Capítulo 50

1138 Words

Muralha narrando - continuação “Ué, patrão… essas ordens aí eu não tô entendendo, não. A gente tem que ouvir quem agora? Porque esse morro tá uma confusão.” Foi isso que eu ouvi. De leve. De canto de boca. Mas foi o suficiente pra acender meu estopim. Eu não rezei. Não pensei. Não cogitei. Girei o corpo no mesmo segundo e fui pra cima dele como um touro enfurecido. Botei a mão no pescoço dele e enfiei ele na parede com tanta força que a nuca dele estalou no reboco. Levantei ele pela gola da camisa, os dois pés já nem tocavam mais o chão. O olhar dele tremia. A boca começou a balbuciar alguma desculpa. Mas eu já tava cego. Cego de raiva. De desprezo. De certeza. — Escuta aqui… TU TÁ ACHANDO QUE TU TÁ FALANDO COM QUEM? — Berrei na cara dele, cuspindo as palavras com fúria. Ele arregal

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