tinha a necessidade de tudo isso! uma torrada já estava ótimo.-Eu disse, sem graça. -O senhor Mason pediu que preparessemos um pouco de tudo, afinal, não sabíamos do que gostava. -Me desculpe, qual o seu nome? -Dakota, senhorita! -Dakota, muito obrigada! eu realmente estou sem graça. -Não precisa ficar, senhorita. Apenas coma. Me servi com um pouco de torradas, e também uma panqueca, que parecia deliciosa. Quando terminei de comer, fiquei sem graça, sem saber o que fazer, mas, o meu telefone tocou, quase como um salvamento divino. ''-Bom dia, senhorita Stewart. Aqui é o doutor Derek, ligamos para dizer que sua mãe acordou. -O que? está falando sério? estou indo, agora!'' Desliguei o telefone, e o coloquei na bolsa de forma rápida, precisava chegar ao hospital. -Havia um bilhete, dizendo algo sob um motorista? ele realmente falava sério?-Perguntei a Dakota. -Sim senhorita, Alfred o aguarda lá fora.-Ela disse. -Muito obrigada, Dakota, e a todos vocês! esse café estava realmente incrível, vocês arrasam!!-Eu disse, saindo pela porta e dando de cara com um homem alto, de semblante sério, me esperando na porta. -Bom dia, senhorita. Aonde precisa ir?-Ele perguntou. -Ao hospital geral, por favor! eu posso pagar pelo serviço, quanto custa? -Não custa nada. O senhor Mason me deixou aqui de prontidão para atendê-lá. Acenei com a cabeça, e entrei no carro. Precisava chegar rápido ao hospital, e um táxi demoraria horrores, quem era eu para questionar as ordens dele, não é mesmo? Seguimos até o hospital, onde eu agradeci e desci do carro rapidamente, correndo para a recepção. -Bom dia! eu vim ver a minha mãe, Monica, Monica Stewart. -Bom dia, senhorita Stewart, o doutor Derek a aguarda na sala dele, para levá-la até lá.-Ela disse, apontando para o corredor. Procurei pela sala do doutor, e depois de finalmente encontrá-lo, ele me levou até o quarto da minha mãe, que me esperava, acordada. -Aurora! Graças a Deus você está aqui! o que aconteceu, aonde eu estou? -Você teve um avc, e acabou entrando em coma por três semanas, mãe. Mas, está tudo bem agora, eu estou aqui, estamos cuidando de você. -E o seu pai? aonde está seu pai? -Ela perguntou. -Ele não está aqui, mãe... -Então vá chamá-lo! tenho certeza de que ele deve estar preocupado, esperando por notícias minhas. -Claro, farei isso agora mesmo.-Eu disse, dando um beijo em sua testa e saindo do quarto, e o doutor me acompanhou. Ele me encarou com um olhar preocupado, e, ali eu já sabia que não eram notícias tão boas assim. -Ela não se lembra do que aconteceu com o meu pai, doutor! ela perdeu a memória? -Não exatamente. Ela, apenas passou por muito stress, e, algumas vezes, isso faz com que nosso cérebro bloqueie algumas memórias que não são boas para nós. E, eu recomendaria que não comentasse nada com ela sob isso por enquanto, o estado dela ainda é delicado, e, qualquer informação forte, pode complicar as coisas. -Tudo bem...eu entendi. Mas, ela vai ficar bem, certo? -Ela precisa de tratamento intensivo, ficou três semanas desacordada, isso pode gerar muitas consequências. O que nos preocupa, é que, esse tratamento é um pouco custioso, e, sabemos da situação de vocês. -De quanto estamos falando, doutor? -Uns 50 mil, em média. É claro que, podemos tentar uma abordagem mais tradicional, mas, não sabemos como ela vai reagir. -Não doutor! eu quero que ela tenha o melhor! não se preocupe, eu arranjarei o dinheiro.
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