Capítulo 10

1510 Words

Muralha narrando Eu fiquei ali, do lado do ringue, parado, com o braço cruzado no peito e a expressão dura como pedra, mas por dentro eu tava um caos. Cada soco que a Bárbara dava, cada joelhada, cada esquiva precisa — era como se meu coração saltasse junto. Mas o pior não era isso. O pior era quando ela tomava. O estalo do punho do Jorgão acertando o corpo dela fazia meu estômago virar. O som abafado do impacto entrava nos meus ouvidos como se fosse um aviso pessoal de que eu tava falhando em alguma coisa. E eu não entendia p***a nenhuma daquilo. Eu não era pai dela, não era irmão, não era p***a nenhuma. Não tinha nenhum laço que justificasse o que eu sentia. Mas meu corpo parecia não saber disso. Minha mão fechava em punho sozinha, a respiração ficava mais curta, e a única coisa que

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