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833 Words
Talita Escovo os dentes, faço uma maquiagem rápida, pego as minhas luvas e a minha bolsa, e desço para esperar Richard vir me buscar. Richard é irmão de Quênia, ele vive na casa ao lado com sua esposa e dois dos três filhos. O mais velho já se casou e mora no centro de Londres. Ele é mais velho do que Quênia, é alto e magro, mas, tem uma barriga um pouco saliente. Tem uma barba grisalha bem tratada e é calvo. Às sete e meia escuto a buzina na frente da casa e no segundo seguinte, a porta se abre e o homem entra, abraçando a sua irmã com carinho e ansiosa demais, sigo para a sua caminhonete, um Toyota azul. Logo estamos seguindo pelas ruas de Londres até chegarmos em um prédio luxuoso, com janelões de vidros escuros. Na frente dele tem uma fachada com o nome Photos Tech & Cia cor de prata. Richard me ajuda a descer da caminhonete e me pede para procurar uma mulher chamada Aretuza. Ele explica que ela que me dará as devidas instruções. Empolgada, eu aceno com a cabeça e vou para dentro do prédio e inevitavelmente observo o ambiente ao meu redor e me deparo com uma decoração totalmente moderna. Poltronas de couro em tons pastéis com preto, vasos com plantas coloniais, quadros de fotos de vários estilos: natureza, pessoas, carros, animais… cada um mais lindo que o outro! Ainda admirada com tudo que vejo, vou direto para a recepção que tem balcão todo de vidro escuro em formato da letra U e atrás dele tem uma atendente. Limpo a garganta antes de falar qualquer coisa, chamando-lhe a atenção para mim. — Bom dia! Estou procuro a Aretuza. — A morena de porte elegante tira os olhos do computador e me olha nos olhos. — Sou eu mesma. Em que posso ajudá-la? — fala, um sorriso abrindo um sorriso tranquilo. — Meu nome é Jéssica Schmid, e vim… — Ah, claro! Eu estava te aguardando — informa sem deixar o seu sorriso. — Venha comigo, o O senhor Nicolas chegou tem dois minutos. Vou levá-la até a sua sala. — Ela contorna o balcão e faz sinal para que eu a siga para um elevador com portas de aço. dentro da caixa de paredes espelhadas, me concentro nos números vermelhos logo a frente, porque não sei exatamente para onde olhar e nem mesmo o que falar. — Você será assistente de Nicolas. Ele vai te ensinar algumas coisas já que é o seu primeiro emprego e não deve ter experiência alguma. Faça tudo como ele disser e se em trinta dias fizer tudo direitinho o emprego será seu, caso contrário, Nicolas a dispensará. Ele é um homem muito ocupado e precisa de alguém dinâmico, e que aprenda rápido para ele conseguir trabalhar bem. — Não se preocupe, ficarei atenta e darei o meu melhor — digo. Ela me lança um olhar complacente e continua: — Eu espero que sim. Só estou te dando essa chance porque Quênia me pediu, mas se não der certo para você, lavo as minhas mãos. — Meneio a cabeça e o elevador faz sinal de que chegamos. As portas duplas se abrem e o que eu vejo parece mais um gigantesco estúdio de cinema do que de fotos. Tem uma variedade gigantesca de figurinos, enormes painéis em vários lugares, pessoas vestidas só com roupas intimas, glamourosas, estilo cowboy e muito mais… estantes com uma variedade assustadora de lentes, câmeras e… — Nicolas? — Desperto do meu tour quando Aretuza o chama. O rapaz se vira para a nossa direção e eu me pego vidrada em seu rosto. Santo Deus! O cara parece um galã de cinema. Sem conseguir evitar passo os olhos discretamente pela pele morena que cobre um corpo alto e paro na barba desenhada no rosto quadrado. Os cabelos escuros têm um corte moderno bem rente a sua nuca. Os olhos castanhos escuros… — Aretuza! Que bom vê-la por aqui! — O beijar o rosto da garota e, na sequência, ele a abraça e quando se afastar, o par de olhos escuros vem para mim. Aretuza se afasta e faz sinal para eu me aproximar. Com um suspiro sutil dou alguns passos para perto dele e ela faz as devidas apresentações. — Essa é a garota de que te falei. O nome dela é Jéssica Schmid e será a sua nova assistente. Lembra que te falei, não é? — O homem me olha da cabeça aos pés, assentindo um sim com a cabeça. — Ótimo! Jéssica, esse é o seu chefe Nicolas Albuquerque. — Estendo-lhe a minha mão para cumprimentá-lo, mas, ele apenas olha para ela e constrangida, a recolho imediatamente. — Prazer em conhecê-lo, senhor Nicolas. — Estendo-lhe a minha mão para cumprimentá-lo, mas, ele apenas olha para ela e constrangida, a recolho imediatamente. Aretuza se retira logo em seguida, desejando-me boa sorte e bufo mentalmente, pois, eu não sei exatamente o que fazer aqui.
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